30XX combina os controles precisos e a movimentação fluida que você ama dos jogos de plataforma de ação como Mega Man X e a re-jogabilidade de um rogue-lite moderno (Binding of Isaac, Enter the Gungeon, Dead Cells etc.). Esse é o segundo jogo da série XX, bem parecido com seu predecessor, 20XX, mas com algumas mudanças, como na direção de arte.
[bs-heading title=”O mundo em 30XX” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Após despertarem 1000 anos depois do seu último emprego, Ace e Nina percebem que seu mundo foi alterado graças a uma mente sintética que tirou o desejo da raça humana por conhecimento, transformando o mundo em uma prisão. Os dois, então, têm a missão de impedir as máquinas que dominaram o planeta.
A história de 30XX não é tão diferente quanto a de 20XX: o mundo ainda é assolado por robôs, apenas a apresentação é diferente. Falando em apresentação, a forma como o enredo é apresentado é até boa, mas acaba um pouco esquecida durante a jogatina, já que ele se desenrola somente no início e no final. Até tem algumas informações adicionais nas fases, mas é preciso ter sorte para achá-las.
Recomendação de Compra
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Lançamento: 7/Nov/2024
Sendo 30XX um rogue-lite, é compreensível que seja assim, porém, considerando a dificuldade e a (grande) repetição para conseguir um bom resultado, um lembrete do que está ocorrendo poderia ajudar um pouco. Quem sabe uma interação com os chefes ou quem sabe com os NPCs da base depois de uma derrota? Algo para lembrar porque estamos jogando além de apenas atirar em robôs (não que eu ache isso ruim).
[bs-heading title=”Salvando o mundo (de novo)” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
A jogabilidade de 30XX é claramente inspirada em Mega Man X, mas com os elementos básicos de rogue-likes: mapas procedurais, itens para reforço, melhorias e aumentos de dificuldade. Podemos jogar com Nina e Ace, sendo Nina a atiradora e Ace o ás do sabre. Sobre isso, não há segredo: saia atirando em todos os robôs em seu caminho até a glória ou a derrota. Com uma jogabilidade bem rápida, fluida e responsiva, 30XX mostra suas raízes ao mesmo tempo que dá seu toque pessoal.
Para aqueles que não curtem tanto o estilo rogue-like, mas amam jogos de ação em plataforma 2D, 30XX apresenta o modo MEGA, em que é possível lutar contra os chefes na ordem que quiser e sem perder seu progresso em caso de derrota. É um modo muito bom para conhecer chefes, estágios e criar estratégias para o modo padrão — no padrão, os estágios vão ficando mais difíceis conforme vamos os passando. Eles também parecem ser semi-procedurais, já que são gerados a cada save criado nesse modo.
E caso você ainda esteja faminto por mais desafios, ainda temos os níveis criados pela comunidade e um editor de estágios. Sim, tudo isso está incluso no Nintendo Switch.
Rogue-likes/lites têm como duas de suas principais características a dificuldade e a aleatoriedade, porém, parece que 30XX exagera um pouco. Não de forma isolada, mas como uma acaba criando a outra. Ao longo das rodadas, existem diversos desafios que nos recompensam com um item ou uma escolha deles, mas eles nem sempre valem a pena ou algo não muito útil acaba sobrando. Um bom exemplo disso é o Delta no início das fases, que nos oferece um item aleatório em troca de um desafio muito maior. Isso cria uma dificuldade um pouco artificial às vezes, e ficamos à mercê da sorte para encontrar bons itens e temos que acabar com todos os inimigos no caminho esperando que eles derrubem dinheiro. Saber escolher os desafios que enfrentamos é essencial aqui.
No final, porém, você vai encontrar uma estratégia que funcione bem e vencer. Mas não pense que acabou: o pós-game de 30XX guarda muitos segredos e pode ser bem temperado a seu gosto. A editora também promete futuras atualizações gratuitas que parecem promissoras.
[bs-heading title=”Parte técnica ” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
30XX tem muitas qualidades, e uma das maiores é a beleza de seus gráficos em pixel art de 32 bits (eu acho). Os cenários são cheios de detalhes, com animações de fundo, movimentação natural e uma grande variedade de inimigos. Os personagens também não ficam para trás e tem suas animações bem fluidas, bem como os chefes, que são impecáveis. Quanto mais você joga e volta nos cenários, mais detalhes você percebe em tudo. Queria destacar aqui que os cenários do deepverso e da zona do relógio foram os que mais me chamaram a atenção.
A trilha sonora também é ótima, feita ao estilo 32 bits e conta com muitas faixas. Com uma trilha por fase, chefe e vitória, ela empolga muito em cada tentativa. Fica a recomendação de adicionar as faixas ao seu tocador de música favorito (eu já fiz isso). Ela é bem puxada no sintetizador e no teclado, criando um estilo meio techno, bem característico da era 32 bits, mas com aquele toque dos recursos mais recentes. O destaque aqui vai para o tema principal e o da Dustria.
No aspecto geral, 30XX roda muito bem no Nintendo Switch. Os carregamentos são bem rápidos para gerar fases, os comandos respondem bem e não foi achado nenhum bug. A única coisa que me incomodou foi o sistema de barreira invisível presente no jogo, que deixa uma mensagem quando você bate nela. Durante o jogo, essa barreira invisível não aparece muito, mas nas batalhas contra os chefes, sim, o que incomoda um pouco, ainda mais porque o cenário já está demarcado.
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