A Taito Corporation é uma renomada empresa japonesa de desenvolvimento e publicação de jogos, fundada em 1953. Ao longo dos anos, a Taito se estabeleceu como uma das principais pioneiras na indústria de jogos de arcade, lançando uma série de títulos icônicos e inovadores que conquistaram jogadores em todo o mundo. Com franquias populares como Bubble Bobble e Darius, a Taito deixou uma marca indelével na história dos jogos eletrônicos e hoje iremos analisar mais uma dessas franquias de sucesso.
[bs-heading title=”Conhecendo a franquia Ray’Z e uma aula sobre arcades” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Ray’Z Arcade Chronology, traz a coletânea de jogos da série RayForce, RayStorm e RayCris em suas versões padrão e remasterizada. Lançados nos anos de 94, 96 e 98 respectivamente, além de ter inovado o gênero dos Shoot n ups, são uma aula de história da evolução dos arcades.
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Rayforce com seu sistema de combate em dois planos(layers) ficou conhecido como Layer Section e Gunlock. Ambientado em um futuro distante, o jogo coloca os jogadores no controle de uma nave espacial altamente avançada, conhecida como “Lockheed RAY-X”, em uma missão para salvar a Terra de uma invasão alienígena. Com gráficos 2D impressionantes, jogabilidade frenética e uma trilha sonora eletrônica cativante, RayForce oferece uma experiência de tiro intensa e desafiadora. Uma das principais características do jogo é o sistema “T.R.A.I.N.”, que permite que o jogador alterne entre três perspectivas de tela diferentes, adicionando uma camada estratégica às batalhas contra chefes e hordas de inimigos. Com seu estilo visual distintivo e jogabilidade viciante, RayForce deixou uma marca duradoura na história dos jogos de tiro de arcade.
RayForce usa o Sistema F3, foi um sistema de arcade lançado pela Taito Corporation em 1992. Com recursos multiplayer e conectividade de rede, o sistema proporcionou uma experiência social e interativa, deixando um legado duradouro na indústria dos jogos de arcade dos anos 90.
Não muito tempo depois de 1996 Taito lança sua sequência, RayStorm, saindo do 2D para um shoot n up em 3D, embora ainda com mesma visão de cima característica do gênero a mudança criou uma imersão maior ao jogo que já utilizava 3 dimensões em seu combate e agora fazendo os cenários fossem mudando e girando de forma bem realista ao longo da aventura invadindo a base da organização maligna Secilia Federation.
Tudo isso graças a placa FX-1B também de autoria da própria Taito, ela foi projetada para oferecer recursos avançados de hardware e gráficos para jogos de arcade. A FX-1B era conhecida por sua capacidade de processamento de alto desempenho e suporte a gráficos 3D impressionantes, permitindo aos desenvolvedores criar jogos visualmente cativantes e com animações suaves.
Com o cancelamento de R-gear(sequência em 2D Rayforce) e a boa recepção de RayStorm, Taito encerrou a franquia com RayCrisis, que apesar de ser o terceiro jogo é uma prequel de RayForce. Novamente em 3D e com uma placa nova, a G-net, que oferecia recursos avançados para jogos de arcade, incluindo gráficos 2D e 3D de alta qualidade, áudio estéreo e suporte a multiplayer. A placa também permitia a conexão de várias unidades para jogos competitivos ou cooperativos entre os jogadores.
Um dos recursos mais notáveis dessa placa pode ser visto no RayStorm, um sistema de salvamento que salva todas as suas tentativa em um código de 3 caracteres escolhido pelo jogador, ou seja, sempre que o jogador voltava ele poderia teria seu progressos registrado, o que é algo bem interessante em RayCrisis já que ele conta com 3 finais e 42 cenários possíveis.
[bs-heading title=”Tá mas e a jogabilidade?” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Depois dessa aula sobre placas de arcade, vamos falar sobre os jogos de Ray’Z Arcade Chronology:
Rayforce para mim é o melhor dos 3 da coletânea, com uma jogabilidade ótima e o menos poluído de informação na tela, permitindo uma jogabilidade bem precisa e divertida.
Ao começar a jogar parece que temos a sensação de já ter jogado antes por ser mais um “jogo de navinha” mas logo passa no momento que nos deparamos com o sistema de tiro em segundo plano. Sua jogabilidade é muito boa, divertida é o maior dos 3 jogos com 8 fases. Esse sistema de tiro secundário a princípio parece…. secundário? Mas logo se vê que ele é o coração do jogo e que isso tornaria a assinatura da franquia. A unica coisa ruim de RayForce é que não podemos escolher a nave, ela é exclusiva do jogador 1 ou 2 sempre.
RayStorm é o primeiro da franquia em 3D e usa e abusa disso a todo momento, de forma que algumas vezes fica meio difícil diferenciar o que é cenário e o que é projetil. Ele tenta mostrar tudo que a placa pode fazer mudando e girando o cenário e fazendo inimigos se misturarem no cenário 3D, mas acabou perdendo sua identidade no processo, a beleza dos sprites 2D do primeiro jogo virou jogo de navinha genérico 3D no segundo. Mas ainda é bem desafiador.
RayCrisis encerra a franquia sem nenhuma novidade, sua jogabilidade é exatamente igual ao anterior mas tenta parecer novo com um sistema de save em forma de código e um sistema de geração de cenário semi procedural onde o tanto o cenário quanto o final mudam de acordo com seu desempenho nas fases. Dos 3, RayCrisis é menos divertido mas, ao mesmo tempo, é o que mais prende atenção por te fazer tentar ter que jogar várias vezes para conseguir outros finais e para liberar todos os cenários, e é também o mais curto de todos, onde o jogo acaba depois de 4 fases.
Ray’Z Arcade Chronology, também traz alguns recursos adicionais, como aumentar a dificuldade, orientação da tela e recursos de save state. Além de disponibilizar as versões padrão de RayStorm e RayCrisis. A trilha sonora também foi remasterizada e pode ser ouvida como recurso extra.
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