Jogos de golfe não são novidade, eles já existem há muito tempo. A Little Golf Journey promete, entretanto, ser uma jornada relaxante diferente de tudo o que já vimos. Será que cumpre?
[bs-heading title=”Sobre A Little Golf Journey” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Conhecida por fazer jogos para celulares relaxantes, minimalistas e com visuais bonitos, a okidoki pegou seu OK Golf, lançado para iOS há alguns anos, poliu, refinou, melhorou as mecânicas que já eram boas, e lançou sua versão melhorada, agora com o nome de A Little Golf Journey.
Recomendação de Compra
Final Fantasy I-VI Pixel Remaster Collection
Lançamento: 8/Out/2024
O jogo foi publicado pela Playtonic Friends, da série Yooka-Laylee, e chegou tanto no PC quanto no Nintendo Switch agora em outubro.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
A história de A Little Golf Journey é surpreendentemente profunda. O jogo começa com o que parece ser uma carta genérica de boas vindas de uma pessoa que assina apenas como X.
Conforme você avança nas fases, porém, você descobre que a carta não era para você, mas para uma pessoa que assina como Y, e ela começa a responder as cartas de X. A cada mundo que passa, a trama se complica mais e mais, e você passa por desertos, pelo Egito Antigo, pela Lua e até por dentro do mundo virtual, tudo em busca de descobrir se X e Y conseguiram se encontrar.
E o primeiro final do jogo, para ajudar, não dá essa resposta. Você precisa passar pela última caverna, que exigirá muita determinação, para conseguir descobrir o que acontece com essas misteriosas personagens.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Diferentemente da maioria dos jogos de golfe, A Little Golf Journey não tenta ser realista. Construído em cima de cenários usados em OK Golf, o jogo tem nove mundos e um grande número de fases em cada um deles.
Cada fase se passa num diorama, que pode ser claramente visto em todos os ângulos. A ideia é, como em todo jogo de golfe, acertar o buraco no menor número de tacadas. Cada fase tem o número específico de tacadas pra cada número de estrelas, e você leva de cada diorama a quantidade de estrelas que merece pelo seu desempenho, de 1 a 4. Cada vez que você termina um buraco, colore a paisagem ao redor dele, e avança para o próximo.
Além das estrelas, o jogo ainda tem dúzias de uma tal “Coisa Azul” espalhadas pelo mapa, que só aparecem quando você descobre caminhos secretos. E vai por mim, há muitos. Chutando por cima, eu diria que pelo menos 20% das fases do jogo têm algum tipo de segredo para descobrir. Esses segredos liberam caminhos novos, que trazem pedaços extras da história.
Sem dúvida, A Little Golf Journey entrega o que promete aqui. Nada de escolhas complicadas de tacos, nada de cálculo de força, velocidade do vento e distância: aponte para onde quer, escolha a distância, aumente o foco, faça a bolinha voar. Não há como ser mais simples que isso.
Apesar dessa simplicidade, porém, para conseguir coletar todas as 400 estrelas do jogo, você vai ter que entender todos os segredos dos dioramas. E apesar da grande quantidade de fases, cada mundo traz mecânicas novas: A gravidade é diferente na Lua, enquanto os estágios dentro das máquinas são variáveis, e você precisa de tacadas rápidas e certeiras para avançar.
Além disso, há vento, água, areia, pedaços fora da área de jogo no meio do mapa, e muitos desafios específicos de cada mundo, sem contar as inclinações específicas para conseguir as tacadas perfeitas. E algumas fases ainda contam com plataformas secretas, invisíveis, que você só encontra movendo a câmera e vendo o jogo de luz e sombras.
Caso você seja como eu, e de vez em quando sinta dores, não consiga jogar alguns jogos que precisam de reflexos rápidos, ou caso tenha dificuldade em alguma fase, o jogo tem um modo de Assistência que te permite aumentar o buraco, deixar o foco permanente, mostrar toda a trajetória da bolinha, e muito mais. Isso permite que pessoas com deficiências que limitam movimentos também possam jogar o jogo com mais facilidade, e esse tipo de inclusão é algo que sempre vou aplaudir.
Mais que isso, o jogo não te pune por usar o modo de assistência. Você ainda pode coletar todas as conquistas, e não terá o jogo tirando sarro de você por isso. Eu acho que isso deveria ser mais normalizado, mais jogos deveriam trazer opções de assistência que os tornasse mais inclusivos.
[bs-heading title=”Parte Técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
A Little Golf Journey é visualmente lindo, e os visuais dos dioramas são magníficos. Por vários momentos, me peguei tirando print da tela simplesmente para salvar o momento lindo. Vagalumes no ar, estrelas no céu, estátuas de Anúbis ou o Planeta Terra no horizonte, todas as fases vão te encantar.
A música, original e composta por Haakon Davidsen, compositor de trilhas sonoras de dois filmes e quase vinte jogos, é relaxante e mesmo nos momentos mais chatos, nas tacadas mais difíceis, funciona bem para te manter centrada e focada na tacada.
Falando em tacada, mesmo não havendo tacos visíveis, você consegue ouvir de forma bem distinta, e satisfatória, devo acrescentar, o som do taco batendo na bolinha. Quando ela cai na água, ou na terra, ou se sua tacada é pra tirar da grama alta ou da areia, o som parece real.
O jogo não é perfeito, mas chega bem perto, e tem um bom desempenho no Switch. Alguns ângulos ficam ruins de enxergar, e não entendo por que quando você está no putting, que deveria ser o ponto de tacada mais preciso, você não consegue virar a câmera direito para ver o objetivo. Além disso, a bolinha que representa você engasga de tempos em tempos ao se mover de uma fase para a outra, o que fica mais perceptível quanto mais do cenário você colore, já que há mais elementos em movimento ao mesmo tempo.
Mas para as fases em si, mesmo aquelas com mais ação e maior tamanho, não senti nenhum tipo de engasgo, não atrapalhou em nada o jogo em si, só é algo que incomoda um pouco porque você passa a maior parte do tempo no mapa, indo de um lugar a outro.
Um detalhe extra legal é que o jogo é 100% em português, então, você poderá acompanhar a história toda, bem como ler as instruções e as conquistas, tudo no nosso idioma nativo, numa tradução que manteve a sensibilidade do original.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
A Little Golf Journey é, para mim, a melhor experiência num jogo de golfe. Achava que era só uma sequência de buracos a serem batidos, mas me deparei com uma história tocante e com uma jogabilidade inovadora e inclusiva. É um ótimo jogo, especialmente para aqueles momentos que você precisa relaxar. Cinco minutos deste jogo no intervalo do trabalho vão fazer maravilhas ao seu coração.
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela Playtonic Friends.
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