Cult of the Lamb é o mais novo trabalho da desenvolvedora Massive Monster em conjunto com a distribuidora Devolver Digital. O game no estilo roguelike de ação mescla várias outras funcionalidades, como gerenciamento de recursos e sobrevivência. Com Adventure Pals e Never Give Up, Cult of the Lamb mostra todo conhecimento do estúdio, que mostrou que sabe criar jogos assustadoramente adoráveis.
[bs-heading title=”Antiga Fé x Nova Fé” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Cult of the Lamb começa nos campos da Antiga Fé, onde o último cordeiro de sua espécie está para ser sacrificado para evitar a profecia temida pelos bispos daquela seita. Porém, é nesse momento em que ela começa a ser cumprida. No momento do ritual para “aquele que aguarda”, que é a deidade que amedronta os bispos, o pequeno cordeiro é trazido de volta à vida com a condição de que ele crie um culto e, junto de seus seguidores, destrua os bispos da Antiga Fé para poder libertar a tal deidade. Somos, então, apresentados ao conceito de roguelike de Cult of the Lamb, em que passamos por mapas gerados de forma procedural para pode sair do alcance dos bispos e começar a montar uma base para todos aqueles que serão salvos e queiram se juntar ao culto contra a Antiga Fé.
Recomendação de Compra
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Lançamento: 17/Out/2024
Com uma história bem no padrão roguelike, que começa com o objetivo de derrotar certos números de chefes e assim chegar ao final, Cult of the Lamb tenta se diferenciar permitindo que você defina o meio da história ao criar o seu culto e como ele opera. Viver muito ou morrer jovem? Fazer jejum ou festival de comida? Um culto só de bois para abate? Você pode fazer tudo isso, as possibilidades são grandes. Construa a história da sua fé usando doutrinas, interações com seus seguidores e um pouco de criatividade (não precisa de muita, mas jogadores de jogos de sobrevivência e fazenda vão se fartar, com certeza).
[bs-heading title=”Jogabilidade: que comecem as cruzadas” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Cult of the Lamb tem uma jogabilidade bem leve na parte de roguelike, mas ao mesmo tempo, passa uma sensação de urgência na parte de gerenciamento de recursos e interação. Já que mesmo durante as cruzadas que fazemos nos campos da Antiga Fé o tempo continua a correr, é preciso ser rápido e objetivo para voltar e administrar seu rebanho, de modo que não fiquem sem camas, com fome ou que um cadáver se decomponha no meio da base. É claro que o rebanho não está ali apenas para ser cuidado, uma vez que os animais têm suas próprias atividades. Podemos determiná-las assim que eles chegam ou mudá-las a qualquer momento, mas sua principal função é fornecer fé para inspirações divinas, que são upgrades para a arma, a coroa vermelha e as novas construções para base, que ajudam a fazer com que o rebanho tenha um pouco mais de independência durante as cruzadas.
É admirável como Cult of the Lamb mescla esses dois tipos de jogabilidade com bastante sinergia e ao mesmo tempo em que quebra o fluxo do jogador de uma forma interessante. O jogo nunca te deixa focar demais em um deles: se você quiser ficar cuidando demais do rebanho, em algum momento ficará sem recursos ou seguidores; se ficar tempo demais nas dungeons, os seguidores podem ficar sem comida, doentes, se rebelar ou morrer. Saber a hora certa de voltar para o rebanho ou sair para uma cruzada é essencial, pois fora da sua base não há muitas informações sobre o que acontece nela. Essa variação de jogabilidade cria não apenas uma rotina, mas também um lembrete das necessidades do rebanho ou dos seguidores. Esses, aliás, podem te pedir para fazer missões com tempo determinado que envolvem buscar recursos em áreas específicas ou realizar rituais. Tudo funciona de maneira bem orgânica e ajuda a manter o pós-game vivo, principalmente ao terminar a campanha, já que atualmente não tem muito o que fazer após finalizada. Conteúdo novo deve chegar por meio de atualizações, embora o menu principal já tenha uma programação (roadmap) para mostrar as novidades.
[bs-heading title=”Parte técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Falando em atualizações, o lançamento de Cult of the Lamb no Nintendo Switch foi um pouco conturbado devido a alguns problemas de otimização e performance. Entretanto, a equipe da Massive Monster agiu rapidamente e corrigiu todos os mais prejudiciais (inclusive os de idioma em pt-br). Então, no momento do lançamento dessa análise, o game está bem melhor do que em seu lançamento. Deixo aqui os parabéns à equipe, que resolveu os problemas em um prazo razoável.
O estilo artístico escolhido em Cult of the Lambb é incrível. Os personagens são expressivos, os cenários têm diferentes tipos de iluminação dependendo da hora do dia, a mistura do 2D dos personagens com o 3D do cenário é muito boa. Tudo isso cria um ambiente fofo e animado, fazendo o jogador esquecer que há um minuto fazia um ritual de sacrifício ou participava de um massacre em uma cruzada.
A trilha sonora também não fica para trás e ajuda ainda mais na imersão, já que ela é carregada de instrumentos de sopro, instrumentos idiofones (como a marimba) e arpejos vocais, que passam uma vibe de cenários selvagens onde um novo inimigo pode saltar a qualquer momento.
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