Demorou, mas aconteceu: a série Yakuza finalmente chegou às plataformas da Nintendo. Yakuza Kiwami, remake do clássico de Playstation 2 para PC, Playstation 3 / 4 e Xbox One agora chega no híbrido da Big N.
Mas como será que esse porte se comporta no Nintendo Switch? Desperte o Dragão que há em você e descubra a seguir.
Um porte lindo
O primeiro detalhe que chama a atenção são os gráficos, que conseguem reter toda a atmosfera bela, sombria e por vezes cômica do distrito de Kamurocho.
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Lançamento: 17/Out/2024
O bairro é o principal chamariz, trazendo até mesmo os efeitos de transparência nas poças de água na rua e os efeitos de luz do iluminado local onde se passa Yakuza. Os personagens principais também são um colírio para os olhos, conseguindo reter os detalhes, especialmente do rosto.
O mais impressionante é que esses detalhes não ficam presos somente na versão portátil do console, mas também quando jogado na TV.
Uma primeira escolha certa
O jogo poderia ter começado por Yakuza 0, para iniciar os eventos em ordem cronológica, mas trazer Kiwami na minha opinião foi a escolha certa para o novo público.
A história simplificada e os capítulos mais lineares são ótimos pontos de partida para aprender o universo do jogo, assim como os controles e sua estrutura.
Trazendo os aspectos introduzidos em Yakuza 0, Kiwami sai da simplicidade do Playstation 2 e traz brigas mais arrojadas, agora com diversos estilos de luta, trazendo mais estratégia e habilidade nas batalhas, ao invés de simplesmente ficar pressionando botões de soco e defesa freneticamente.
Conforme Kiryu (o protagonista) ganha experiência nas brigas, você adquire pontos para desbloquear novas habilidades para cada estilo de luta para ajudar nos momentos difíceis, especialmente contra chefes (sim, prepare-se para apanhar!).
Após vencer as batalhas contra os diversos inimigos do jogo, o jogador também ganha dinheiro, assim podendo comprar itens de cura, de energia e até mesmo armas para usar durante as brigas.
Conto de cinema
Apesar da história cinematográfica cheia de reviravoltas interessantes e com uma direção impecável, Yakuza também traz momentos cômicos que às vezes podem se prolongar demais (sim, todo mundo lembra da missão do anel), mas nada que estrague a atmosfera do jogo. Além disso, os momentos cômicos ao longo do jogo garantem boas risadas, especialmente nas missões secundárias.
As missões secundárias podiam ser de fácil acesso desde o início do jogo, e esse é um problema que tenho desde a versão original de Yakuza, no Playstation 2. Apesar de poder realizá-las conforme você vai avançando os capítulos, você não as encontra marcadas no mapa. Para isso, é necessário conseguir um item trocando por pontos CP (exclusivo na versão Kiwami) que exibem as chamadas substories.
No mais, acompanhar as aventuras de Kiryu conforme a história se desenvolve é um verdadeiro charme, com personagens interessantes e um drama criminal cheio de reviravoltas inteligentes. Lembro como se fosse ontem quando o personagem sai da prisão e descobre sobre os celulares. É uma trama envolvente e emotiva, mas irei parar por aqui para evitar mais spoilers. Acredite, a história é um dos pontos fortes e um dos motivos de eu achar que começar por Kiwami foi uma escolha genial.
Nem todas as batalhas estão vencidas
Dito isso, nem tudo são flores no porte para o Switch. Encontrei alguns slowdowns durante o jogo e, apesar de não serem frequentes, eles são notáveis em determinados momento, especialmente nas lutas na praça aberta, na área mais ampla da cidade.
Tirando esse fato, o único outro contraponto que vejo são no uso dos Joy-Cons originais durante a jogatina no modo portátil, especialmente para mudança rápida dos estilos de luta, problema que não encontrei jogando na TV com o controle pro.
Revisitando um clássico
Jogar Yakuza Kiwami e poder levar para qualquer lugar para ganhar experiência e adquirir itens é divertido e recompensador. Revisitar a história desse jogo altamente atmosférico e cheio de extras é divertido e todo amante de um jogo de briga com elementos de RPG deve jogar. Além disso, o preço para um game Triple A é interessante e, acredite, vale cada centavo.
Que esse seja o primeiro de muitos títulos dessa amada série, agora finalmente disponível para os jogadores da Nintendo.
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela SEGA.
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