Como sempre, a Devolver Digital traz jogos com conceitos diferentes, e a bola da vez é Pepper Grinder, um jogo de aventura 2D repleto de ação que mistura o estilo plataforma tradicional com um modo alternativo de perfuração, permitindo que você mergulhe para dentro e fora da terra como um golfinho no mar. É o trabalho de estreia do estúdio Ahr Ech em parceria com a MP2 Games, que tenta inovar o gênero de plataforma com essa nova proposta.
A história é um grande tesouro
Pepper Grinder tem uma história bem simples e direta. A caçadora de tesouros Pepper, ao retornar de uma triunfante jornada, é pega por uma tempestade, e sua embarcação naufraga próxima a um arquipélago, onde tem seus tesouros roubados por criaturas chamadas Narlings. Quase sem esperança e com um pouco de sorte ela encontra Grinder, uma broca de perfuração, e com ela começamos a aventura para retomar nossos tesouros.
Recomendação de Compra
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom
Lançamento: 26/Set/2024
Sem textos e por meio de animações no jogo, Pepper Grinder vai contando sua história conforme avançamos em cada cenário. A beleza do local e o que os Narlings fizeram com ele também são abordados, além dos habitantes do arquipélago, que nos auxiliam vez ou outra ao longo do jogo. Porém, histórias são coisas de pescador, e Pepper é uma caçadora de tesouros que persegue piratas, seu lema é: ataque primeiro, converse depois.
Liguem seus motores
Este é o maior atrativo de Pepper Grinder, afinal não é todo dia que se vê um jogo com uma broca. Utilizando um botão para ligar o motor de Grinder, temos que passar por diversos desafios de plataforma, viajando por dentro delas e pulando para fora. Pensando agora, talvez eu entenda a semelhança com Donkey Kong, mas Pepper Grinder tem a sua originalidade.
Com apenas 4 mundos, mas muita criatividade em cada fase, Pepper Grinder é muito mais do que apenas escavar. Toda fase tem uma mecânica nova, às vezes exclusiva, tornando cada uma delas bem única. Isso cria uma boa experiência, pois dificilmente você vai achar a fase previsível depois completá-la, já que mesmo que você já tenha conhecido alguma mecânica da fase antes, sempre algo é adicionado, fora que elas não aparecem em sequência. Isso vale para os chefes também.
A campanha pode não ser muito extensa, mas isso é compensado com modo de tempo, vários coletáveis nas fases, fases extras opcionais e cosméticos que podem ser obtidos com os coletáveis – e talvez um final secreto se você pegar tudo.
Parte técnica
Os controles de Pepper Grinder respondem bem, apesar de ser um pouco chato ficar com o dedo no botão para ligar o motor. Às vezes, é frustrante errar um salto porque soltou um pouco o dedo, mas em compensação se mover por dentro da terra é bem satisfatório. Poderiam ter sequências maiores dentro da terra, além de essa mecânica ser mais usada para alterar e pegar impulso.
Os gráficos de Pepper Grinder são bem interessantes, eles utilizam pixel art ao mesmo tempo em que trabalham com modelos 3D em alguns pontos. Tudo é muito fluido e bonito. Um jogo em 2D, mas programado em 3D, Pepper Grinder brinca com a profundidade dos cenários para criar uma experiência melhor.
A trilha sonora é muito boa, puxada na percussão. Você sente como se uma marcha te impulsionasse para seguir em frente e perfurar tudo em seu caminho. O destaque vai todo para a trilha sonora principal que toca no título e nas primeiras fases.
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