Adore é um jogo de ação de Coleção de Criaturas, em que o personagem principal, Lukha, é capaz de invocar e controlar criaturas para lutar ao seu lado de uma maneira simples e inovadora.
Em Adore, você pode personalizar seu estilo de jogo de acordo com as criaturas que capturar. Cada um deles tem habilidades muito diferentes. Além disso, há o Sistema de Sinergias, Características e Habilidades Especiais, que permite estilos de jogo ainda mais variados e combos.
Recomendação de Compra
Super Mario Party Jamboree
Lançamento: 17/Out/2024
[bs-heading title=”O reino de Gaterdrik” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Assim que começamos a jornada com Lukha, Draknar, deus das criaturas, nos conta que uma maldição está se espalhando por todo reino de Gaterdrik devido à sua morte e que as criaturas do reino estão sendo possuídas, uma pequena parte do seu espírito caiu sobre Lukha e que ele agora é a última esperança de Draknar.
A história se passa toda na floresta e nos arredores dela. Aqui, Lukha vai descobrir a verdade e os mistérios sobre a morte de Draknar e enfrentar Ixar, o deus maligno que o matou. Ela tem um fluxo lento de forma geral, mas nem tanto. O jogo traz elementos de roguelike (apesar de não ser) e dungeon crawl. Além disso, o jogador revisita dungeons, muda equipamentos, enfrenta criaturas e faz outros diversos preparos antes de conseguir seguir em frente.
Admito que a história é um bem intrigante e te instiga a seguir em frente para descobrir o que aconteceu nesse mundo enquanto captura várias criaturas, porém, parece que falta algo. As criaturas podem até serem bonitas e carismáticas, mas antes de adicioná-las ao seu time, parecem iguais aos inimigos, podendo passar despercebidas. O sistema de Adore também não ajuda muito, pois são referidas apenas como “criaturas”, o que tira um pouco do brilho do jogo.
[bs-heading title=”Temos que pegar todas as criatura” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Adore começa com Lukha no meio da floresta, e logo que Draknar explica o que aconteceu, vamos atrás da primeira criatura. Para isso, são necessárias duas coisas: o cajado do adorador e de ao menos uma partícula, que serve como fonte de energia para criar o vínculo entre o adorador e a criatura. A partir daí, começamos a nossa jornada para derrotar Ixar, criando um time de criaturas que lutam conosco, e resolver os desafios que surgem.
O combate se baseia em invocar as criaturas (você pode carregar até 4) para lutar com outras. Cada uma tem habilidades únicas (podendo ser tipo físico ou mágico) e especiais. Além disso, elas também não devem ser deixadas soltas e é importante saber a hora de recuar, já que quando a vida delas vai a zero, o dano recebido vai direto para o adorador. Por isso, usamos o mesmo botão para retornar uma ou todas de uma vez; essa mecânica é tão importante quanto a de ataque, pois depois que a nossa criatura ataca, ela retorna para o jogador, deixando espaço para ataques, mas também para recuperar stamina (já que de início só conseguimos usar 2 no máximo).
O combate é simples de entender, mas tem algumas complicações, por exemplo: sempre que começamos a explorar um cenário, todas as criaturas começam com a barra de especial cheia. Isso pode parecer uma boa vantagem, mas acaba se voltando contra o jogador, já que no início há poucos inimigos, as barras demoram um tempo considerável para encher e nem todos os especiais são totalmente ofensivos, fazendo com que seja necessário reter alguns ataques. Criaturas derrotadas ficam com a vida zerada e não podem ser curadas facilmente, sendo necessário alimentá-las com comidas específicas ou deixá-las no santuário por uma rodada. No fim, isso é até interessante para você conhecer mais as criaturas, mas também é frustrante.
Adore tem vários sistemas de fortalecimento, como sinergias, artefatos e mais; entretanto, eles não parecem fazer muita diferença no início ou no final. As sinergias, por exemplo, funcionam de acordo com seu time; para uma habilidade ativa funcionar é necessário ter uma criatura do atributo utilizado no seu time e em campo. Devido à frequência da rotação do time, pode ser que seja necessário redefinir as sinergias ou procurar outra criatura do tipo para colocar no time, quebrando um pouco o fluxo de jogo. Ao sermos derrotados, perdemos todos os itens e ouro que carregamos (mesmo que tenha sido obtido fora dessa rodada). Isso é um pouco frustrante, já que muitos recursos são dispendiosos e, às vezes, um pequeno erro pode estragar tudo. Os itens e o ouro podem ser recuperados, mas se você perdê-los novamente, não há como recuperar, e se você demorar demais para jogar naquele cenário, pode perdê-los permanentemente também.
O sistema de experiência também não ajuda, pois à medida que avançamos, os cenários são equilibrados em dificuldade (são 9 sistemas de profundidade), mas a experiência não parece acompanhar esse nivelamento e somente deixa mais difícil para o adorador e suas criaturas. Além disso, a rotação do time deixa todo o trabalho de “grindar” maior e monótono. Nem mesmo as expedições salvam, pois embora sejam ricas em recursos, são muito mais difíceis que um nível normal por serem mais longas.
Passei mais de 12 horas jogando. Atualmente, estou na terceira área liberada, e a maioria das criaturas não chegou ao nível 5. Talvez eu esteja jogando errado e tenha que capturar mais criaturas para arrumar mais sinergias (embora o espaço no santuário para criaturas seja limitado, elas ainda podem ser resgatadas posteriormente) ou talvez eu devesse farmar mais fragmentos e acessar mais recursos. Contudo, de uma coisa eu sei: Adore tem uma jornada bem extensa, apesar de ter apenas 5 áreas.
[bs-heading title=”Parte técnica ” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Adore tem uma estética bem interessante. Os modelos 3D têm uma textura bem trabalhada, e os efeitos de pelagem em algumas criaturas são ótimos, mas muitos deles parecem ter um aspecto de pedra. Os modelos que mais chamam atenção são os dos chefes, que são mais robustos e se destacam.
A trilha sonora é muito boa, mas falta alguma coisa. As músicas são muito curtas e parecidas e acabam criando um ambiente um pouco mais pacato e calmo. É uma vibe diferente do que a história nos conta, porém, isso muda em chefes ou encontros com Ixar.
No geral, Adore funciona muito bem no Switch (apesar das minhas ressalvas de jogos em Unity no console). Não encontrei problemas de otimização ou bugs, porém, sinto que Adore sofre de uma falta de personalidade e ambientação. Embora muita coisa seja explicada nos primeiros minutos de jogo, à medida que avançamos, não parece que estamos bem inseridos naquele mundo. A vila, por exemplo, parece só uma base para um roguelike. O fato de os monstros serem chamados apenas de “criaturas” parece um tanto genérico, fora que elas acabam não tendo muita atenção. Espero que numa versão 1.5 possamos ver algumas melhorias.
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