Quem imaginaria, que um jogo nascido de um conceito elaborado há cerca de 15 anos, enfim ganharia vida? Não só isso! Metroid Dread não por si só ganhou vida, mas definitivamente trouxe à luz do dia a franquia que concedeu parte de suas características ao gênero Metroidvania de maneira magistral.
Metroid Dread é um título produzido majoritariamente pela MercurySteam em conjunto com alguns estúdios de pesquisa e desenvolvimento internos da própria Nintendo, foi lançado para o Nintendo Switch em 08 de outubro de 2021 em todo o mundo e tem como premissa a história da caçadora de recompensas Samus Aran viajando para o Planeta ZDR em uma missão para a Federação Galáctica como forma de investigar gravações misteriosas do Parasita X — que deveria ter sido extinto, ao menos, em teoria.
Recomendação de Compra
Sonic x Shadow Generations
Lançamento: 25/Out/2024
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Projetado para finalizar uma saga dentro da franquia 2D e como uma sequência direta de Metroid Fusion, eu diria logo de cara que não haveria alguma possibilidade de me sentir aterrorizado ao trazer as recordações do SA-X — a forma mais agressiva e assustadora do parasita X que replicou a Samus como forma de tentar eliminá-la de todas as maneiras. Bem, eu me equivoquei o suficiente, você já deve ter presumido. Os E.M.M.I. foram introduzidos e incansavelmente citados pela Nintendo desde o anúncio de Metroid Dread como o terror em forma de máquina na perseguição da nossa protagonista. Eu inclusive cheguei a brincar com seguidores no Twitter falando que a “Nintendo deveria alterar o gênero desse Metroid para terror psicológico e sobrevivência”, sério… Foram incontáveis as minhas mortes enfrentando cada um deles — enfrentando não: CORRENDO.
O jogo obviamente traz essa etapa apenas como um bônus, uma vez que os E.M.M.I. se limitam às suas devidas zonas que inclusive possuem coloração diferente no mapa, ambientação musical tensa e visão distorcida (além dos “apitos” macabros) que a máquina faz ao explorar a região). É de tirar o fôlego sim: basta adentrar essas zonas que instantaneamente você já precisa pensar em uma forma de chegar na porta de objetivo para dar sequência à sua exploração, e temos sete desses robozinhos carismáticos ao todo percorrendo as diversas áreas que a Samus terá de explorar para sair do Planeta ZDR com vida.
Metroid Dread mantém toda a clássica fórmula de exploração e ação em um ambiente majoritariamente 2D com cenas e transições em 3D como forma de dar uma imersão maior para determinados pontos do jogo: seja em forma de tutorial, cutscenes com chefões ou a Samus descobrindo algum segredo. Por conta de uma “perda de memória física” que a Samus teve após o início do jogo, você começa com as habilidades dela extremamente limitadas, e deverá usar a exploração em prol de readquiri-las para só então atingir um nível plausível de força que lhe permita explorar o vasto Planeta ZDR.
Vale a citação de que os E.M.M.I. não imbatíveis, eles possuem uma fraqueza em específico que é introduzida logo no tutorial de combate do jogo quando você entra em uma de suas zonas. Porém, o jogo deixa claro que vencê-los lhe permitirá uma exploração muito mais ampla de uma determinada área — além de um certo “mimo” que cada um deles concederá à protagonista na medida em que forem derrotados em cada uma de suas áreas. “Dread” é uma expressão em inglês utilizada para medo, temor, pavor, e não temos como interpretar o título desse jogo dessa forma apenas tendo os E.M.M.I. como ameaça. Então prepare-se para enfrentar chefões muito mais desafiadores e cheios de personalidades (se é que podemos dizer isso de monstros), cada um com características próprias de luta e também com ponto fracos únicos.
Por falar em lutas, o sistema de combate do jogo passa longe de ser confuso e como um “não fã fervoroso da franquia”, digo com tranquilidade que o costume utilizando tanto os equipamentos ofensivos da Samus, quanto suas habilidades de esquiva e outros não levaram muito tempo para serem dominadas. Inclusive ouço dizer que a MercurySteam aperfeiçoou vários aspectos desde o lançamento de Metroid: Samus Returns. Com a minha licença para uma breve dica: O contra-ataque será seu melhor companheiro em boa parte do jogo, principalmente em lutas de dificuldade avançada contra “mini-chefes”.
Quanto aos demais tópicos, Metroid Dread mantém toda a essência consagrada da franquia com mapas imensos, diversos power-ups em locais que você passará batido mais de uma vez (e mesmo com dica do mapa quebrará sua cabeça tentando localizar), além do sempre famoso “backtrack” que traz a necessidade de você retornar ao mesmo local diversas vezes se quiser uma exploração mais profunda — além de claro, as recompensas que isso entregará para a protagonista.
Não posso deixar de citar também o bom uso do HD Rumble (nada muito exagerado) que passa um feedback bem legal em determinadas situações, como quando um E.M.M.I. está próximo da Samus e o controle passa a reproduzir os batimentos cardíacos da Samus como um momento de apreensão forte da personagem. Em situações nas partes mais avançadas do jogo ele é utilizado de maneiras ainda mais bacanas e é impossível o jogador não notar o quão bem implementado ficam essas vibrações (mas não posso dar spoilers aqui).
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Metroid Dread me impressionou logo de cara por um aspecto que pode passar batido para muitos: sound design. Uma vez que temos os E.M.M.I. como inimigos “cegos” dentro de suas Zonas, fiquei bem satisfeito e admirando ao longo do tempo a precisão que foi colocada no som ambiente, nos monstros e no próprio robô para ajudar na atmosfera de suspense e alerta da Samus durante a fase de exploração desses locais. Ainda que a trilha sonora não seja extremamente marcante para a franquia, é inegável que a ambientação imposta pelos sons é um dos maiores destaques em Dread comparado com outros jogos lançados para o Nintendo Switch.
Graficamente falando, Metroid Dread consegue trazer um jogo de iluminação e cores bem interessantes e sem exageros para impressionar o jogador conforme ele avança em sua aventura pelas variadas áreas do jogo. Mesmo em locais mais monótonos e dominados pelo aço / tecnologia, a sensação de “fadiga ocular” não se apresentou para mim devido variações sutis que a desenvolvedora fez para não cairmos na mesmice — aliás, espere por ambientações bem legais conforme Samus avança em busca da superfície.
No quesito técnico, absolutamente nada comprometeu minha experiência com o jogo: Nada de travamentos, nada de queda na taxa de quadros, a resolução se manteve absolutamente estável, e as cenas apresentadas ao longo da história se mostraram incríveis.
A cópia do jogo foi adquirida pelo redator.
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