Sem recordações do dia anterior, você e seu cunhado acordam, sem lembrança alguma do dia anterior, em uma casa abandonada; e sua irmã, desaparecida. Tudo isso em uma cidade estranha, cheia de cidadãos enigmáticos e uma lenda cristã que irá arrepiar a espinha.
Esse terror psicológico, somado ao sobrenatural, tem uma ótima premissa (arrisco dizer que é uma das histórias de terror que melhor se iniciam no universo dos games em anos), mas seria esse conto o suficiente para garantir a qualidade do jogo?
[bs-heading title=”Saint Kotar é arrepiante com gostinho de me conte mais” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Recomendação de Compra
Super Mario Party Jamboree
Lançamento: 17/Out/2024
A primeira hora de Saint Kotar é o que todo fã de Silent Hill deseja. Perguntas que não param, todas significativas, abrindo portas para questões ainda mais sinistras. Em meio a tudo isso, uma cidade com atmosfera opressora e personagens um tanto etéreos.
Conforme ocorre o andamento da história, o conto se torna mais pé no chão, mas continua retendo um mistério aterrorizador.
Infelizmente, essa experiência quase entra em crise quando acessamos o primeiro menu do jogo: o de diálogos. É notável a falta de menus intuitivos. Eu perdi a conta de quantas vezes cliquei na mesma pergunta ao conversar com um personagem, por não saber onde estava a seleção.
Esse fator é frequente em diálogos que possuem mais de 2 opções, e a má otimização, que dá uma pequena travada toda vez que o jogador escolhe uma pergunta/resposta não atenua em nada esse empecilho.
Porém, o que realmente empaca a experiência tem haver com a limitação gráfica. Existem jogos que, propositalmente, omitem ou criam ambientes estranhos para aumentar a atmosfera do jogo, o que ocorre em Saint Kotar também.
No entanto, em outros momentos a limitação gráfica simplesmente estraga o que deveria ser fácil de entender, ou que não tinha o objetivo de ser algo escondido ou misterioso na narrativa.
Em determinado momento, por exemplo, conversamos com uma idosa que não possui olhos, nem língua, e ela escreve em um quadro negro para se comunicar através de uma janela (ou seja, não enxergamos a personagem). Como o próprio protagonista narra o que está escrito no quadro, pensei que tivessem utilizado o mesmo dublador para outro personagem, ou que fosse um momento de loucura do protagonista, levando em consideração o contexto. Só quando, lá pelas tantas, o diálogo finalizou com a imagem de uma mão no quadro, e não com o retrato do meu personagem, consegui entender a ideia de que era uma idosa escrevendo em um quadro negro. Quando me dei conta, já havia passado um monte de diálogos que teriam sido melhor compreendidos se eu soubesse com quem ele (o protagonista) estava conversando.
Mas é importante notar que a história de horror em Saint Kotar é muito acima da média, e isso foi o que mais me deixou impressionado. Esses problemas graves não foram o suficiente para tirar minha curiosidade e a vontade de adquirir as respostas para o enredo sinistro e macabro que esse jogo oferece.
[bs-heading title=”Gameplay interessante, porém mal executado” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Outro fator que me atraiu no jogo foi a liberdade limitada que ele oferece. Em determinados momentos, você poderá escolher caminhos e o que fazer. Essas possibilidades abrem portas para finais antecipados e diálogos novos.
O jogo traz algumas sidequests, por assim dizer. Por exemplo, você pode adquirir um mapa da cidade, e a forma de adquiri-lo são diversas, também podendo ser encontrado em momentos diferentes do jogo, caso o jogador tenha deixado passar.
Porém, essa abertura é limitada, já que em alguns momentos, a “quest” do momento poderá deixar o jogador limitado a certo local da cidade.
Outro fator interessante é que em alguns momentos você poderá controlar dois personagens, e dependendo de quem você escolher primeiro, você descobrirá coisas antes do tempo.
Essas qualidades deveriam aumentar o valor de replay do jogo mas, infelizmente, por mais criativo que seja a ideia e a história, os problemas técnicos (talvez por falta de experiência e recursos da equipe) não deixam o replay de Saint Kotar em algo atrativo para o jogador.
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