O Nintendo Switch possui muitos jogos de fantasia medieval de mundo aberto que são incríveis de jogar, mas poucos trazem uma abordagem mais próxima da realidade medieval, e com um conteúdo histórico estudado como KingdomCome Deliverance – Royal Edition.
Muito mais que um jogo de ação em primera pessoa de mundo aberto medieval, KingdomCome é, praticamente, um simulador de vida daquela época, com uma rica ficção criada dentro de um contexto histórico real. E o Royal Edition em seu nome tem um motivo: acompanha todos os DLCs do jogo.
[bs-heading title=”Um porte incrível” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Recomendação de Compra
Nintendo Switch – Modelo OLED (Branco)
Lançamento: 08/Out/2021
Eu já havia ficado impressionado com os portes trazidos pela Saber dos jogos Vampyr e The Witcher 3 no sistema, e mais uma vez foi provado o quanto o híbrido da Nintendo consegue aguentar jogos de grande porte quando otimizados de forma estudada.
KingdomCome Deliverance é um jogo enorme, não somente no mundo e nos gráficos, mas também nas atividades e ações possíveis de se realizar dentro do jogo. Assim como os dois jogos anteriores já mencionados, KingdomCome também sofre redução gráfica, mas não a ponto de estragar a experiência, especialmente no modo portátil. Já nas televisões 4K é possível ver o quanto o jogo foi reduzido graficamente, mesmo que isso não deixe o jogo feio para caber no Switch.
[bs-heading title=”Prepare para vivenciar a era medieval de uma forma muito realista” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Eu tenho várias críticas ao jogo, mas devo confessar de início o quanto KingdomCome me viciou.
Além da história prender muito já no início, com uma direção e escrita sem igual dentro de um contexto histórico real e com uma direção épica, somado a liberdade de coisas que você pode fazer no jogo com consequências severas, realmente me cativou.
Mas para engrenar nesse mar de possibilidades, passei por muitas frustrações. O jogo é como uma vida real medieval. Sem direção no mapa, tendo que cuidar da minha fome, da minha higiene, do meu sono e ainda ter que conviver com dois males (do qual você é obrigado a escolher no início do jogo) não foi moleza.
E mesmo assim, a cada tentativa e erro a vontade de explorar mais e mais cresceu. E isso tudo só no tutorial.
Ao começar a explorar o jogo após os eventos iniciais então, o prato é cheio. Você tem uma missão principal, missões secundárias e uma vida inteira para experimentar. Você terá um trabalho honesto? Se tornará um cavaleiro? Um comerciante talvez? Ou se tornará um ladrão exímio como eu fiz, assaltando a casa dos outros?
As possibilidades são muitas, e todas muito bem elaboradas. E para manter cada decisão velada, com consequências que podem acabar com seu personagem, o sistema de save foi feito de uma forma a ser bem difícil. Ou então caro (caso você use o item Saviour Schnapps). Isso faz com que cada decisão pese muito, do contrário, ao morrer, você terá que repetir um bom pedaço do que já fez.
E morrer é extremamente fácil. Ao realizar a primeira missão após ser resgatado por Theresa, consegui fazer duas façanhas incríveis e inacreditáveis para roubar um anel (é uma missão secundária) só para morrer ao pular errado de um rochedo, quebrar as pernas, e sangrar até a morte.
Dito isso, é difícil explicar a experiência que é jogar KingdomCome Deliverance. Ela é única, cativante, um jogo diferente, que te dá vontade de explorar tudo devido a um sistema bem único… que ao mesmo tempo frustra demais. É uma balança tênue que sempre fica entre o interessante e a frustração, mas que no final acaba mais frustrando mesmo.
[bs-heading title=”Veredicto” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
KingdomCome Deliverance, assim como Vampyr e The Witcher 3, foi portado para ser jogado no modo portátil, retendo bons gráficos e mostrando que, quando bem planejado, é possível portar jogos grandes para o console híbrido da Nintendo. Quando jogado em uma televisão 4K, porém, é notável o downgrade gráfico, mesmo retendo um mundo aberto dinâmico e bonito.
No entanto, a grande questão do jogo é sua jogabilidade. KingdomCome Deliverance é, provavelmente, o jogo que mais se assemelha a um simulador de vida medieval, conseguindo introduzir no meio de suas missões e side-quests diversas atividades que realmente deixam o jogo interessante. Seu principal diferencial é o sistema de save, do qual você só consegue fazer ao dormir em um lugar seguro, ou comprando um item que é realmente caro, e esse detalhe faz você pensar mil vezes antes de tomar qualquer decisão, já que é muito fácil morrer por qualquer coisa, e ter que repetir o que já foi feito.
Eu entendo a ideia, de forçar o jogador a pensar antes de agir e tomar qualquer decisão, e realmente é bem implementado… mas, infelizmente, nem sempre inovação e diversificação significam diversão. Neste caso, pode ocasionar na mais pura frustração mesmo.
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