Se tem uma coisa que caçadores de monstros de todos os níveis sabem bem é que todo jogo de Monster Hunter sempre conta com DLCs e expansões. E com Rise, não foi diferente. Monster Hunter Rise: Sunbreak é uma expansão completa, que adiciona à história, além de trazer outros monstros e muito mais. Mas será se vale a pena investir seu rico dinheirinho? Bora lá.
Minha opinião inicial sobre Monster Hunter Rise pode ser lida aqui (spoiler, nota 10), e o jogo só melhorou com uma série de atualizações gratuitas durante esse último ano, que não só adicionaram vários monstros, como também deram armaduras pra facilitar farmar ranque, acertaram alguns erros de tradução, e ainda trouxeram algumas melhorias de qualidade de vida.
Recomendação de Compra
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom
Lançamento: 26/Set/2024
Como sempre é esperado, Monster Hunter Rise: Sunbreak cria uma história qualquer como desculpa para a gente matar mais monstros. Neste caso, depois de trazermos paz para Kamura com o (suposto) fim do Frenesi, descobrimos que o mundo não consiste só da nossa vila ninja de ser, e que em algum lugar distante (que a gente precisa ir de navio) chamado de “O Reino” (eu sei, criativo nome, né?), há um ciclo de terrores semelhantes que faz monstros perderem o controle, e que isso provavelmente está ligado ao dragão Malzeno, o principal boss de Sunbreak, que pode ser encontrado na demo, caso você queira conhecer a carinha fofa dele antes de comprar a DLC. A história nunca foi o forte de Monster Hunter, mas assim como em Rise, há um esforço de te dar uma narrativa que te faça se importar, cria certa imersão à aventura.
Você libera essa expansão vencendo a Missão Urgente 7 Estrelas da Serpente Deusa do Trovão Narwa na Área de Encontro (boa sorte). Ao encerrá-la, você verá o que seria o final de Monster Hunter Rise, e após acabar o banquete e cutscene, você descobre que tem alguém querendo falar contigo. É Fiorayne, líder e cavaleira da Ordem Real, que foi enviada para combater o monstro que saiu do controle e veio parar em Kamura. Aí, cutscenes e caças depois, você pega o barquinho para o Posto Elgato, que é sua base de operações em Sunbreak.
No Posto, você conhecerá as novas personagens importantes, que são, basicamente, cópias da maior parte das personagens de Kamura. A própria Fiorayne é irmã da Rondine, que te traz muamba via o Argosy. Você tem um novo velho que manda em tudo, um novo gatinho que cuida do Amicães e Amigatos, outro que cuida do correio, um novo guia de treinos, e, apesar de a animação dos gatinhos que fazem os Dengos ser bonitinha, eles não cantam (sim, eu amo as musiquinhas dos Dengos). Além dessas cópias pessoas, há uma série de personagens novas, e algumas até têm algumas histórias interessantes a acrescentar, como a princesa que te envia para morrer missões.
Se as personagens não impressionam muito, Sunbreak traz adições sólidas e bastante interessantes. Começando por aquilo que é a nossa razão de estar aqui: caçada de monstros.
Monster Hunter Rise: Sunbreak traz 19 monstros novos para o jogo, entre novas adições e grandes retornos, incluindo um dos meus monstros favoritos de todos os tempos: o Gore Malaga, introduzido em Monster Hunter 4. Outra coisa interessante também é que alguns monstros, como Tigrex e Aknosom, ganharam novos movimentos e combos, tornando a caça mais difícil e imprevisível.
Além dos novos monstros, há dois mapas novos. Você não abandonará os mapas de Kamura, ainda haverá várias missões te levando para lá, mas as adições de Monster Hunter Rise: Sunbreak são bastante interessantes.
A Selva é o menor dos mapas do jogo, te colocando na ação logo de cara, mas traz um ecossistema rico (incluindo criaturas e monstros pequenos novos), além de ser o mapa com maior diferença de níveis, com cada ambiente tendo até três andares diferentes, permitindo que você explore melhor o cenário durante as caçadas. Já a Cidadela é meu mapa favorito de todo o jogo agora. Mostrando a ruína de algum lugar do Reino, há várias áreas diferentes, cada uma com uma vida endêmica única, e acessos de caminhos que acabam fazendo monstros se encontrarem com muito mais frequência.
A riqueza de detalhes de ambos os mapas novos é muito grande, e as cutscenes de Sunbreak são ainda mais bonitas que as do jogo base, especialmente no que se refere à iluminação. Algumas tiveram alguns engasgos, em momentos com muita coisa acontecendo, mas foi algo breve e bem raro.
Se no jogo base, temos 7 níveis diferentes de monstros para enfrentarmos, a expansão traz 10 níveis só no Ranque Mestre dentro do jogo. Apesar de não haver novas missões do Frenesi (se você gostou de brincar de Tower Defense com Monster Hunter, vai ter que repetir as missões, porque não tem missão nova, já que a gente acabou com ele – supostamente), Sunbreak traz dois novos tipos de missões:
As primeiras são as Missões de Seguidor. Personagens específicas do jogo podem te acompanhar em caçadas, e isso adiciona uma estratégia diferente, já que a AI do jogo até que é bastante inteligente nessas missões. Além destas, também conhecemos as Missões de Anomalia, que trazem os monstros já conhecidos, mas numa versão especial chamada “Aflita”; estar Aflito faz um monstro ser mais agressivo do que o normal, além de mudar completamente os padrões de ataque. Isso os torna, essencialmente, novos monstros. E levando em conta que essas missões só ficam disponíveis depois de você alcançar o Ranque Mestre 10, você pode imaginar o nível de dificuldade deles. São, de fato, alguns dos mais difíceis de todos os tempos na franquia. Além disso, há missões novas a cada 10 níveis do RM, até o 40, então, boa sorte, caçadores.
Como todo mundo que é experiente no jogo sabe, a partir do momento em que o ranque mais alto do jogo é introduzido, não importa o nome que cada jogo dá, todo seu equipamento atual vira papel, você volta ao zero e precisa caçar todos os monstros de novo e de novo para ter novos equipamentos e subir infinitamente no seu ranque. E isso se repete aqui. No Ranque Mestre, cada monstro tem uma versão mais forte dele, e você precisa coletar pedaços deles para poder lidar com as missões desse novo ranque. Vai por mim. Enquanto minha armadura de fim de jogo me levou tranquilamente até o Ranque Mestre 3, chegando lá, cada porrada que eu tomo de um monstro arrancava mais da metade da minha vida.
Para facilitar nesse objetivo, o jogo introduz novas habilidades de troca, além de permitir alternar entre diferentes estilos, adicionando uma variedade enorme de combos novos possíveis, independentemente de qual arma você escolher usar. Outra adição é uma habilidade de troca de Evasão, que te permite se reposicionar rapidamente depois de tomar um golpe ou durante um combo. Você agora também pode correr nas paredes sem usar um move especial, basta pular, o que economiza um bichinho. Além disso, você também pode escolher entre atacar ou montar um monstro em estado montável, além de controles mais customizáveis. Tudo para que você seja a rainha (ou rei, ou regente) da caça de monstros. Até onde você consegue ir? O céu é o limite.
Se Monster Hunter Rise foi, para mim, o melhor jogo do Nintendo Switch no ano passado, a expansão Sunbreak traz adições suficientes para trazer um novo ar de frescor para o jogo, com novos monstros, novos mapas, novas habilidades, novos ranques, e a promessa de mais centenas de horas de caçadas. Te vejo em Elgato!
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela Capcom.
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