Não é sempre que surgem jogos com uma narrativa única, dirigida de forma quase etérea que chega a causar sensação de estranheza e vislumbre nos jogadores, como Nier Automata e Shadows of the Damned fizeram.
Mas quando esses jogos surgem, não tardam a se tornarem polarizados: ou muito amados, ou odiados pelos jogadores.
El Shaddai – Ascension of Metatron, um jogo lançado em 2011 para o Playstation 3 e oXbox 360, trouxe uma temática bíblica contada de uma forma muito original, do qual a jogabilidade segue a premissa artística do jogo.
Recomendação de Compra
Pacote Nintendo Switch OLED (Branco) + Mario Kart 8 Deluxe
Lançamento: Ago/2024
Treze anos depois esse clássico retorna em sua forma HD para o Nintendo Switch e Windows. Acompanhe o artigo para saber como ficou o retorno deste jogo único no híbrido da Nintendo.
[bs-heading title=”Atmosafera épica e divina” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Baseado moderadamente no livro bíblico de Enoch, o jogador controla o próprio em sua missão divina de ter que trazer de volta ao paraíso 7 anjos rebeldes e caídos, para que sofram a devida punição.
Para isso, Enoch contará com uma prisão, uma gigante mão com 7 dedos, cada um representando um dos anjos caídos do qual Enoch deverá derrotar.
Apesar do gráfico limitado, até mesmo para a época, a direção artística é o que se sobressai, e essa mesma direção é encontrada nos outros aspectos de El Shaddai, como as música e sua jogabilidade, trazendo realmente uma sensação divina nos aspecto artístico do jogo, diferente das narrativas que estamos habituados a encontrar em outros games.
Na jogabilidade, é evidente esses aspectos, que alteram entre Hack n’ Slash, plataforma 2D e 3D, algumas vezes com a narração histórica no fundo, outras o jogador tendo que morrer para continuar o jogo… enfim, elementos que diferenciam a nossa forma habitual de jogar, especialmente dentro desses gêneros.
[bs-heading title=”Controle simplificado, jogabilidade única” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Apesar de se manter em grande parte como um Hack n’ Slash simplificado, com melhorias para ajudar o jogador a progredir, o jogo se mantém repetitivo na ação grande parte do tempo. Isso não significa, porém, que El Shaddai não seja desafiador e divertido. Mesmo assim, a inovação da direção é o que atrai mais no jogo, mais do que do próprio gameplay.
Os momentos de plataforma são um tanto frustrantes, já que a câmera do jogo é fixa, e o analógico fica limitado há poucas direções durante a movimentação, fazendo alguns momentos realmente difíceis, não devido ao desafio em si, mas sim aos controles imprecisos.
Há também colecionáveis para serem encontrados, que alimentam ainda mais a atmosfera do mundo divino de El Shaddai com novas informações em relação ao mundo do jogo.
[bs-heading title=”Um porte fiel até demais” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
O porte para o Switch roda de forma lisa, com alguns engasgos durante a jogabilidade do qual também eram presentes na versão do Xbox 360 (não joguei a versão de Playstation 3), o que é uma verdadeira decepção.
Além de perderem a oportunidade de corrigirem a questão da taxa de quadros, a versão HD que carrega esse porte faz pouco ou quase nada para realmente melhorar os gráficos. Algumas texturas, como olhos ou até mesmo a armadura, apesar de ter rachaduras ou texturas mais nítidas, ainda assim ficam esquisitas devido ao gráfico artístico pensado na época.
Os menus, desde sua versão clássica, possuem uma latência pesada, fazendo com que selecionar os menus fique impreciso, e isso até mesmo com o d-pad. Clicar uma vez pra baixo, às vezes pode descer duas opções no menu, e isso se torna frustrante com o passar do tempo.
Mesmo assim, o porte não sofre com quebras (os famigerados crashs) ou problemas técnicos mais graves, e consegue se manter fluído grande parte do tempo, o que justifica a experiência que só El Shaddai consegue proporcionar. Além disso, o preço não chega a ser exorbitante, como alguns remasters são na plataforma.
Discussion about this post