Life is Strange é uma franquia que fez história e ganhou vários prêmios, mas até mês passado, não estava disponível em consoles Nintendo. Isso mudou, com o novo Life is Strange: True Colors.
[bs-heading title=”Sobre Life is Strange: True Colors” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Desenvolvido pela Deck Nine e publicado pela Square Enix, o primeiro jogo de Life is Strange foi lançado em 2015, em episódios, trazendo uma história profunda, com decisões extremamente difíceis e com consequências severas na direção que a história toma, a série já iniciou ganhando mais de 70 prêmios de jogo do ano, e gerou uma prequel, Before the Storm, e uma sequência, Life is Strange 2.
Recomendação de Compra
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom
Lançamento: 26/Set/2024
Em março de 2021, a Square revelou que Life is Strange: True Colors, estava em desenvolvimento pela Deck Nine, que desenvolveu todos os jogos, menos o Life is Strange 2. O jogo originalmente saiu para outros consoles e PC e em setembro, enquanto a versão do Switch foi adiada, e finalmente lançada, com a DLC Wavelengths, em dezembro.
Diferente dos jogos anteriores, True Colors foi lançado com todos os seus capítulos, em vez de episódios separados a cada período de tempo.
A versão remasterizada do primeiro jogo e sua prequel está marcada para sair no começo do mês que vem, para a felicidade dos fãs nintendistas da franquia.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
A história de Life is Strange: True Colors segue Alex Chen, uma órfã que vivia alternando entre famílias adotivas e orfanatos, até que seu irmão Gabe a convida para morar com ela em uma pequena cidade do Colorado, nos EUA.
Nessa cidade, Haven Springs, ela conhece todas as pessoas da nova vida do irmão, mas um episódio com o namorado ciumento de uma amiga faz com que você descubra que Alex tem poderes especiais, podendo sentir e absorver as emoções das outras pessoas, além de ler os pensamentos delas.
A cidade tem a economia e a vida toda girando em torno de uma mineradora, a Typhoon, mas um acidente ao final do primeiro capítulo faz com que Alex e sus noves amigues, Ryan e Steph, que também são possíveis pares dela, tenham que investigar a fundo a Typhoon para descobrir os segredos ocultos há mais de uma década.
Steph, aliás, para quem jogou Before the Storm, é a menina que mestra o jogo de RPG que você tem a opção de participar.
A história é bem escrita, bem amarrada, e várias das decisões importantes são, de fato, relevantes para os capítulos finais, embora algumas delas sejam mais sobre como você vai se sentir com a decisão tomada do que com o resultado delas em si.
A decisão por uma cidade pequena é muito boa, pois faz com que haja uma quantidade menor de personagens que podem ser melhor desenvolvidas. Para quem jogou os outros jogos da séries, algumas das pessoas pareciam sem profundidade alguma, pela quantidade delas, enquanto que aqui, conforme o tempo passa, você vai se sentir morando na cidade, conhecendo cada pessoa pelo nome, e já lembrando de coisas relevantes de cada uma.
Há reviravoltas nível Game of Thrones, e você terá alguns momentos nos quais suas decisões serão bem difíceis. Minha única reclamação é a falta de uma cutscene final após a última decisão. Merecíamos ver o que acontece.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Para quem jogou qualquer outro jogo da série, Life is Strange: True Colors é basicamente igual. Você movimenta a câmera para focar em um objeto ou pessoa, vê quais são suas opções de interação com cada objeto, e interage. Dependendo das ações que você tomar, novas opções de diálogo são oferecidas.
O diferencial aqui é que, como Alex tem poderes especiais, e você pode desbloquear pedaços de memórias de outras pessoas de acordo com objetos diferentes que você escaneia, você pode simplesmente andar o tempo todo com o botão de ler auras ativado e buscar descobrir o máximo que puder sobre Haven Springs e as pessoas que moram lá.
Uma das minhas reclamações mais antigas sobre a franquia como um todo, e que continua, é que um jogo no qual a história é tão importante, você deveria ter a opção de rever os diálogos anteriores. Eu entendo que a ideia geral é de tomar decisões com tempo limitado, mas levando em conta que o jogo tem um modo (muito bom, por sinal) de acessibilidade, que permite que o tempo pra tomar as decisões seja maior, essa poderia, ao menos, ser uma opção.
No geral, a movimentação da Alex é tranquila, e é fácil de identificar os objetos possíveis de interagir, embora alguns deles não sejam tão fáceis de posicionar na tela de forma que dê pra interagir. Eu gosto de que várias das opções são bem mais claras que nos jogos anteriores, então, é mais difícil de tomar decisões que você se arrependa por não ter informações.
Além disso, em Life is Strange: True Colors, há uma quantidade grande de memórias desbloqueáveis, você consegue completar muito da história ao ler todos os SMS, todos os posts na rede social da cidade e o diário dela, no qual ela descreve como foi sentir o que outras pessoas sentiam, e escreve músicas (eu queria saber tocar violão para conseguir tocar as músicas da Alex).
O jogo é 100% legendado em português, e a legenda é muito boa, inclusive na adaptação das gírias e palavrões.
[bs-heading title=”Parte Técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Eu não sei se é ousadia demais, mas para mim, Life is Strange: True Colors é o port do ano para o Nintendo Switch. O adiamento do jogo fez bem, e ele é lindo. Em todas as horas de jogos, eu não fui atrapalhada por nenhum tipo de problema. As telas de carregamento em alguns momentos são bastante longas, mas fora isso, não houve queda de frame rate, não houve lag na hora de apertar os botões e ter reações, o desempenho é liso demais, e me deixou bastante esperançosa para o Remaster que vem mês que vem.
A arte do jogo é no mesmo nível dos anteriores, ou seja: maravilhosa. Você se perde em cenários detalhados, personagens com características diferentes, parecendo pessoas reais, e há pelo menos uns três momentos em especial que fazem você perder o fôlego, tamanha a qualidade.
As músicas de Life is Strange sempre foram um show à parte, e em True Colors, isso se mantém. Os momentos nos quais você pode só parar e apreciar o cenário, os pensamentos da Alex e a melodia são vários, e em cada um deles, é difícil querer apertar o botão para voltar antes de a música terminar. Minha playlist aumentou em pelo menos 5 músicas depois desse jogo.
No geral, eu aplaudo de pé o trabalho feito aqui, primoroso.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Life is Strange: True Colors segue a tradição dos melhores jogos da franquia, e traz uma história envolvente, arte impecável e trilha sonora perfeita. É, na minha opinião, o melhor port de 2021, e um jogo que não pode faltar na sua biblioteca, se você gosta do gênero.
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela Square Enix.
Discussion about this post