A série Azure Strike Gunvolt segue uma linha de pensamento que me lembra muito a série Mega Man. Azure Strike Gunvolt 3 gira em torno de Gunvolt e sua parceira Kirin (originalmente, uma chefe via DLC de Luminous Avenger iX 2), além de seus companions. Com claras inspirações retiradas do jogo do Keiji Inafune, o que podemos esperar desta terceira entrada da trajetória do Gunvolt?
Corra, atire e corte
Azure Strike Gunvolt 3 nos traz mais uma vez a jogabilidade extremamente ágil que é praticamente uma marca registrada de toda a trilogia. Desta vez, estaremos equipados com uma arma chamada Radiant Fetters, através da qual podemos saltar sobre o inimigo, torná-lo vulnerável e golpeá-lo pressionando o botão A. Sem ficar preso pelo nosso Radiant Fetters (que tem a forma de uma espécie de carta), os inimigos não podem ser atacados por nossos golpes de maneira tão direta.
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Além disso, podemos alternar entre Kirin e Gunvolt segurando LR ou ZR, sendo este último o personagem que empresta seu nome ao título do jogo. Gunvolt é um personagem muito poderoso que pode realizar saltos infinitos no ar, além de ser capaz de utilizar com um ataque magnético baseado em raios que perseguem um inimigo e continua causando dano a ele sem parar – desde que você mantenha o botão pressionado. Fora isso, Gunvolt pode cortar inimigos infinitamente pressionando A, com um ataque ininterrupto que o torna invencível e resistente a qualquer tipo de ataque.
A maior diferença entre os dois protagonistas está relacionada às suas principais habilidades. Enquanto Gunvolt tem a habilidade mencionada de saltos infinitos no ar, Kirin pode chutar paredes para escalá-las – uma mecânica bastante parecida com Mega Man. Sem falar na habilidade de dash no ar, que também me lembra o dash existente na série da Capcom.
A narrativa é feita através de cutscenes animadas com texto sendo jogado em uma direção torta que me dá sentimentos mistos. Embora os visuais das caixas de diálogo sejam elegantes, elas não parecem ter sido pensadas de antemão em termos ou legibilidade, tornando as coisas mais difíceis do que deveriam ser ao ler um texto simples. O maior incômodo acontece durante as fases em si, e os personagens continuam conversando entre eles enquanto caixas de diálogo continuam aparecendo na parte inferior da tela e, com muita frequência, cobrindo uma boa parte da cena de jogo.
Upgrades e companheiros
Como mecânica secundária, temos algo que o jogo chama de Image Pulses. Eles são nada menos do que companheiros que podem ser usados ao longo dos estágios, empurrando o analógico direito para a direção mapeada correspondente. Podemos equipar até 4 desses Pulses no total, e todos eles têm um tempo de espera antes de poderem ser usados novamente. Esses efeitos variam em termos de ataque ofensivo e defensivo, como um que funciona como um companheiro de cura.
Quanto aos itens colecionáveis nas fases, eles podem ser usados para atualizar nossos Image Pulses e suas habilidades. E isso vale não só para os principais, mas também para os passivos que são chamados, adivinhe, de Passivos. Esses Passive Image Pulses são usados para causar vários efeitos nos ataques, defesas, XP coletados de nossos personagens, etc. Quanto mais jogamos e quanto mais avançamos no jogo, mais slots desbloquearemos para equipar mais desses passivos companheiros.
Quanto ao level design, cada uma das fases é composta por caminhos verticais e horizontais, pelos quais temos que percorrer e derrotar inimigos, resolver quebra-cabeças simples que giram em torno de mecanismos de apertar para abrir portas e afins; além de alguns momentos de plataforma em que precisamos saltar sobre superfícies apertadas para evitarmos cair em um buraco ou de um penhasco. No final de cada um deles enfrentaremos uma luta contra chefe, cujo chefe é exibido antes de escolhermos o estágio em questão.
Mecânicas únicas, mas algumas confusões visuais
Azure Strike Gunvolt 3 é uma boa iteração de um título parecido com Mega Man, porém, sua jogabilidade é confusa demais em vários momentos. A tela fica muito cheia quando os combates estão acontecendo, sem falar no aspecto confuso de quando uma habilidade é usada – como aquela que Gunvolt possui, o que causa faíscas em todo o cenário.
Apesar de tudo isso, a agilidade que o jogo oferece é insanamente boa, e eu realmente acho que a série Mega Man deveria “se inspirar em sua inspiração” e aprender com ela. No entanto, as coisas ficam muito repetitivas depois de um tempo, porque, ao contrário de um título de Mega Man, Azure Strike Gunvolt 3 não lhe dará power-ups que podem alterar sua jogabilidade, como acontece na série Mega Man X – e se torna um dos principais focos da série, na minha opinião – quando você coleta partes de um armaduras que adicionam habilidades ao protagonista. Mesmo assim, de forma geral, este é um título de plataforma que vale a pena conferir.
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