Se tem uma coisa que a Capcom gosta de trazer para o queridinho da Nintendo são seus grandes clássicos.
O Capcom Arcade Stadium já teve uma primeira versão com muitos jogos da antiga era, o que levanta a seguinte questão: o quão bom (e necessário) são os games do 2nd Edition?
Para separar melhor, irei falar dos jogos da mesma forma como a Capcom separa os games, em 6 categorias diferentes: Luta – Shmup – Ação – Quebra-Cabeças, Compilações e Esportes.
Recomendação de Compra
Nintendo Switch – Modelo OLED (Branco)
Lançamento: 08/Out/2021
[bs-heading title=”O que Capcom Arcade 2nd Stadium faz de diferente em relação ao 1º jogo?” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Praticamente nada. As funções já encontradas no Capcom Arcade “1st” Stadium também estão aqui, como as conquistas e os desafios online diários que servem para ganhar pontos, subir de nível e desbloquear extras, como papéis de parede para os fliperamas. A experiência (que começou na 1ª edição) faz o jogador e seus amigos sentirem que estão entrando em uma loja de fliperama e escolhendo as máquinas da qual querem jogar. E, sendo bem sincero, gosto bastante dessa sensação de nostalgia que a Capcom consegue captar.
O jogo segue a tradição do seu antecessor em trazer diversos filtros para uma experiência mais próxima dos tempos analógicos dos fliperamas. Enquanto que os filtros de Scanlines e Suavização funcionam bem na telinha do Switch, seja com a tela curva ativada ou desativada, não se pode dizer o mesmo, infelizmente, quando jogado na TV, onde é notável a diferenciação gráfica da época. O Scanline deixa a desejar o efeito esperado mesmo em TVs modernas de tamanho menor, como uma LCD de 27 polegadas, por exemplo. É uma pena, pois os filtros funcionam muito bem em outras coletâneas da Capcom para o sistema, como o Street Fighter 30th Anniversary Collection.
Uma nota importante é que o game também reconhece e já deixa configurado de maneira correta os controles de alavanca oficiais da Capcom para o Nintendo Switch em cada jogo, para uma experiência mais próxima dos arcades.
Mas sem mais delongas, vamos ao que interessa: os jogos!
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Um dos meus gêneros favoritos, o 2nd Edition conta com mais jogos de luta e também mais interessantes do que os da primeira edição. Desta vez temos os três Street Fighter Alphas e três games da saga Darkstalker (conhecida como Vampire Savior no oriente). Todos com a lista de movimentos especiais dos personagens inclusas no menu.
Porém, a surpresa mais forte é o Street Fighter 2 Anniversary Edition, que não se encontra no Street Fighter 30th Anniversary Collection (somente no Capcom Fighting Collection, lançado recentemente). Essa versão possui todas as edições do Street Fighter II em um único game, permitindo aos jogadores utilizar qualquer edição de um personagem. O player pode usar, por exemplo, a Chun Li do Street Fighter 2 Turbo e ir contra a Chun Li do Street Fighter II The New Challengers.
Outra surpresa bem vinda é o Slam Masters, jogo de luta mais conhecido por deixar você controlar Haggar (do clássico beating up Final Fight, que se encontra no primeiro Capcom Stadium), trazendo o gênero de luta livre à coletânea. Apesar de estranhar no início, achei o jogo muito divertido, tanto contra outros jogadores quanto contra a máquina.
Um interessante game que surge também é o Super Gem Fighters – Mini Mix, que apareceu na edição do Capcom Fighting Collection, um ótimo game para quem busca um sistema menos complexo, já que o jogo usa 3, ao invés de 6 botões tradicionais da série Street Fighter, e possui alguns elementos de RPG no meio (eu, particularmente, sou bastante fã do jogo).
Street Fighter 1, aquele jogo que para muitos só serve como peça de museu (eu incluso) também aparece aqui, apesar de também estar presente na coletânea de 30 anos do Street Fighter para a plataforma. E isso levanta uma questão: todos esses jogos, aparte do Slam Masters, apareceram nas outras coleções da Capcom, e com muito mais extras e modos, fazendo suas edições no Arcade 2nd Stadium ter só um diferencial: o preço individual mais barato por cada jogo.
[bs-heading title=”Ação” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
A grande surpresa aqui é o Mega Man The Power Battle, tanto o primeiro quanto o segundo game, que finalmente surgem na plataforma. O jogo é divertidíssimo em dois jogadores coop, apesar de oferecer pouco desafio após pegar o jeito de enfrentar os chefes.
A sessão de ação também conta com diversos D&D de arcades como Magic Sword e The King of Dragons, que com sua ação frenética e elementos de RPG trazem um ótimo jogo para se divertir com os amigos, no caso desse último, até 3 pessoas. Para mim, a novidade aqui foi Black Tigger, da qual eu nunca havia jogado. Além de poder jogar com um amigo, ele possui similaridades com outro grande título da Capcom: Ghost n’ Goblins (que apareceu no primeiro Arcade Stadium).
Há outros jogos de ação que são menos conhecidos, como Hissatsu Buraiken (lançado somente no Japão) e Tigger Road, mas a simplicidade dos controles e a época em que os jogos foram lançados não me foram atrativos e, como alguns não chegaram a ser lançados nem no ocidente, não consigo ver alguém jogando por motivos de nostalgia.
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Já revivido no Capcom Fighting Collection, o quebra-cabeça do Super Puzzle Fighter 2 Turbo é sempre um colírio para os olhos. Dos puzzles antigos é, provavelmente, o que mais a galera lembra graças aos personagens memoráveis do game de luta Street Fighter. Divertido e altamente estressante, especialmente nos últimos estágios, a diversão, para quem gosta de variações do clássico Tetris, vai amar esse game.
Um muito interessante também é Pnickies, também lançado somente no Japão, e achei o jogo divertido, além de ter um artwork sensacional. Já Block achei muito simples para reter um valor de diversão, mas quem jogou e quiser relembrar, o game se encontra presente nessa edição.
[bs-heading title=”Shmups” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Aqui temos um prato cheio. Começando com o 1943 Kai, lançado somente no Japão e fazendo parte da clássica série de Shmup da Capcom, é tão bom quanto os outros games da série. Ainda na mesma pegada, mas envolvendo mechas, Hyper Dyne Side Arms também é um Shmup gostoso de jogar e um tanto desafiador. Um jogo que achei um tanto diferente é o Last Duel, da qual você controla um carro usando o direcional de cima para acelerar e o de trás para frear. É uma mecânica diferente e desafiadora, mas não muito bem implementada, infelizmente.… hmm… Hyper Dyne e Last Duel… Será que Hyper Duel (meu Shmup favorito de todos os tempos) nasceu dessa junção? (Teorias da conspiração detectadas!).
Um outro que me chamou muito a atenção foi um game chamado The Speed Rumbler, que parece um Retro City Rampage em forma de arcade. Nele, você controla um veículo, enquanto vai avançando na fase, destruindo carros e salvando prisioneiros que dão Power Ups em retorno (como eles esconderam esses Power Ups na prisão, eu não sei!). Mas o mais incrível é que você pode sair do carro e sair atirando com a arma também. Outra surpresa desconhecida para mim foi o Led Storm, um jogo de corrida com ângulo top down da qual você pode destruir os outros carros.
Os outros Shmups achei muito fraco comparados aos encontrados no primeiro Arcade Stadium (na 1ª edição temos GigaWing, Progear e Varth), alguns muito antigos para manter o jogador preso por algum tempo, como é o caso de Son Son, Gun Sumoku (um espécie de Sunset Riders simplificado) e Savage Bees (que tem uma música que lembra muito Zelda haha). Porém, um Shmup que me chamou a atenção, apesar de ter uma mecânica bem desafiadora, foi o Eco Fighters, da qual, segurando o botão de tiro, a nave carrega um poder enquanto fica girando em torno da nave que, ao parar de pressionar o botão de tiro, esse poder dispara na posição em que estiver o ângulo do tiro no momento.
[bs-heading title=”Compilações e esportes” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Os três games da compilação Wonders aparecem aqui, e um deles é um Shmup chamado Chariot, muito delicioso de jogar, que só tive a oportunidade de experimentar no meu antigo Sega Saturno (e agora no Switch!). É um Shmup com elementos de RPG mas com um sistema único de tiro e Tail (Cauda) que funcionam muito bem. Além disso, sua dificuldade é acessível, apesar dos últimos estágios ficarem bem desafiadores. O jogo de tiro Midnight Wonderers também é muito divertido, com um multiplayer desafiador para se jogar em dois. O puzzle Don’t Pull, apesar de original, achei um tanto enfadonho, mas nunca gostei muito de puzzles quando se trata de arcade, talvez agrade os fãs mais hardcores do gênero.
O Capcom Sports Club veio como uma total novidade para mim. Eu desconhecia o jogo e achei divertido e original, apesar de ser limitado somente a três esportes (Basquete, Tênis e Futebol). O melhor é o de Tênis, por ser mais simples e mesmo assim ser técnico (bem o estilo Capcom). É é um game único para essa compilação de jogos, e isso contando com os dois Capcom Arcade Stadiums.
[bs-heading title=”O que faltou?” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
É uma pena a Capcom não ter incluído Red Earth e as 3 edições de Street Fighter Third Strike aqui. Isso quer dizer que, se você quiser jogar só um dos três games (ou Red Earth), ao invés de comprá-lo individualmente no Arcade Stadium, você terá que pagar o preço cheio das coletâneas de 30 anos do Street Fighter ou do Capcom Fighting Collection.
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