Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX é um jogo de incêndios procedural que, apesar de se considerar um roguelike, eu diria que ele está mais para um firelike. Distribuído pela Thunderful Publishing, responsável por outras franquias como Steamworld, este é com certeza um título bem diferente do gênero e uma lembrança de um título de SNES, The Fireman.
[bs-heading title=”História e jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Logo que chegamos, somos jogados direto no fogo, literalmente. Faísca, filha de um bombeiro que morreu no “grande incêndio” há muitos anos, começa a seguir os passos do pai. Em seu primeiro dia de trabalho, o chefe da brigada, que era da mesma brigada que seu pai, coloca Faísca em uma simulação bem realista do quartel pegando fogo. Esse é um tutorial que mistura um tour pelo quartel com o básico dos comandos, uma maneira bem interessante de apresentar o mundo e os controles. Ao fim do tutorial, o chefe dos bombeiros nos fala que não era um treinamento, e que os incêndios estão acontecendo com muita frequência na cidade desde o incidente que levou seu pai; e agora, quem sabe com a sua chegada, esses acontecimentos podem acabar.
Recomendação de Compra
Nintendo Switch – Modelo OLED (Branco)
Lançamento: 08/Out/2021
Em Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX, a história avança aos poucos, à medida em que achamos os tomos de fogo espalhados pelos 4 cenários (cidade, hotel, floresta e trem), que além de gerados proceduralmente, são selecionados aleatoriamente. Ao sairmos para uma missão, só sabemos para onde vamos no caminho (carregamento), mas quase sempre vamos para os prédios da cidade. Dentro das missões, nossa prioridade é resgatar pessoas, já que o incêndio é interminável. As missões somente terminam se acharmos uma saída, acabar o tempo ou a Faísca desmaiar. É bem comum no estilo roguelike a história ficar um pouco de lado e avançar somente quando conseguimos progredir bem ou com uma fase um pouco diferente. Em Firegirl isso acontece sem muito aviso, e às vezes de maneira brusca. Tenho quase certeza de que perdi uma cena importante em uma fase que morri quando aparecia um monstro diferente. Às vezes, a sequência da história é ativada depois de morrer em uma fase e fica mal encaixada, já que no início, Faísca é considerada uma heroína e mesmo não tendo se salvado ainda ganha uma medalha.
Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX tem uma boa mecânica de combate. Com o ZR atiramos água para frente e direcionamos com qualquer um dos analógicos; quando usado no ar, serve como propulsão. A mecânica funciona de maneira satisfatória, e mesmo que no início você não consiga terminar uma fase ou ficar sem recursos cedo, consegue dominar bem enquanto evolui seu equipamento – que é uma parte fundamental para avançar aqui. Comprar um uniforme novo te dará mais proteção, um tanque maior vai fazer as missões durarem mais etc.
Embora o combate seja muito bom, o jogo não te estimula tanto a explorar ou pelo menos te recompensa bem por isso. Durante as 10 horas que levei para finalizar a história, o maior número de pessoas a serem resgatadas foi 3, e após jogar várias vezes para achar todos eles, não recebi nenhuma recompensa por explorar mais ou apagar mais o fogo, afinal eles só concedem mais tempo e você só ganha mais dinheiro com base nos resgates e nas doações de fãs. Por mais que eles aumentem durante a fase sem mais pessoas para resgatar, o aumento é bem menor. Apesar disso, foram 10 horas bem divertidas e o final deixa um gostinho de que falta mais alguma coisa para fazer.
[bs-heading title=”Gráficos e trilha sonora” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Eu tenho que dar os parabéns para os devs de Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX por conseguir mesclar personagens 2D em cenários 3D de uma maneira tão natural. Isso mostra um bom uso do Unity, e apesar de ele não ser tão bom assim no Switch (porque tanto esse quanto muitos outros jogos costumam travar ao carregar muitos objetos), o seu desempenho em qualquer modo de jogo do Switch é sensacional. Aconteceu uma ou outra vez de o jogo fechar, mas isso pode acontecer quando o jogo é procedural e tenta carregar mais objetos que o console aguenta – o que é compreensível, já que os mapas são bem extensos tanto na horizontal quanto na vertical. Uma pena ter somente 4 cenários, uma variedade maior de mapas poderia dar um gás maior para continuar jogando, quem sabe uns mini-boss.
A trilha sonora, por sua vez, é o ponto mais baixo do jogo. Não é ruim, mas faltou alguma coisa para combinar com a ambientação. Falta aquela emoção que incendeia a gente, algum tom para estágios que transmita um senso de urgência. A música da tela de carregamento e de fim de fase são ótimas, mas o resto pareceu bem genérico. Ao menos poderiam ter colocado outras trilhas quando o tempo está acabando.
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