Hellpoint foi desenvolvido pela Cradle Games e publicado pela tinyBuild originalmente no meio de 2020, chegando ao Switch no dia 25 de fevereiro de 2021. Essa versão inclui diversas melhorias e mecânicas que foram acrescentadas às versões de Xbox One, PS4 e PC.
Hellpoint faz parte do panteão dos Soulslike, títulos que são inspirados em Dark Souls, mas consegue se diferenciar bem nesse nicho com alguns recursos e mecânicas que o tornam um título singular.
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Lançamento: Ago/2024
O estilo geral de Hellpoint, bem como o nome indica, é sci-fi horror, incluindo inimigos que se assemelham a demônios e um cenário obscuro e intrigante. O conceito do estilo deste título é, com total certeza, o que mais me cativou. O ambiente criado em Irid Novo, palco dessa história, é perfeitamente construído para oprimir o jogador, que se sente perdido, confuso e muitas vezes despenca em buracos escuros que o levam à morte.
A narrativa construída contribui largamente para a construção da atmosfera de Hellpoint. O jogador e a Criação, personagem jogável, iniciam sua jornada em Irid Novo sem muitas explicações e com zero certezas, cabe à você descobrir os detalhes da trama e seu motivo para seguir em frente.
Conforme o jogo caminha, a Criação descobre seu motivo para existir: uma inteligência artificial conhecida como The Author lhe deu a tarefa de lutar contra os monstros que povoam Irid Novo a fim de coletar dados para salvar a estação que orbita próximo à um buraco negro gigante depois de um evento sinistro conhecido como The Merge.
A jogabilidade de Hellpoint é muito parecida com a de Dark Souls, você tem a sua disposição: ataques com dois diferentes níveis de dano e agilidade, uma ação defensiva com escudo e uma barra de stamina, que dita a sua capacidade de realizar ações.
Hellpoint adiciona alguns elementos inéditos como a capacidade de restaurar a sua coleção de itens de cura e a sua barra de stamina ao lutar contra seus inimigos, trazendo a possibilidade do jogador se reerguer de uma situação em batalhas difíceis. Batalhas com múltiplos inimigos são especialmente desafiadoras.
Além disso, as fogueiras de Dark Souls foram substituídas por fendas dimensionais, que permitem que o jogador aprimore habilidades e características gastando áxions. Outra mudança relevante é que o respawn de inimigos só acontece quando o jogador morre, o que também resulta na perda de todos os axions em mãos e na criação de uma espécie de espectro – um fantasma do jogador que usa os mesmos equipamentos e que tenta te matar assim que você o encontra.
Todos esses elementos transformam Hellpoint num jogo singular e muito interessante, com uma proposta cativante – até para aqueles que não são fãs de Dark Souls e derivados.
Ainda que o jogo tenha uma premissa muito interessante, nem tudo são flores em Hellpoint. O jogo tem uma premissa interessante, mas peca bastante quando falamos de performance geral e gráficos – ainda mais quando comparamos com as versões lançadas em 2020.
As degradações de performance conseguem comprometer gravemente a experiência do jogador, afetando o sistema de batalha e a exploração do ambiente. Não raro me vi morrendo para algum dos chefes porque um movimento ficou arrastado ou porque a reação do personagem foi muito devagar. Isso tudo é muito frustrante num jogo em que a morte tem consequências severas – como enfrentar um loading bem longo para retorno ao jogo, o que torna todo o processo ainda mais exaustivo.
Os problemas de performance são, sem sombra de dúvidas, o calcanhar de Aquiles de Hellpoint. Infelizmente, um jogo de premissa interessante e promissora falha em oferecer uma experiência coerente no Nintendo Switch, abaixando largamente a qualidade do título. Torço bastante para que patches futuros possam corrigir os problemas de performance em Hellpoint.
A chave de análise foi cedida pela tinyBuild.
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