Em sua época de lançamento, Shovel Knight conquistou multidões de fãs por causa de sua qualidade e polimento, e se consagrou como um dos maiores indies de todos os tempos, adentrando até mesmo o mundo de pelúcias e artigos relacionados ao game. Recentemente, a desenvolvedora e publisher do cavaleiro com pá anunciou que estariam criando um título totalmente novo do personagem, o que veio a ser lançado com maestria e a qualidade de sempre que a Yacht Club Games apresenta em seus games.
Diferente, de uma maneira familiar
Novamente, controlamos aqui Shovel Knight, que persegue um vilão que rouba seus pertencences e perfura o chão até o submundo para fugir. Com essa premissa simples, o protagonista precisa ir cavando para chegar até o vilão e recuperar suas coisas. Essa é uma história simples e bastante direta, algo típico de títulos da era 8 e 16-bits, épocas às quais Shovel Knight claramente tem como referência em termos de jogabilidade, gráficos e game design de forma geral.
Recomendação de Compra
Final Fantasy I-VI Pixel Remaster Collection
Lançamento: 8/Out/2024
Diferentemente do jogo original, em Shovel Knight Dig temos mecânicas focadas em destruir blocos e terra cavando-os com nossa pá. Seja terra ou qualquer outro material proveniente do terreno, Shovel Knight pode cavar em várias direções, exceto na direção acima de sua cabeça que só pode perfurar blocos caso encontremos um acessório em específico.
De maneira geral, a estrutura Rogue-lite de sempre está presente aqui, o que significa que nosso progresso será parcialmente mantido caso percamos uma partida. Ao morrer, voltamos ao início acima do subsolo com o dinheiro e alguns elementos que coletamos, o que nos possibilita comprar itens como armaduras novas e afins no lojista correspondente. Mesmo assim, equipamentos estão espalhados pelo subsolo de maneira a melhorar nosso personagem durante aquela partida, o que significa sua perda caso morramos.
As habilidades já citadas são bastante úteis, e nos concedem até mesmo habilidades importante para agilizar a trajetória. Posso citar de cabeça alguns como o próprio chifre que perfura blocos acima de Shovel Knight, um chicote que me lembra personagens de Castlevania e permite com que nossos ataques tenham um alcance um pouco maior; uma skill que habilita flutuação para que o personagem caia mais lentamente ao pular, entre outras habilidades diversas.
É importante ressaltar também que existem desafios diários e semanais, o que dá um sopro de ar fresco para o jogo. Esses desafios nos permitem entrar no rank global do game, além de conceder as moedas para gastarmos no jogo principal posteriormente. Ou seja, por mais que seja algo extra, ainda assim se mostra bastante útil para a campanha em si.
Por fim, temos opções de acessibilidade para pessoas que, assim como eu, não gostam de suar tanto depois de algum certo período de tempo jogando o game. Podemos ajustar opções como o quanto de dano causamos aos inimigos, a quantidade de vida disponível desde o começo da partida, velocidade em que o jogo funciona, fora algumas porcentagem de outros modificadores da jogabilidade. Felizmente, com isso, o game fica muito mais acessível para aqueles que não querem demandar tanto esforço para se divertir com Shovel Knight Dig.
Absurdo de bom
Shovel Knight Dig foge totalmente da proposta do game original de Shovel Knight, o que é algo maravilhoso. Apesar de tamanha distinção, o novo indie da franquia do cavaleiro de pá dá um show de jogabilidade e mostra que podemos confiar em seus desenvovledores quanto o assunto é diversão, polimento e propriedade daquilo que estão fazendo. O resultado geral é um título divertidíssimo, que soube reinventar o conceito do Shovel Knight Original, além de mandar bem na trilha sonora e seus gráficos, agora, inspirados na geração 16-bits de consoles. Impossível não recomendar Shovel Knight Dig para o público geral, amantes de jogos de plataforma e escavadores de plantão.