Ambientado no Universo de Runeterra, de League of Legends, Bandle Tale: A League of Legends Story é a última viagem criada pela Riot Forge, e promete ser um longo e (nem sempre) tranquilo passeio por Bandópolis. Bote a mochila nas costas, e vamos!
[bs-heading title=”Sobre Bandle Tale” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Recomendação de Compra
Pacote Nintendo Switch OLED (Branco) + Mario Kart 8 Deluxe
Lançamento: Ago/2024
Se você não vive numa caverna, num abacaxi no fundo do mar ou debaixo de uma pedra, já deve ter ouvido falar de League of Legends, feito pela Riot. E dentro desse jogo gigantesco, existe um universo que se expande para vários outros mundos. Do KPOP aos card games, passando por várias categorias, LOL é uma presença constante no mundo, e aparentemente, vai demorar para passar, com seus prêmios milionários e equipes de eSports cada vez mais próximas do status de equipes esportivas tradicionais.
Dentro da Riot, havia a Riot Forge, que foi fechada repentinamente no recente anúncio do corte de mais de 500 demissões da Riot. A Riot Forge era responsável por criar jogos spin-off que acrescentassem ao mundo de League of Legends com histórias e contos diferentes. Já revisamos Ruined King aqui, mas além deles, tivemos várias “League of Legends Story” Hextech Mayhem, Convergence, Song of Nunu, the Mageseeker (quase todos com versão pro Switch) e, por fim, Bandle Tale, que foi anunciado em setembro de 2023, e lançado mês passado, sendo o trabalho final do estúdio.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Alerta de gatilho para pessoas sensíveis: este texto tem pronomes neutros, como o jogo todo tem. Se isso te incomoda, favor buscar terapia. Obrigade.
Em Bandle Tale, você assume o papel de ume tricoteire yordle (ou uma tricoteira, ou um tricoteiro, depende do gênero que você vai colocar, já que o jogo permite as três opções, além de uma variedade enorme de personalização) que passou 100 anos como aprendiz e agora usa o tricô mágico para fazer de tudo, inclusive uma tala para sua perna que te permite correr (sim, a personagem principal é PCD) e portais para te levar a outros lugares.
Num belo dia em Novelândia, no Mundo de Bandópolis, você foi convidade para uma Festa do Tricô, mas o portal da festa deu ruim, e a bagunça se espalhou por toda Bandópolis, e você tem que encontrar es outres yordles que se perderam, além de ajudar a resolver os problemas causados nos diferentes lugares por causa da confusão.
Nesse processo, você plantará, colherá, cozinhará, venderá comida no seu restaurante para ganhar estrelas (as moedas do jogo), dará e assistirá aulas, preparará festivais para geral e, durante todo o processo, ganhará experiência para ter novas habilidades e tricotar, cozinhar ou ensinar coisas novas.
A história não é muito complexa, já que basicamente consiste em você ir de um lugar a outro resolvendo problemas e falando com pessoas, mas essa é a magia deste jogo. Apesar de levar mais de 40 horas para ser concluído (entre 40 e 60, de acordo com a Riot Forge), ela nunca passa de ser de fato isso. Isso pode ser um fator negativo para as pessoas, porque parece que você passa muito tempo repetindo coisas sem ter um progresso efetivo, algo que já é conhecido por quem se acostumou a esse tipo de jogos, mas pode não agradar a todes.
Um ponto importante é que você não precisa conhecer as personagens de LOL para poder curtir este jogo. Sim, personagens como Tristana e Veigar estão no jogo, mas eu não sabia quem eram antes, e as informações dadas sobre elus no jogo são suficientes para você não precisar saber nada de Runeterra antes de embarcar para Bandópolis.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Aqui é onde o charme de Bandle Tale mora. O jogo pode ser classificado como uma mistura de Stardew Valley e Habbo (apesar de apenas offline), no qual você não tem pressão para fazer literalmente nada.
Você tem uma árvore de habilidades que, a cada coisa nova aprendida, você avança dentro das medalhas específicas de cada tipo. Para aprender novas coisas, você precisa ter coletado emoções durante o dia, e todas as vezes que suas bolhas de emoções estão cheias, é recomendado dormir, para elas se transformarem em orbes que vão ser usadas para aprender novas habilidades. Com novas habilidades, novas opções de coleta e manufatura serão desbloqueadas, e você continua esse processo.
Há habilidades de tricô, de culinária, de educação, e várias outras, você tem bastante coisa diferente para fazer, e a cada nova habilidade, é legal demais passear pelo cenário e descobrir o que de novo você pode coletar.
Na sua casa-mochila, você tem suas bancadas onde monta coisinhas, quartos extras que podem abrigar sua criação de árvores e insetos, além de tapetes do lado externo que servem como máquinas de vendas, terreno para os festivais ou seu restaurante.
Em cada tapete diferente, você tem tipos diferentes de equipamentos que pode colocar, e é muito satisfatório vê-los em ação, porque cada equipamento diferente tem uma animação própria bem legal quando em funcionamento.
A cada novo ambiente, o ciclo meio que se repete: você coleta coisas, ganha orbes pra desbloquear novas habilidades, com elas, você consegue resolver os problemas do povo daquele lugar, aí, depois de desbloquear receitas novas e alimentar todo o bando de yordles famintos daquela região, você faz um festival, e avança o jogo.
Diferente da maioria dos jogos de fazendinhas, este não tem uma fazendinha per se, e sim, lugares diferentes para colheita e criações, e você não pode escolher se especializar em algo e ignorar os outros aspectos da evolução, porque ela é linear. Então, apesar de ter vários elementos de RPG, eu não considero um RPG per se, porque você só pode escolher a ordem em que vai desbloquear as coisas, mas pra avançar cada estágio das medalhas de habilidades, precisa desbloquear sempre as mesmas. Além disso, não tem combate de nenhuma forma, exceto, talvez, de você com sua memória para lembrar onde fica a Casa do Vovô, enquanto você corre para todos os lados totalmente perdide.
O jogo não tem um relógio, então, apesar de haver mudanças na iluminação com o passar do tempo, você não recebe punição por demorar demais para fazer alguma atividade (exceto no restaurante, que aí, é um minigame de overcooked, no qual você tem que correr para preparar e servir as refeições antes que as pessoas desistam delas), nem pra dormir, exceto que se você tiver as orbes roxinhas cheias, nenhuma atividade nova te dará experiência, então, é sempre recomendado dormir toda vez que elas enchem, para ter sempre espaço para subir suas habilidades o mais rápido possível.
No geral, Bandle Tale tem aquele tipo de jogabilidade repetitiva e casual para quem gosta de fazendinhas e casual games no geral. Tudo é bem intuitivo de se aprender, e mesmo quem nunca jogou um jogo do gênero antes pode mergulhar facilmente, é tudo muito bem explicado.
[bs-heading title=”Parte Técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Bandle Tale é um jogo visualmente lindo e muito bem portado. A arte toda pixelada é confortável para a visão, as cores são bem vibrantes, e o conjunto transmite muito bem o clima de calma e tranquilidade que o jogo tenta passar.
A música também segue o tom de calma e tranquilidade, e é um ótimo jogo para relaxar, na maior parte do tempo.
Eu não experimentei nenhum momento de queda de frame rates, nenhum momento de lentidão, nem tive nenhum fechamento forçado ou alguma travada no jogo. Ele fluiu muito bem e demonstrou que a Riot Forge fez um trabalho muito melhor de portar aqui do que o feito anteriormente com Ruined King.
O jogo não tem dublagem, e ficar lendo texto atrás de texto de vez em quando cansa, mas ele é 100% em português, inclusive, você pode escolher se sua personagem vai ter gênero feminino, masculino ou neutro, e achei muito bacana que o jogo inteiro se adapta a isso. Termos como “tricoteire”, “amigue” e “alune” aparecem, e, embora a personagem principal seja basicamente a única que pode ter gênero neutro, é um grande avanço nesse sentido.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Bandle Tale: A League of Legends Story é um ótimo jogo para passar o tempo sem nenhum tipo de pressa, competição ou combate. É uma viagem longa e agradável, mas que talvez não dê tanta vontade de repetir. Então, aproveite as suas dezenas de horas, por menos da metade do preço de um jogo comum do Switch, e divirta-se.
Análise feita com cópía gentilmente cedida pela Riot Forge
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