Apesar de ser uma homenagem aos clássicos de plataforma dos anos 90, Kaze and The Wild Masks tem sua própria identidade e sua maneira de contar uma história. O game foi desenvolvido ao longo de 5 anos, e é possível sentir toda a dedicação colocada nele, que é muito bem polido e animado. O herói Kaze usa suas orelhas de várias maneiras para lutar contra os vegetais malignos, além de máscaras de espíritos animais, em uma ambientação bem agradável.
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Com uma história quase um clichê, mas com a sua devida singularidade, Kaze acidentalmente liberta Typhoon, um espírito maligno que invoca vegetais raivosos por todo o arquipélago. Typhoon transforma o companheiro de viagem de Kaze, Hogo, em um espírito, cabendo a Kaze quebrar a maldição.
O enredo evolui em dois tempos: o presente, contado por meio da progressão natural do jogo; e o passado, descoberto por meio dos coletáveis (bora pro 100% \o/). Cabe ao jogador ir atrás (ou não) da lore oculta por eles, que explicam, num tom de mistério, porque esse exército deve ser combatido e a sua origem.
Tudo isso com ótimos desenhos que demonstram muito bem o empenho deste projeto.
Recomendação de Compra
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom
Lançamento: 26/Set/2024
[bs-heading title=”Gráficos e trilha sonora” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#01b8e2″ heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Como falado anteriormente, a arte de Kaze, mesmo no modo portátil, continua muito bonita e sem quedas de performance. O mundo externo é trabalhado na pixel art, fazendo referência a títulos antigos, enquanto as fases são totalmente desenhadas. Os cenários e alguns inimigos são desenhados e animados de forma excelente, dando a sensação de estar jogando um desenho animado. Tudo flui muito bem e com respostas rápidas.
Um ponto negativo que pude perceber foram as lutas com os bosses. Devido aos inimigos que fui encontrando no caminho, esperava uma atenção maior na luta contra os chefões. Além disso, me decepcionei especialmente com a animação, pois eles aparecem por breves momentos e a sua maioria tem pouca animação (com exceção do primeiro e do último, que são excelentes). Contudo, a luta como um todo é agradável.
A trilha sonora também é impecável, encaixando perfeitamente com cada cenário, e cada mundo conta com um excelente repertório. Desenvolvida com instrumentos e ótimos vocais, a trilha do game cria um clima mais intenso quando necessário ou passa uma sensação de calma quando é o caso.
Apesar de toda a estética programada para simular a era dos 16 bits, o jogo transparece modernidade com seus controles. Uma combinação incrível que agrada aos olhos e aos ouvidos.
[bs-heading title=”Jogabiliade” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#01b8e2″ heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Já que falamos de jogabilidade, Kaze se mostra bem acessível em vários aspectos, trazendo vários idiomas (embora sirva apenas para interface do usuário, uma vez que não temos diálogos). Os controles podem ser configurados da maneira que o jogador desejar (mesmo sendo apenas dois, são poucos os jogos que permitem isso), permitindo, deste modo, jogar de uma forma mais confortável para cada jogador.
Na minha opinião, este é um aspecto muito importante em jogos de plataforma, pois precisão e resposta rápida são cruciais num jogo de ação como esse, e Kaze deixa toda a gameplay bem leve com isso.
Levei em torno de 20 horas para fazer 100% no jogo e em nenhum momento me frustrei com os controles – apenas tive momentos de habilidade ou de apenas descuido. Pule, voe, ataque, nade e aproveite de tudo mais que as Wild Masks tem a oferecer. A gameplay é fluida, o que evita brechas para que o jogo seja maçante ou repetitivo (a não ser que você morra muito, aí não tem muito o que fazer xD). Os loadings são bem sutis dentro das fases, pois elas são carregadas todas de uma vez; caso você falhe, voltará rapidamente para o checkpoint marcado. Isso faz com que as transições de tela sejam pouco perceptíveis e menos frustrantes, caso fique preso em alguma fase. Levanto este ponto pois passei por isso algumas vezes, e este aspecto do game me ajudou bastante a não perder o ritmo e seguir tentando. E já que toquei no assunto, vamos falar de dificuldade.
[bs-heading title=”Dificuldade e fase bônus” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#01b8e2″ heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Ao começar, temos duas escolhas: o modo normal e o modo casual, que oferece mais checkpoints e vida (não achei necessário, uma vez que não existe um sistema de vidas e ou uma tela de game over, algo clássico nesse estilo). As fases bônus tem seus desafios, mas podem ser repetidas quantas vezes for necessário, e não há necessidade de encontrá-las novamente para refazê-las. Veteranos do gênero podem achar que o game é uma volta no parque, mas não se enganem achando que o jogo é fácil por isso. É apenas sua memória muscular ajudando.
Tanto no modo dock quanto no portátil, sua performance é boa, sem quedas de frames ou demora nos loadings.
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Kaze and The Wild Masks é um título que merece atenção, principalmente do público brasileiro, não só por ser feito por brasileiros, mas por ser inspirado em toda uma geração que serviu de base para jogos atuais. É um excelente título por seus personagens, enredo, controles e, principalmente, por seu desenvolvimento artístico.
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