Os aspiradores de pó robóticos são uma tendência há algum tempo, e ainda não tive a chance de colocar minhas mãos em um desses carinhas. No entanto, nunca passou pela minha cabeça que essas pequenas ferramentas de limpeza poderiam ser usadas para proteger nossas casas até então. Em Justice Sucks, você controlará um aspirador de pó robô muito simpático encarregado de resgatar sua família e derrotar invasores de todo lugar. Já imaginou sugar sangue e partes de corpo em vez de poeira? Nem eu.
Limpando a bagunça
Aqui jogamos como Dusty, o já mencionado adorável robô aspirador de pó. Dusty tem muitas habilidades diferentes para serem equipadas, além de vantagens passivas que podem aumentar, bem, coisas passivamente, como a quantidade de sangue com a qual Dusty inicia um estágio. Nossas principais habilidades são sugar coisas, hackear equipamentos eletrônicos para derrotar invasores e se esconder embaixo de mesas para que ninguém o veja.
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Principalmente, devemos usar nossas habilidades de hackers para ativar armadilhas escondidas dentro de eletrônicos comuns de nossa rotina diária, como sistemas de rádio, lâmpadas, janelas, e objetos diversos que casem com a proposta do ambiente – um clube noturno, por exemplo, trará holofotes e máquinas de drinks.
Temos que esgotar a saúde dos inimigos até que estes desmaiem e morram, assim podemos sugá-los a ponto de picar suas partes do corpo para sugar todos e beber seu sangue. Admito que isso é meio macabro, mas também acaba sendo o ponto principal de todo o jogo: uma mistura entre sangue, fofura e “palhaçadinhas”. E se isso não bastasse, depois de matarmos todos os inimigos, temos que sugar seus restos e limpar o ambiente para elevar o rank obtido no final da fase.
Fases, habilidades e acrobacias
Após um estágio e outro, podemos desbloquear novas vantagens/perks e habilidades, que podem ser personalizadas antes de cada missão. O único problema com essas habilidades é que elas exigem que pressionemos um botão do d-pad, o que não parece tão natural, pois usaremos o mesmo dedo para controlar Dusty através do analógico, tornando essa manobra um tanto quanto “malabarística” – a não ser que você tenha três mãos ou dois polegares na mão esquerda.
Dito isso, também não há uma maneira de remapear nenhum dos controles, o que parecia um problema para mim em alguns momentos. Além disso, às vezes fica muito difícil mirar corretamente em uma armadilha específica quando há muitas delas próximas umas das outras, pois isso provavelmente é muito mais preciso ao usar um mouse em vez de um analógico, já que elas se misturam visualmente falando.
Além da jogabilidade central, existem alguns modos de jogo que ajudam muito a variar o estilo de gameplay. Há um focado em coletar caixas de NPCs e entregá-las a uma área do mapa; outro nos pede para resgatar pessoas e enviá-las para a área de resgate; enquanto outro está outro focado em “limpeza”. Todos esses modos podem ser experienciados de tempos em tempos, à medida que a história avança e desbloqueamos novos mundos e tipos de missão. Para quem gosta do cenário competitivo, há uma funcionalidade de placar que permite ao jogador um high-score em cada missão para compará-lo com amigos e aleatórios da internet.
Simples, divertido e violento
Não se deixe enganar pela aparente fofura do jogo, já que Justice Sucks é cheio de sangue, instinto assassino e um monte de violência gráfica, apesar de ser possível diminuir o gore no menu de opções. Se você é o tipo de pessoa que aprecia uma variedade de missões arcade, este indie é definitivamente para você. Justice Sucks é simples, direto, absurdamente bem feito e não deixa a desejar em nenhum sentido no quesito diversão e originalidade. Mas tenha em mente que este não é um jogo para crianças.