Depois de fazer sucesso no 3DS e nos cinemas de todo o mundo, o maior Detetive Pokémon do mundo está de volta em Detective Pikachu Returns, e a gente jogou pra te contar como é.
[bs-heading title=”Sobre Detective Pikachu Returns” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
O primeiro Detective Pikachu foi lançado para o 3DS em março de 2018 e recebeu avaliações mistas da geral. Por um lado, as pessoas adoraram a personalidade do Pikachu título e de seu parceiro à revelia, Tim Goodman, e foi legal entender o que Pokémon falavam e pensavam num jogo que também tem humanos, mas por outro lado, muita gente reclamou da simplicidade do jogo.
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Lançamento: 7/Nov/2024
De qualquer forma, o jogo fez barulho o suficiente para que decidissem correr o risco de transformá-lo num filme, o primeiro (e até agora único) filme em live action do universo Pokémon, e esse filme fez muito sucesso, e não é só porque o Ryan Reynolds fez o Detetive Pikachu: Os Pokémon, que eram o maior medo dos fãs, ficaram muito bonitos, e isso fez as pessoas questionarem “quando vem um Detetive Pikachu 2?”
Infelizmente, no cinema não veio, mas no Nintendo Direct de junho, tivemos o anúncio de que o jogo existiria, e no Pokémon Presents de agosto, tivemos um trailer mais completo. E agora, o jogo pronto.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Detective Pikachu Returns começa exatamente onde o primeiro jogo termina. Caso você só tenha visto o filme, e não jogado Detective Pikachu no 3DS, a história segue bem semelhante, com algumas diferenças, como a mãe e irmã do Tim não existirem (e a irmã dele faz questão de citar isso no jogo), e o Mewtwo não trazendo a mente do Harry para dentro do corpo dele de volta. É isso aí, se o filme seguisse a lógica do jogo, Ryan Reynolds só apareceria em flashback, não teria aquela cena fofa no fim do filme.
Sendo assim, Tim e o Grande Detetive Pikachu estão de volta às suas tarefas comuns em Ryme City e prestes a serem condecorados pelo prefeito por sua grande contribuição à cidade quando descobrem que uma joia valiosíssima e única desapareceu, e a ajuda deles é necessária para encontrá-la.
Conforme eles entrevistam pessoas e Pokémon, em busca de resolver esse caso, acabam se enredando numa trama ainda mais tensa que a do R, com direito ao jogo abordar corrupção policial, morte, pressão política que grandes corporações fazem e questões éticas como “até onde é OK controlar e comandar os Pokémon” (lembrando que não existem Pokébolas em Ryme City, e os Pokémon escolhem com quem farão parceria).
Nessa, Tim e Pikachu contam com a ajuda de Rachel e várias outras pessoas para investigar o que está acontecendo na cidade: por que vários Pokémon estão sendo presos, por que estão perseguindo uma amiga de Rachel, por que a pesquisa da mãe dela é tão importante, e até onde os seres humanos vão para conseguir aquilo que querem, mesmo que precisem passar por cima de tudo e todo mundo no caminho.
Paralelamente, você tem a história de Tim e Pikachu procurando o corpo de Harry Goodman, e a consciência de Harry ficando cada vez mais forte, ameaçando fazer a consciência original do Pikachu desaparecer de vez (ajuda, Mewtwo).
Sem spoilers, a história é o ponto mais forte do jogo, o que te mantém continuando a jogar mesmo nas partes mais chatas, e ela tem momentos bastante emocionantes.
E bem mais que no anterior, as missões paralelas não são aleatórias, mas grande parte delas acrescenta detalhes às pessoas e /ou Pokémon que a gente vai ter que lidar na história principal, enriquecendo e fazendo sentir que vale a pena sair do seu caminho e voltar duas ruas pra encontrar um Pokémon específico pra uma tarefa específica.
Meu único lamento em relação à história é que, como precisavam fazer o Ryan Reynolds aparecer no filme, como já disse, trouxeram o Harry de volta pro corpo dele no primeiro filme, e, com isso, não poderemos ver alguns dos momentos épicos deste jogo na telona, que aliás, a exemplo do primeiro, provavelmente essa história seria melhor vista na telona do que no videogame (falando nisso, nunca entendi por que a Warner não decidiu fazer uma franquia de filmes com o estilo de Detetive Pikachu, faria sucesso se mantivesse a qualidade).
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Detective Pikachu Returns não foge muito das ideias básicas e da simplicidade do seu antecessor: Você tem casos pra resolver, precisa sair entrevistando geral, Tim fala com as pessoas, Pikachu fala com os Pokémon, vocês investigam as cenas juntos, juntam todas as informações num caderno de casos e deduz qual a opção melhor pra responder as perguntas referentes a cada passo das investigações.
Há uma missão principal e uma grande porção de missões paralelas, das mais variadas, seja de buscar algo pra alguém, seja de achar o Pokémon certo pra acalmar dois que estejam brigando, seja descobrir qual o Pokémon que é a resposta do quiz. Elas ajudam a mudar um pouquinho o passo, se você se cansar da história principal.
Algo que acrescentou um fator bem interessante ao jogo é que agora, Pikachu tem momentos sem o Tim. A cada porção da história, você conta com Pokémon que têm habilidades específicas que vão te ajudar a resolver os mistérios. Quando isso acontece, Pikachu monta nas costas deles de cavalinho e avança rumo à solução do caso (conversando com todos os Pokémon de forma ainda mais fluida no caminho, e ajudando muito a entender até mesmo os pensamentos dos Pokémon que não interagem com você).
Não há nada de revolucionário no jogo, não há descobertas realmente difíceis de fazer, como em outros jogos de investigação, é quase como se você tivesse vendo um filminho mesmo. O jogo é basicamente uma visual novel com um pouco de ação (e algumas cenas que você tem que apertar o botão rápido ou várias vezes), com a diferença que você, de fato, escolhe as respostas.
Isso faz com que seja chato pra quem procura algum tipo de desafio, não existe aqui, e deixa o jogo com quase nenhum fator real de replay.
É um ótimo jogo pra entreter crianças e pra fãs muito fãs de Pokémon, mas como jogo, peca em vários aspectos para fazê-lo ser de fato divertido para a maioria das pessoas, mas se você gosta de jogos simples e direto ao ponto, não há exemplos melhores.
[bs-heading title=”Parte Técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Aqui é onde Detective Pikachu Returns mais peca. O jogo realmente parece ter sido feito para o 3DS (como havia rumores na época), e seus modelos nunca foram atualizados para o Nintendo Switch. É mais um jogo de Pokémon com entrega porca de gráficos.
Primeiro, os pontos positivos:
Os Pokémon estão lindos em seus modelos 3D (embora sejam os mesmos modelos desde sempre, basicamente), e eles falam seus nomes no idioma que você escolher ouvir o áudio. Isso significa que não há grunhidos aleatórios ou sons estranhos, como nos jogos da série principal, você ouve, a exemplo do que já deveria acontecer faz tempo nos outros jogos, a mesma voz, com entonações diferentes e algumas variações, que você ouve ao assistir ao anime, seja em japonês, seja em inglês.
Falando em dublagem, todas as pessoas do jogo também são dubladas nos dois idiomas, e nas cutscenes, a dublagem é completa, e muito bem feita.
Por outro lado, essas mesmas pessoas dão medo de ver no cenário. Movimentos rígidos, expressões quase que fixas, quase nenhuma emoção, poucas piscadas, parecem NPCs de jogos do começo da década passada nesse sentido. Definitivamente, parece que fizeram esses modelos pro 3DS e só trouxeram sem alterações pro Switch.
A movimentação do Tim é estranha, parece meio robotizada, e levando em conta que você tem que fazer MUITO backtracking, indo e voltando dos lugares pra responder a questões específicas dos casos, é algo que se torna cansativo depois de um tempo.
O jogo roda fluido, porém, não tendo engasgado no meu humilde Switch primeira versão nenhuma vez, mesmo nas cenas com mais coisas acontecendo. Pelo menos em termos de desempenho, não houve decepções desta vez.
Há também uma possibilidade de você jogar pulando a história, depois de acabar cada capítulo, fazendo só as missões que talvez tenha pulado na primeira vez que jogou.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Detective Pikachu Returns tem uma excelente história e personagens ricas que infelizmente são prejudicadas pela jogabilidade repetitiva e simples. Ainda vale a pena jogar pelo charme dos Pokémon (e pela história), mas é longe de ser um ótimo jogo (especialmente pelo preço cheio).
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela Nintendo.
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