Front Mission 1st Remake foi um anúncio tímido na Nintendo Direct, que ficou obscurecido diante de tantos anúncios de RPGs táticos, como Tactics Ogre Reborn, The DioField Chronicle e Fire Emblem Engage.
Porém, aqui está a Square, mostrando que FM é, desde o Super Nintendo, uma obra prima em muitas frentes, englobando maestria desde a história e ambientação, até a música e o gameplay. Como ele se converte na nova geração? Entre em seu Mecha e confira no artigo.
[bs-heading title=”Um RPG tático que ficou lá pelo Japão” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Recomendação de Compra
Final Fantasy I-VI Pixel Remaster Collection
Lançamento: 8/Out/2024
Apesar da produção incrível para a época do Super Nintendo e a história extremamente madura, o jogo permaneceu sendo mais conhecido pelo público japonês, com poucos games da série sendo localizados aqui no ocidente.
Além do gênero Tactics ser mais comum em terras nipônicas, a dificuldade do jogo e a limitação da época, que faziam as batalhas se tornarem demasiadamente longas, acabaram sendo um empecilho para a inserção do jogo no público ocidental, que só ocorreria com FM 3 e 4 (o 1º só foi localizado quando surgiu no Nintendo DS).
E é exatamente aqui que o remake brilha. O exclusivo do Switch ganhou modelagem 3D, tanto no cenário quanto nos robôs (mechas), porém manteve os retratos dos personagens em 2D, com alta resolução e movimentação parcialmente animada que dão uma atmosfera única e forte para o jogo.
A história já inicia de forma tensa e traz uma personalidade incrível aos personagens, porém os retratos atualizados e sua movimentação animada mais fluida, conseguem fazer o jogador ter ainda mais afinidade a eles, que agora parecem mais vivos. A arte parcialmente animada não está, no entanto, atrelada somente aos retratos dos personagens, pois agora, como novidade, também nos cenários 2D há efeitos que deixam o ambiente ainda mais atmosférico. Ao visitar o bar de cada cidade, por exemplo, a luz fica piscando enquanto os efeitos de fumaça ficam circulando pelo ar, tudo acompanhado da trilha sonora sensacional do jogo.
No ambiente 3D ocorre o mesmo, com cenários incrivelmente detalhados, robôs em alta definição com partes destrutivas, e o melhor é que, diferente dos engasgos da versão do Playstation 1 ao exibir as batalhas, agora elas estão extremamente rápidas e sem quedas de frames. Esse fator é importante porque traz uma velocidade muito necessária para o Front Mission, que sempre foi um jogo em que cada missão demorava um tempo considerável, especialmente quando o jogador cometia erros de estratégia durante as batalhas. Outro fator que ajuda nessa velocidade também é a possibilidade de poder realizar quicksaves durante as batalhas.
O ponto alto, na minha opinião, é a atmosfera, especialmente durante as viagens antes das batalhas. O bar, a garagem dos mechas, o posto militar, todas foram repaginadas com gráficos 2D em HD que passam um clima de conflito muito forte.
[bs-heading title=”Dificuldade de acordo com o gosto do jogador” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Outro fator que afastava muitos jogadores nos clássicos era a dificuldade que, especialmente no início, assustava.
Agora o jogador já vem com duas dificuldades iniciais no game, a normal que, particularmente, achei mais acessível que os clássicos, e uma versão fácil que diminui o dano e a vida dos inimigos. Ao zerar o jogo, no entanto, dificuldades maiores podem ser desbloqueadas para quem deseja um desafio maior.
FM ainda é altamente dependente do modo arena, mesmo com a dificuldade reduzida, para ganhar dinheiro e melhorar os Mechas antes de cada fase. A atenuação acontece porque o jogo roda mais rápido, sem engasgos, o que agiliza o processo, mas gostaria de poder seguir com equipamentos parcialmente padrões para não perder muito tempo nesse modo e poder dar continuidade na história do game, que prende do início ao fim.
[bs-heading title=”Adicionais que melhoram o jogo” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
O Remake ainda consegue trazer extras que melhoram o jogo em muitos aspectos, um deles sendo o novo mapa tático, que é prático, funcional e ajuda muito antes de cada turno, já que dá uma visão mais ampla do campo de batalha com acessos rápidos à informação.
Outro ponto que agiliza o jogo, especialmente quando as batalhas ficam mais longas, são as opções de velocidade das falas e das batalhas. Nos anteriores, como na versão de Nintendo DS, já era possível colocar as batalhas em forma rápida, mas agora o game oferece as opções de “Movimento Instantâneo” e “Batalha Instantânea”, garantindo assim a velocidade tão necessária que o primeiro Front Mission sempre precisou. O jogo também dá mais liberdade de câmera ao jogador, tirando a forma fixa dos clássicos (que continua sendo uma opção, caso o jogador prefira).
Os menus são outro adicional excelente, que agora estão mais limpos e rápidos. Porém, ainda não é o suficiente para facilitar as trocas de peças dos Mechas quando visitado o hangar, que permanece um pouco confuso. A dica é: ao entrar na garagem, já selecione a opção Setup, que deixa você comprar as peças já olhando e modificando o mecha em tempo real.
FM Remake ainda traz a ótima trilha sonora do original em alta definição e a opção de jogar com as músicas criadas para o próprio remake, que mantém a excelente trilha Noir nos momentos de calmaria, e músicas tensas nos momentos de ação, com mixagem e novas instrumentalizações.
[bs-heading title=”Quando bem feito, o jogo retém toda sua maestria após anos” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Assim como a série Commandos, quando um jogo é bem feito em diversos aspectos, consegue reter o elemento da diversão. E, apesar da dificuldade dos antigos não deixar essa obra prima da Square ser tão acessível, o remake surgiu para corrigir isso, com diversos modos de dificuldade, rodando de forma fluida e com diversas opções de velocidade (tão necessárias ao jogo) além de facilitar a visão tática para o jogador. Tudo acompanhado de gráficos lindos, tanto na frente 3D quanto na 2D, dando opções de músicas que conseguem, por mais incrível que pareça, ampliar a já incrível atmosfera que o jogo tinha no passado.
Se você gosta de um excelente RPG Tactics, ou até mesmo um RPG, Front Mission 1st Remake é a pedida certa, especialmente se você é daqueles jogadores que quer sair um pouco do ambiente medieval/fantasia e se aventurar em um TRPG mais contemporâneo.
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