Monster Hunter é uma daquelas franquias com muitos fãs apaixonados ao mesmo tempo em que muita gente se perde na jogabilidade e na sua dificuldade. Monster Hunter Stories foi lançado para o 3DS em 2016 para sanar esse problema, trazendo os monstros mais famosos da franquia para serem jogados de uma forma diferente.
O jogo foi muito bem recebido, tendo uma média 7.9 no Metacritic, e ganhando uma sequência para o Nintendo Switch, Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin, que também teve uma boa recepção.
Agora, a história original chega para o Switch também, com conteúdos extras, gráficos renovados e muito mais, e jogamos por algumas horas para trazer o que achamos para vocês.
Recomendação de Compra
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Lançamento: 26/Set/2024
Para quem não sabe, eu sou uma grande fã da franquia como um todo, tendo começado a jogar Monster Hunter no 3U e tendo jogado vários jogos no decorrer dos últimos anos, tendo passado dos 4 dígitos em horas jogadas dos jogos de Monster Hunter. Mas de fato, os jogos principais oferecem, no geral, uma barreira de entrada para novos jogadores, e muita gente, infelizmente, não dedica o tempo necessário para aprender e se divertir com MonHun.
Tentando resolver esse problema, Monster Hunter Stories é uma espécie de “Pokémon de Monster Hunter“, no qual, em vez de apenas matar um monstro atrás do outro em busca de melhores equipamentos, e de maiores desafios, você aqui é um Montador (ou Montadora) de Monstros, montando uma equipe com seus monstros, ou Monsties, favoritos, saindo de sua pacata vila e rodando o mundo em busca de aventuras.
Para quem não jogou, Stories é razoavelmente mais fácil que os de caçar, mas isso não tira dele desafios. Mais que isso, é um jogo leve, divertido e que quase nunca parece necessário fazer o famoso grind para conseguir vencer algum monstro poderoso, de tantas coisas legais para explorar.
Na história, existe um tal de Miasma Sombrio, que ameaça tomar conta do mundo, possuindo monstros e tornando-os feras incontroláveis, infectando plantas, pedras e outras estruturas, e contra a qual Caçadores quanto Montadores precisam lutar.
Para controlar seus Monsties, cada Montador possui uma Pedra de Afinidade, que vai se fortalecendo conforme sua amizade com eles aumenta, garantindo mais força, maior conexão, ataques melhores e a possibilidade de crescimento conjunto. Nas lutas, um sistema de Pedra, Papel e Tesoura composto pelos diferentes tipos de ataque adiciona certa profundidade e impede que as lutas sejam feitas automaticamente.
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Como dito acima, essa versão é mais do que um remaster do jogo do 3DS. Monster Hunter Stories no Nintendo Switch é a experiência definitiva desse jogo.
O jogo está visualmente lindo, aproveitando as melhorias gráficas que a tecnologia garante entre os dois consoles. Mas, para além disso, a Capcom caprichou em garantir que mesmo quem jogou dezenas de horas na versão original ainda tivesse razões para jogar aqui.
A primeira delas, sem dúvida, é o preço. Custando quase metade de um jogo padrão do console, é a primeira lição de como se lançar um remaster, já que vários jogos assim são lançados pelo preço cheio.
A segunda, e talvez principal, razão para alguém querer a versão do Nintendo Switch é que finalmente teremos acesso a todos os conteúdos que, até então, são exclusivos dos japoneses. Tivemos duas atualizações no 3DS que não chegaram no ocidente, e elas trazem para Monster Hunter Stories a possibilidade de fazer amizade e domar monstros novos (alguns deles, favoritos dos fãs da série), personagens que surgiram no anime (inclusive, recomendo assistir, é bem bacana, e os dois primeiros episódios estão de graça para assistir no YouTube – em inglês com legendas em português), novas opções de customização de sua personagem e um conteúdo maior de final de jogo. Essas adições acrescentam em muito à aventura, garantindo ao menos uma dezena de horas extras de jogo.
Além dessas novidades, Monster Hunter Stories agora é dublado por completo, e não apenas nas cutscenes mais importantes, com opções de vozes em inglês e japonês. Apesar de não haver vozes em português, todo o restante do jogo está. Menus, legendas, textos, tudo foi traduzido com bastante cuidado e atenção, mantendo o nível de humor original, incluindo os trocadilhos felynos de Navirou, seu companheiro de aventuras. Gatástico!
Para completar, há um Museu que traz artes conceituais e músicas do jogo para serem vistas e ouvidas quando quiserem. Algumas das artes trazem comentários dos criadores do jogo, que explicam em certa profundidade decisões tomadas em relação a vários elementos do jogo.
Tecnicamente falando, ao iniciar o jogo, há uma série de opções para garantir que sua experiência seja a melhor possível. Até mesmo configuração de ambiente de som surround existe, caso você tenha os recursos disponíveis na sua casa, e a diferença é realmente incrível, você se sente no meio da ação.
O jogo não engasga em nenhum momento, sendo uma experiência fluida na qual não tive nenhum travamento ou perda de progresso nas horas que joguei, e o mundo parece ainda mais vivo e vibrante que em sua versão original. Além da óbvia melhoria gráfica, as cores são mais bem definidas, e os monstros são quase tão bonitos quanto sua versão em Monster Hunter Rise, por exemplo, mesmo com o estilo de arte diferente. Mesmo com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, os fundos continuam bem definidos e poucas foram as situações nas quais a queda de frame rates foi perceptível.
Para quem jogou e gostou de Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin, é uma ótima oportunidade de conhecer a história que originou tudo. Para quem é fã do jogo original, uma chance de ter acesso a áreas e Monsties que nunca estiveram disponíveis antes. Para quem não conhece ainda, uma chance de jogar um RPG de turno que garante uma experiência totalmente diferente de Monster Hunter, mas ainda assim, de alguma forma, se encaixa perfeitamente no universo, na sua melhor forma possível.
Monster Hunter Stories será lançado para o Nintendo Switch, PlayStation 4 e PC (Steam) no dia 14 de junho, e sua versão digital já está disponível para reserva no eShop. Além dela, haverá o lançamento da versão física, tanto do jogo sozinho quanto dele com uma versão de código de download de sua continuação, num pacote conjunto, mas ainda não temos informações sobre lançamento destas no Brasil.
Prévia feita com cópia gentilmente cedida pela Capcom
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