Curse of the Sea Rats, desenvolvido pelo Petoons Studio e publicado pela PQube, traz para o Nintendo Switch um jogo de ação, exploração e combate com uma proposta diferente. Com multiplayer e não linear tenta inovar esse estilo amado por uns e considerado saturado por outros. Mas deu certo? Bem, vamos entender.
[bs-heading title=”Quatro prisioneiros e um amuleto” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Recomendação de Compra
Pacote Nintendo Switch OLED (Branco) + Mario Kart 8 Deluxe
Lançamento: Ago/2024
Em meio a uma tempestade, um navio de prisioneiros é invadido por Flora Burn, uma terrível bruxa em busca de poder. Ela transforma toda a tripulação em ratos e rapta o filho do almirante responsável pelo navio. Preso na costa da Irlanda e sem muita escolha, o almirante manda os prisioneiros em busca de seu filho (e de quebrar a maldição), prometendo a eles liberdade caso tenham sucesso nessa missão.
Com uma bela animação de introdução e mais algumas linhas de diálogo, já começamos nossa jornada em Curse of the Sea Rats escolhendo com quem vamos jogar. As opções são:
David Douglas: perito em espada e pistola, personagem balanceado em status. Ideal para iniciantes.
Buffalo Calf: expert em facas e adagas, ágil, com alguns ataques à distância, porém, um pouco mais frágil em vida. Ela possui um kit de recursos para quem gosta de jogar com mais segurança e acesso à esquiva para aqueles que não se abalam no meio do combate.
Bussa: perito em corpo a corpo, possui bastante vida, causa muito dano, porém, é um pouco lento em relação aos outros. Sua defesa e dano são ótimos para quem sabe o momento de atacar e o momento de recuar. Sua falta de mobilidade é compensada ao longo do jogo.
Akane Yamakawa: perita com a naginata, permitindo atacar os inimigos a uma certa distância. Causa bons danos, mas sua defesa é baixa. Julgo ser a personagem mais técnica, com movimentação um pouco mais avançada; tão ágil quanto Buffalo, mas com um alcance no chão um pouco maior e sem depender de projéteis.
Cada um tem seus pontos fortes e fracos, uma nacionalidade diferente e diálogos únicos. Caso o jogador não se adapte bem a um personagem, é possível trocá-los nos pontos de salvamento sem afetar a história. Isso confere liberdade à gameplay, pois podemos explorar o mapa sem depender de linearidade ou backtrack, como muitos jogos do gênero.
[bs-heading title=”Lutando pela liberdade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Curse of the Sea Rat tem um sistema de combate bem interessante para os protagonistas. Além da arma principal, temos um sistema de magia disponível graças ao poder do amuleto ancião e uma árvore de habilidades única para cada personagem. Infelizmente, o combate não flui tão bem durante as lutas: é tudo um pouco engessado demais. Contudo, as habilidades mostram um bom potencial para combos. A falta de fluência nos controles raramente vai proporcionar uma sequência de golpes além da que conseguimos apertando o botão de ataque 3 vezes antes de levar um golpe ou se defender. Comprar habilidades e melhorias é essencial para sobreviver, pois os pontos de salvamento são bem espalhados pelo mapa, e quando morremos perdemos metade das moedas que usamos para essa melhorias. Essas moedas, aliás, diferem do dinheiro para itens, que não é perdido com a morte. No início, em vez de um “ratoidvania” , Curse of the Sea Rat parece mais um “Rat Souls”, mas depois de comprarmos algumas habilidades, o game fica bem mais tranquilo.
Apesar disso, ainda não é um trabalho fácil encontrar toda a gangue de Flora Burn e derrotá-la. O caminho exige muito trabalho de plataforma, encontrar caminhos escondidos, obter outras habilidades etc. Mas devo dizer que o caminho em si realmente é o mais difícil, uma vez que os chefes dão menos trabalho do que os caminhos para chegar até eles, mesmo com controles não muito bons.
A liberdade de exploração que é oferecida é um pouco contraditória. Apesar do acesso a muitos locais, ainda há travas devido às habilidades dos chefes. A sequência do roteiro é confusa: do nada temos uma cena em algum ponto do mapa com os vilões conversando, e isso não agrega nada ao enredo (mas sempre me arrancam risadas).
Infelizmente, não posso estimar o tempo de finalização de Curse of the Sea Rat, pois por algum motivo de softlock não pude prosseguir em determinado momento do jogo. Posso dizer, porém, que foram mais de 10 horas para abrir todo o mapa, tendo alguns extras a realizar como side quests.
[bs-heading title=”Parte técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Curse of the Sea Rat combina personagens desenhados e animados à mão com cenários 3D, uma combinação bem interessante e que dá uma boa impressão de profundidade e perspectiva. Mas isso nem sempre dá certo: algumas texturas que não são inteiramente 3D às vezes quebram e às vezes não se comportam como deveriam. Isso não ocorreu com frequência, mas quando acontecia era facilmente notável. Os chefes, por sua vez, fazem ótimo uso disso.
No geral, Curse of the Sea Rat flui bem nos limites de hardware do Nintendo Switch. Temos transições de cenários e carregamentos de viagens rápidas em tempos baixos. Infelizmente, tive meu save corrompido enquanto estava terminando essa análise em busca de informações do jogo. Não sei o motivo disso, e assim como outro problema apontado (o softlock que mencionei acima), não tive nenhuma resposta dos devs até o momento.
A trilha sonora não chama muita atenção, mas consegue dar um clima náutico aos cenários. Mesmo dentro de uma caverna, ainda lembramos de que estamos em um local costeiro. O que brilha mesmo é a dublagem de todos os diálogos (em inglês apenas), cada personagem tem uma voz, um sotaque e uma personalidade, o que ajuda muito a criar o clima da trama ou arrancar umas risadas.
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