A SNK resolveu continuar com a sua série de relançamentos especiais de títulos do Neo Geo Pocket Color para o Nintendo Switch, e após jogos baseados nas franquias King of Fighters, Samurai Shodown e The Last Blade, chegou a hora de Fatal Fury fazer a sua estreia no console da casa de Mario.
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Recomendação de Compra
Mario & Luigi: Brothership
Lançamento: 7/Nov/2024
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Fatal Fury First Contact é na verdade uma versão reduzida de outro título da série, Real Bout Fatal Fury 2: The Newcomers. Essa era a norma na época em que a empresa tinha o seu Neo Geo Pocket Color em ação, lançar versões menores dos seus sucessos nos fliperamas. Infelizmente, o portátil da SNK não era poderoso o suficiente para rodar conversões perfeitas, e isso resultava algumas vezes em jogos mais simplificados com menos opções extras.
E esse é o caso aqui, Fatal Fury First Contact possui 0 opções extras, só é possível jogar um modo arcade e um modo versus o que é um total desapontamento, especialmente após perceber o quanto era oferecido em outros títulos do Neo Geo Pocket Color que foram relançados no Switch, como os modos extras em King of Fighters R-2 e os personagens secretos e mini games de The Last Blade: Beyond the Destiny.
Dos 23 personagens de Real Bout Fatal Fury 2: The Newcomers, apenas 12 aparecem com um deles sendo secreto. O título ainda contém um outro personagem adicional que é exclusivo dessa versão, mas infelizmente que só pode ser utilizado no modo de 2 jogadores. Desbloquear ambos os personagens requer jogar o modo single player, mas é uma tarefa bastante fácil de se realizar – eu consegui de primeira sem querer – então qualquer razão para jogar o modo após habilitado fica por questão de querer alcançar uma pontuação maior do que a anterior.
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Fatal Fury First Contact pode desapontar no quesito de opções extras, mas felizmente o título consegue trazer para o Switch toda a tradicional jogabilidade da franquia Fatal Fury com poucos elementos tendo sido cortados para caber nas limitações da plataforma original.
De 4 botões dos fliperamas, o sistema de luta foi modificado para utilizar apenas os dois botões que o Neo Geo Pocket Color oferecia, e apesar disso parecer como algo que estragaria o sistema de combate, a maior surpresa é conferir que toda a jogabilidade da série Fatal Fury é bem representada aqui, com apenas a perda de algumas habilidades, como a possibilidade de alternar entre os planos dos cenários. Todo o resto do sistema de batalha continua aqui, como as barrinhas de especial que têm níveis variados, a barra de vida sendo dividida em duas partes e os movimentos especiais tradicionais da franquia.
Os movimentos dos personagens também foram convertidos perfeitamente para o hardware mais fraco, e muitos foram simplificados para ajudar o público mais casual que decidir experimentar o título. Se você tem experiência com os títulos da Snk que tem Terry e sua turma como personagens jogáveis, você se sentirá em casa.
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[bs-heading title=”Apresentação, Gráficos e sons” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
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Apesar do Neo Geo Pocket Color ter sido um portátil de apenas 16 bits, a SNK conseguiu transmitir toda a identidade visual de Real Bout Fatal Fury 2: The Newcomers, para o aparelho de uma forma muito boa. Mesmo com as limitações, os cenários e personagens que aparecem aqui são réplicas quase perfeitas do jogo de arcade. Os lutadores foram convertidos para um estilo chibi e apesar dessa mudança de estilo, as sprites continuam tão reconhecíveis quanto antes. Novamente, se você já jogou algum jogo com Terry e seus amigos, você vai reconhecer facilmente os golpes especiais realizados como o tradicional Power Wave do protagonista ou então a famosa e terrível Raging Storm do vilão Geese.
Os estágios também continuam tendo bastante detalhes, mesmo que eles perderam as animações fantásticas que a SNK sempre coloca em seus títulos. Entretanto, a empresa conseguiu replicar todos os efeitos especiais do jogo de arcade, como a intro especial na luta contra o personagem secreto, as telas antes do início das lutas e até mesmo os finais dos personagens que tem cenas desenhadas a mão pelos artistas da companhia.
Fatal Fury First Contact contém rendições muito boas das trilhas apresentadas no seu irmão do arcade. Infelizmente, os outros efeitos sonoros presentes – como acertos de golpes, vozes e anúncios durante os rounds – foram removidos, deixando o título com aquela sensação de que falta algo.
A conversão para o Switch trás tudo o que foi mencionado e ainda adiciona alguns bônus, como a possibilidade de jogar como se estivesse jogando num Neo Geo Pocket Color, com borda e filtro que simulam bem o portátil. Também é possível aumentar a tela, checar o manual do título e utilizar uma função bastante interessante, onde é possível voltar alguns segundos no tempo para assim poder evitar uma derrota ou um especial, um ótima opção para quem quer fazer uma run perfeita do arcade mode ou não está acostumado com jogos de luta.
Fatal Fury First Contact é um título bastante interessante, mas que infelizmente peca demais em certos aspectos. É difícil convencer alguém a adquiri-lo quando tudo que o título oferece é um simples modo arcade e pouco incentivo para jogá-lo novamente após terminar algumas vezes. Felizmente é possível jogar o modo versus com um amigo no mesmo switch, mas há outros títulos de luta melhores para o multiplayer. Se você não conhece a franquia ou só se interessou após a adição de Terry no smash, é recomendável adquirir algum outro título com o personagem, como os The King of Fighters que estão disponíveis no Switch. Ainda assim, se o título estiver em promoção e você estiver entediado em uma tarde, vale a pena adquiri-lo para se divertir por alguns minutos.
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