Saviorless é um jogo indie cubano que mistura fantasia sombria, ação e plataforma com visuais desenhados à mão. Ele conta a história de dois protagonistas tentando escapar de seu destino.
Escapando de sua própria história
Saviorless nos apresenta dois protagonistas presos a uma trama que se repete na voz de entidades que narram a história. A criança de Antar tenta chegar às Smiling Islands para encerrar a sua história, mas segundo o contator, ela nunca conseguiria chegar; por isso, cabe a nós, jogadores, mudar essa narrativa.
Recomendação de Compra
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Lançamento: 7/Nov/2024
O game é focado nessa trama e na ambientação, que vai de um cenário de abandono para uma terra macabra, cheia de mistérios e experimentos. Boa parte da experiência está em conhecer esse mundo e o que acontece nele, portanto não vou me aprofundar muito.
A jogabilidade se reveza em desafios de plataforma, quebra-cabeças e combates rápidos. Todos esses elementos se misturam em diferentes cenários conforme avançamos, incentivando exploração, curiosidade e inteligência. Como recompensa, você descobrirá um pouco mais da história de cada cenário se conseguir juntar todos os fragmentos de lembrança escondidos. Caso não, você pode refazer o cenário todo ou seguir em frente.
Os desafios não são tão difíceis, mas muitas vezes exigem um pensamento rápido e preciso. Apesar de cair de alturas não causar danos, pular de uma certa altura te atrasa um pouco, e saber lidar com isso é essencial para evitar os perigos ao andar nas Smiling Islands com a criança. Já com o poder do Salvador as coisas ficam mais fáceis, porém, é um poder que tem limite de tempo e vida na mesma medida. Neste caso, o desafio é saber lidar com inimigos e terminar o cenário antes que o poder acabe com você. Isso é um bom desafio, inclusive para enfrentar os chefes – que não são muitos, mas são interessantes.
Parte técnica
Saviorless é todo animado à mão. É possível ver a dedicação da equipe em cada cenário e em cada inimigo. Sua animação bem fluída e bem feita deixa tudo bem leve.
Por outro lado, os controles não parecem tão precisos às vezes. Os pulos “pesados” da criança podem ser um problema em algumas partes que necessitam urgência de ação. Até entendo que é para causar essa sensação de desespero, mas isso poderia ser um pouco mais fluido. Já as partes de combate com o Salvador são bem mais tranquilas na questão de movimentos e combate, mas bem menos em relação à criança.
A trilha sonora meio que passa batida. É mais um som ambiente do que uma trilha. Parece que o silêncio reina, o vento sopra e qualquer barulho te deixa alerta.
Saviorless não é muito grande, e com alguma sorte e paciência pode ser finalizado em uma tarde, com um desfecho mais dramático e menos previsível.
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