F.I.S.T.: Forged In Shadow Torch, desenvolvido pela TiGames e distribuído pela BliBli HK para os consoles, conta a história de Rayton, o coelho, em um metroidvania dentro de um mundo dieselpunk. Feito totalmente no Unreal Engine 4 e com sistema de combate estilo arcade, o game tenta trazer uma proposta diferente com um sistema de combos e troca rápida.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Começamos F.I.S.T.: Forged In Shadow Torch com Rayton, o nosso protagonista, comendo lámen e bebendo com seus amigos; porém, a história começa seis anos antes. Uma guerra entre os animais da Cidade da Tocha e a Legião Robótica acabou com a derrota para os animais e uma vida sob uma ditadura robótica. Rayton sobreviveu à derrota da guerra e passou a viver discretamente na cidade sem lutar. Porém, as coisas mudam quando Urso, seu melhor amigo, é capturado pela Legião e resolve colocar novamente seu punho enorme de metal em uso para resgatar seu amigo e pôr um fim a essa guerra da resistência dentro da cidade. Mas o que ele não imaginava era que teria que lidar com um confronto direto com seu passado e a opressão da Legião em todos os lugares em busca de um poder desconhecido.
Recomendação de Compra
Final Fantasy I-VI Pixel Remaster Collection
Lançamento: 8/Out/2024
A história de F.I.S.T.: Forged In Shadow Torch é bem interessante. Ao longo do caminho, conhecemos bem os arredores da Cidade da Tocha e como os habitantes resistem à Legião; porém, ele fica com uma sensação de que faltou algo. Mesmo sendo apresentados a eventos importantes para a história, como o passado de Cícero, ex-amigo de Rayton e vilão do jogo, não ficou muito claro o ponto de virada do personagem. Ele sempre foi assim? A Legião o mudou? Quem o ajudou a sobreviver à guerra? Será um gancho para uma possível sequência? Eu espero que sim, pois na guerra eram usados robôs e eu queria muito ter jogado com um em algum ponto da aventura.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
F.I.S.T.: Forged In Shadow Torch, como o nome e a imagem da capa já dizem, você luta com um punho gigante de ferro que pode mudar em outras duas armas, broca e chicote. Ambas têm suas árvores de habilidades e combos, além de que também podem ser alternadas para combos mais avançados (mas se você é como eu e tem pouca memória e prática para isso, vai acabar esquecendo de usá-los). Como todo bom metroidvania, exploramos áreas enormes para chegar até o topo da torre da Tocha, fazendo aquele vai e volta para abrir passagens e coletar habilidades úteis para a jornada. Mesmo dividido por salas, algo característico desse gênero, não existe carregamento entre elas, pois a área é gerada toda de uma vez. Por isso, os inimigos podem atravessar salas atrás de você e somente somem ao salvar nos terminais ou mudar de área.
O combate é interessante e até te ensina a fazer os combos avançados, mas novamente F.I.S.T. deixa a desejar em algo. É difícil criar os combos de alternância porque parece que os comandos têm um certo atraso em relação à animação, e temos que mudar de arma no momento certo após a execução do golpe ou o comando não conta. De início, achei que poderia ser apenas um problema de jogador novato de jogo de luta (esmagar botões sem pensar), mas mesmo tentando com calma, ainda é bem difícil acertar esse tempo. Talvez isso se deva ao fato de o game rodar com alguns FPS abaixo da versão de PC. Ele roda muito bem no Switch usando a Unreal Engine 4, apesar de tudo.
Além disso, a evolução do combate é um pouco estranha. F.I.S.T. não deixa claro como reagir ou utilizar seus recursos, não dá nenhuma dica visual, não há nenhum “inimigo tutorial”, nada. Apesar de parecer deixar a livre escolha de como jogar, senti muito que estava lutando no modo mais trabalhoso, utilizando apenas de força bruta para tentar abrir caminho pelo jogo. Por exemplo, um dos upgrades é a aparada (parry) e, segundo a descrição, ele pode parar quase qualquer ataque se usado no momento correto, porém não tem como ter ideia de quais seriam esses ataques. O resultado disso é que esqueci de usar o parry na maior parte do tempo, pois por mais recompensador que seja o acerto, a punição por errar seria bem maior. Os chefes, apesar de intensos, também não deixam claro o momento certo de bater ou correr, pois mesmo durante uma quebra da guarda deles, a recuperação é tão repentina que às vezes não temos tempo para realizar um combo, seja da arma ou um avançado.
Terminei a campanha com 30 horas jogadas e com cerca de 90% do jogo completo. Os cenários são imensos, vastos e com muita coisa a ser explorada e coletada. Mesmo com essas questões pontuais, foi uma jornada bem interessante e divertida. Além disso, o jogo está totalmente localizado em PT-BR.
Os coletáveis vão além de melhorias de combate; cartazes espalhados pelo mapa mudam o visual das armas e ainda fazem homenagens a vários ícones da cultura geek atual — esse foi um detalhe bem legal adicionado ao game.
[bs-heading title=”Gráficos e trilha sonora” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Os gráficos de F.I.S.T.: Forged In Shadow Torch passam um sentimento misto entre acerto e erro. Mas, se por um lado o uso da Unreal Engine 4 é perfeito para criar os cenários metálicos, com traço forte e fundos 3D incríveis, por outro, ele peca na perda de qualidade do porte em algumas texturas: a principal e mais notável é nos efeitos das pelagens dos personagens, que até estão decentes em cutscenes e no combate, porém, quando o jogo da zoom para algum diálogo, fica bem aparente a queda de qualidade dos modelos.
Apesar disso, ele mostra como o console aguenta bem cenários grandes e detalhados juntamente de muitas informações, desde que bem trabalhado. Durante toda a sessão, não tive nenhuma sensação de quedas de quadros ou qualquer erro de software.
A trilha sonora complementa bem o ambiente com músicas que são bem focadas em instrumentos de metais e sopros. Isso passa uma impressão de urgência e adrenalina. O som parece ecoar dentro dos cenários de modo tão profundo quanto a música. Embora não tenha uma favorita, a trilha inteira está disponível nos extras do jogo.
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