Trails To Azure é uma sequência direta de Trails from Zero e, portanto, um título cuja recomendação tem um público bastante específico. Se você gostou e fechou de Trails From Zero, Azure é uma sequência maravilhosa que faz justiça ao seu predecessor. Juntos, ambos formam o arco Crossbell da atual série Legend of Heroes e os considero como dois dos melhores RPGs por turnos já criados e uma recomendação obrigatória para qualquer um que seja fã do gênero.
Para os que desconhecem a série Legend of Heroes, a mesma é composta por diversos jogos de RPG por turnos e é composta pelos seguintes títulos (em ordem de lançamento):
- Trails in the Sky FC, SC, The 3rd (PC) – Arco de Liberl
- Trails from Zero e Trails To Azure (PC, Switch, PS4) – Arco de Crossbell
- Trails of Cold Steel I, II, III, IV (PC, Switch, PS4) – Arco de Erebonia
- Trails into Reverie (PC, Switch, PS4) – Conclusão da parte 1 da série – Lançamento Ocidental em 7 de Julho
- Kuro no Kiseki (PC, Switch, PS4) – Arco de Calvard – Sem previsão de localização no momento
Ao contrário de muitas séries de RPGs, a narrativa de todos esses títulos acima é interligada, ou seja, acontecimentos de um jogo/subsérie têm consequências nas demais e, gradativamente, foi-se construindo uma das melhores e mais complexas histórias que temos nos jogos atualmente.
Recomendação de Compra
Nintendo Switch – Modelo OLED (Branco)
Lançamento: 08/Out/2021
O arco Crossbell foi originalmente lançado no PSP e em uma época que o antigo portátil da Sony já tinha perdido qualquer relevância no mercado fora do Japão, tornando sua localização oficial um esforço praticamente impossível. A atual localização dos títulos deve-se a um trabalho feito por fãs e que resultou em novas versões desenvolvidas para plataformas modernas que, também, contam com uma série de melhorias não presentes nas versões anteriores como, por exemplo, acelerar o ritmo do jogo.
Os títulos do arco de Crossbell, em particular, são os que considero os melhores de todos os localizados até o momento, pois são experiências bastante focadas nos pontos fortes da série. Sistemas de combate interessantes e que fornecem um desafio considerável nas dificuldades mais altas, uma história intrigante com bastante maturidade para lidar com temas complexos, uma OST espetacular e personagens memoráveis sejam eles os principais, vilões ou até mesmo NPCs.
Trails from Zero se inicia algum tempo depois após Trails in the Sky The 3rd e a duologia completa de Zero/Azure acontece em paralelo com alguns eventos de Cold Steel I e II. Pessoalmente falando, eu recomendo jogar os títulos Trails in the Sky (por, também, serem excelentes jogos) para aproveitar toda a história de Zero e Azure, mas Zero também serve como uma possível porta de entrada para conhecer a série. Reforço, novamente, que Trails To Azure é um excelente jogo, mas é absolutamente necessário ter finalizado Zero para aproveitá-lo.
A duologia Crosbell acompanha Llyod Bannings e seus companheiros da SSS, uma espécie de grupo especial da polícia de Crossbell que fica encarregada de serviços menores e de ajudar a população geral. No entanto, logo se envolvem em tramas muito mais complexas como a investigação de vários grupos do submundo da sociedade, forças políticas do exterior, entre vários outros. A história de Azure acompanha o mesmo grupo de Zero, com algumas novidades, e cujos arcos de história acabam por solucionar todos os questionamentos deixados em Zero. Os arcos de história atingem níveis ainda mais altos de qualidade, mas cujo ritmo também acaba por sofrer um pouco e, em certas partes, requer paciência do jogador.
As maiores novidades de Azure estão em sistemas relacionados ao combate como, por exemplo, os Master Core e a mecânica de Burst, sendo que esses sistemas foram posteriormente refinados em Cold Steel. Considerando as diversas novidades na jogabilidade e o fato dos personagens já iniciarem em um nível elevado devido aos acontecimentos do jogo anterior, o sistema de combate de Azure dá bastante liberdade ao jogador para criar estratégias e abusar de suas características. Não é difícil (e até divertido) criar estratégias absurdas de jogo que destroem qualquer balanceamento do título, especialmente nas partes finais da narrativa.
Jogo analisado com código fornecido pela NIS America.
Discussion about this post