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Universo Nintendo

Análise – Mario vs. Donkey Kong

Um remake mais divertido do que parece

Sabe aqueles jogos pra pegar e jogar de maneira simples e sem compromisso numa tarde de domingo? Então, Mario vs. Donkey Kong te proporciona exatamente esse cenário, no qual você fica encostado o dia todo, relaxando com seu cônjuge e se divertindo numa simples, porém, maravilhosa experiência. O remake para o Switch é baseado na versão original de GameBoy Advance, trazido agora com melhorias gráficas e de jogabilidade num pacote bastante bonito. Dito isso, o que esperar de mais um remake de uma IP da Nintendo?

História simples que funciona

Leve os Mini-Mario até a porta em segurança
Leve os Mini-Mario até a porta em segurança

Aqui a história é simples, e acaba sendo contada na cutscene inicial do game. Donkey Kong está entediado e passando os canais da TV rapidamente, até que encontra um comercial que mostra um brinquedo bem carismático chamado Mini-Mario. O gorila então fica apaixonado por ele e resolve ir atrás da loja que o vende. Chegando lá, porém, o produto se encontra sem estoque, então ele resolve invadir a fábrica para roubar todos os brinquedos e dar no pé.

Nossa missão é controlar Mario nos mais diversos mundos e resolver quebra-cabeças nas fases para chegar até o fim delas. A jogabilidade é simples e envolve o clássico pulo, um comando que permite plantar bananeira pra pular mais alto, e um pulo duplo que alcança locais mais altos ainda. O objetivo é pegar a chave dourada para abrir a porta e passar ao próximo nível, desviando de obstáculos e usando inimigos ao seu favor como plataformas, explosivos, e afins.

Temos mundo à rodo pra jogar
Temos mundo à rodo pra jogar

Em outras fases, a missão muda e passa a ser coletar o Mini-Mario no final delas. Na quinta fase (de seis, no total) de cada mundo, precisamos levar todos os Mini-Mario coletados até o baú no final, sendo que todos precisam ser conduzidos em segurança. Pra isso, se faz necessário saber para qual caminho devemos seguir. Também é possível ver o ambiente todo com o apertar de um botão, o que torna a câmera livre pelo local. Isso ajuda um bocado.

Co-op e desbloqueáveis

Fases são levemente repetitivas e demoram pra se reinventar
Fases são levemente repetitivas e demoram pra se reinventar

A estrela daqui é com certeza a jogabilidade cooperativa. Jogando em duas pessoas, o segundo jogador controla Toad, e a fase adiciona uma chave extra cinza para dificultar um pouco mais as coisas. A fase cinza serve para desbloquear a tranca que fecha a porta, enquanto a dourada continua abrindo a porta em si. Ambas as chaves podem ser coletadas por apenas um jogador por vez, o que equilibra o nível de dificuldade e torna todo mundo importante no quesito jogabilidade. Ademais, também podemos apertar botões coloridos para acender ou desligar blocos nas cores respectivas, o que adiciona à complexidade dos puzzles.

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Na última fase de cada mundo, sempre enfrentamos Donkey Kong em uma espécie de batalha que remete aos clássicos Mario de NES. Aqui, é geralmente necessário pegar um barril ou algo parecido que o gorila joga para usarmos contra ele, mas é preciso tomar cuidado constante por causa da parafernália que ele arremessa pra todo lado e inimigos que caem do alto.

Temos mundo à rodo pra jogar
Temos mundo à rodo pra jogar

Após finalizar os oito mundo da história, a versão Plus de cada um deles é liberada, o que acrescenta e muito em horas de jogo. Leva um total de 6 a 8 horas para terminar tudo de vez, dependendo de quantas vidas você perder ao longo dessa jornada. Por fim, também é liberado o modo Expert com fases altamente complexas que vão testar sua capacidade ao máximo. E como se não bastasse, existe o modo adicional Time Attack, no qual temos um temporizador pra terminar as fases – infelizmente, esse modo só pode ser jogado sozinho.

Um deslumbre de jogo

Mario vs. Donkey é um jogo que superou muito minha expectativa. O remake está muitíssimo divertido e digno do nosso tempo, além de que a quantidade de conteúdo disponível é absurda. O ponto mais alto é certamente o co-op que foi introduzido nessa versão, e ele torna tudo bem mais legal jogando com outra pessoa ao lado, sem tirar a importância de cada jogador por conta do balanceamento inteligente. O único pronto fraco é que as fases demoram pra se reinventar, muitas vezes, e mecânicas novas acabam levando tempo demais pra aparecer. Fora isso, gostaria que tivessem colocado personagens desbloqueáveis ou algo cosmético que desse um valor a mais pro game que não fosse as fases em si. Por fim, a trilha sonora é legal, mas ver toda vez a mesma tela de sucesso ao vencer uma fase acaba sendo repetitivo e maçante. Mesmo assim, super recomendo ter a experiência de jogar Mario vs. Donkey Kong no Switch, mesmo que essa seja sua segunda vez após jogar o original no GBA.

Jogo fornecido para análise pela Nintendo.

Mario vs. Donkey Kong capa
Mario vs Donkey Kong
Veredito
Mario vs. Donkey Kong me surpreendeu com a quantidade de conteúdo que oferece e a complexidade de alguns puzzles, apesar das fases serem bastante parecidas ao longo dos mundos. De qualquer forma, a diversão aqui é garantida, ainda mais se você jogar com alguém ao lado incorporando Toad.
Prós
Jogabilidade simples de entender
Modo co-op é absurdamente divertido e balanceado
Lutas com Donkey Kong são desafiadoras
Muitos mundos para jogar e fases para vencer
Mini-Marios são muito carismáticos
Contras
Trilha sonora repetitiva
Jogabilidade demora pra se reinventar
Senti falta de desbloqueáveis cosméticos, como personagens
Modo extra Time Attack não tem co-op
9
Um excelente jogo para se jogar em dupla
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