Isso pode parecer um tanto rude ou uma tentativa de criar polêmica, mas o Disney Illusion Island é realmente um jogo bem genérico. Sim: já deixo a conclusão logo de cara. Pensei que era algo parecido com Rayman, mas meu errei rude.
Provavelmente, o público-alvo do game eram crianças pequenas ou em idade pré-escolar, o que explicaria a falta de desafio em geral. A experiência deixa a desejar em termos de tarefas a serem realizadas, e tudo se resume basicamente a correr atrás de objetivos. Você vai se ver indo do ponto A ao ponto B na maioria do tempo, superando obstáculos de plataforma e evitando inimigos – que se repetem absurdamente – simplesmente pulando por cima deles.
Como você deve ter percebido no parágrafo anterior, não existe combate algum. Mesmo nas batalhas contra os chefes, nossa missão principal é basicamente interagir com o cenário e ele mesmo resolve o trabalho para a gente. É como se não pudéssemos ser hostis para com os iniimgos. Não precisamos bater em ninguém na cabeça para eliminá-lo. Se você fizer algo assim, acontecerá o contrário: você será atingido e perderá pontos de vida.
Um Metroidvania sem graça
Quanto ao progresso, nossa missão principal é ir atrás de um personagem que nos fornece habilidades, uma criatura que em nada se parece com um personagem da Disney. Como mencionei anteriormente, Disney Illusion Island carece de personalidade, e tenho certeza da minha ideia de que qualquer outro jogo poderia ter usado a estrutura geral existente aqui, apenas substituíndo tudo por sua própria estética. Resumindo, dá pra fazer um asset flip do game, acredite. O que colabora pra isso, aliás, é que todos os personagens têm falas, mas elas são muito curtas para serem consideradas – especialmente durante as partes de texto. Somente as cutscenes são substanciais em termos de diálogos.
O design das fases também é entediante, oferecendo a mesma estrutura de cenário o tempo todo. As habilidades adquiridas conseguem dar uma variada nas coisas – como o pulo na parede, pulo duplo, pêndulo, etc -, mas mesmo assim não é suficiente para manter a empolgação. O fator mesmice é enfrentado constantemente, e as mecânicas baseadas em plataforma ficam velhas e monótonas rapidamente, bem mais rápido do que você esperaria pra um jogo assim.
Os caminhos recém-abertos também seguem o estilo Metroidvania, nos quais os personagens te dão itens e esses itens te concedem novos atalhos, teleportes e portas habilitadas para serem abertas. No entanto, a mesma teoria se aplica aqui: vá do ponto A ao ponto B. Cansou de me ver citando isso? Eu também.
Sabe a única coisa que salva – e olha lá – a monotonia aqui? As animações bonitinhas e a música orquestrada de fundo. Fora isso, nada me parece ter algo a ver com o mundo Disney, ou mesmo com Mickey e seus amigos.
Um decepção
Disney Illusion Island é bastante decepcionante. O jogo carece de brilho, profundidade e um melhor aproveitamento de suas mecânicas. Serei repetitivo: é basicamente um jogo de ir do ponto A ao B. Mas minha repetição nessa declaração é tão repetitiva quanto a experiência oferecida aqui. Quer algo mais parecido com Rayman? Então fuja dessa desventura de Mickey e seus amigos. Aliás, o jogo tem um modo cooperativo para até 4 pessoas que não adiciona em praticamente nada, então caso você queira estragar sua amizade com alguém já sabe como fazer isso.
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