Parece que foi ontem que joguei Red Steel 2 no Nintendo Wii e senti toda a precisão e diversão que o jogo oferecia, coisa que o primeiro jogo deixava muito a desejar. Mirar com o mote para atirar com a arma e girar o controle para golpear e se defender das balas com a espada não tinham paralelo.
Tentei por anos emular a experiência com Dishonored e os remakes de Shadow Warrior, mas nada me trouxe aquela mesma sensação que Red Steel 2 traz com toda sua originalidade. Não me entenda mal, ambos são ótimos jogos, mas Dishonored tem uma pegada mais Stealth (a lá Deus Ex) quanto que Shadow Warrior não é tão técnico e preciso no Hack n’ Slash.
Porém, tudo mudou quando joguei um game indie (que tem aquela sensação de Triple A) chamado Bright Memory Infinite.
[bs-heading title=”Um jogo muito bem portado para o Nintendo Switch” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Uma das preocupações que tive ao ver o jogo no Switch era saber se ele seria portado de uma forma trabalhada, retendo o conteúdo e ação sem os problemas técnicos que geralmente acompanham os portes third parties para o console.
O resultado é inacreditável. Os loadings são rápidos, o jogo roda com FPS cravado e continua lindo visualmente. Os cenários e os inimigos, que deveriam apresentar maiores reduções gráficas, conseguem manter uma fidelidade inacreditável. É na Shelia que conseguimos ver um pouco do downgrade gráfico, mas mesmo assim continua bonito e fiel.
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Lançamento: 26/Set/2024
E o melhor de tudo é poder contar com essa precisão gráfica quando jogado na televisão, e não só na tela do Switch. Se pegarmos jogos como Mortal Kombat XI (muito bem portado para o sistema também), podemos ver no cenário como a textura foi reduzida demasiadamente, o que não ocorre em Bright Memory; aqui, apesar da redução, as texturas continuam em grande parte detalhadas e nítidas. Apesar disso, não é livre de downgrades notáveis, como ocorrem com os efeitos e com alguns pontos de luz, como no caso dos lampiões, que por vezes ficam clipando.
O controle, apesar de não ser à base de movimentação como no caso de Red Steel 2, tem uma precisão fora do comum, sendo técnico, rápido e gradativamente desafiador. E mesmo podendo contar com controles fixos extremamente responsíveis na telinha do Switch, Bright Memory é o tipo de jogo que é preferível jogar na televisão devido a sua velocidade e técnica, já que como portátil a tela não fica fixa a todo momento, especialmente quando temos que apertar os botões de forma rápida para se manter vivos.
[bs-heading title=”O jogo criado por uma só pessoa” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
É inacreditável imaginar que uma só uma pessoa criou este jogo. O que começou com um gameplay de 15 minutos, se tornou um jogo com um pouco mais de 2 horas, oferecendo diversão em um novo nível.
Na pele de Shelia, que trabalha para uma organização e blá blá blá… como o gameplay foi desenvolvido primeiro que o conteúdo artístico, só depois, quando transformado em um jogo (um pouco) maior, teve uma roupagem de narrativa vestida, fazendo com que o jogo tenha pouco a oferecer em termos de história. O mais incrível é que, no caso de Bright Memory, o jogo é tão divertido que isso pouco importa (e olha que sou chato para essas coisas!).
Com uma ação frenética, música empolgante, jogabilidade extremamente precisa e fácil de controlar (e se acostumar), o único defeito é o game acabar muito rápido (zerei, revisando tudo, em menos de 3 horas). Falta conteúdo, é muito curto e os extras são fracos, mas Bright Memory faz extremamente bem o que um jogo de vídeo game deveria fazer: divertir. A falta de todo o resto não é o suficiente para estragar as poucas horas extremamente divertidas que o jogo oferece.
Gostaria muito de ver uma equipe por trás do jogo para dar uma narrativa mais encorpada à história, como ocorreu com Red Steel 2 no Wii, para poder ficar preso por mais horas antes que o jogo se torna-se repetitivo ou acabe-se rápido demais. Sendo o Gold Edition a versão do Switch, ele acompanha os poucos extras que mostram bem o conteúdo raso que o jogo oferece, que são skins básicas para as armas e roupas para Shelia com claro apelo ao público masculino que não acrescentam em nada ao jogo. As skins da espada são os únicos extras interessante, algumas alterando inclusive a arma, mas não mudam em nada a jogabilidade.
[bs-heading title=”Sessões duvidosas quebram a rotina da ação” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
O jogo possui uma sessão de Stealth que, apesar de quebrar a ação frenética do jogo, traz um certo charme. É estranho falar isso porque o jogo possui uma história fraca (quase uma desculpa para colocar uma protagonista leve aos olhos fatiando todo mundo) e um conteúdo ainda mais fraco, sem extras que aumentem a mitologia da narrativa, mesmo assim, o ambiente e a música acrescentam uma atmosfera muito envolvente ao jogo, e essa parte é especialmente visível na sessão de Stealth.
Mas é aí que o jogo também exibe ainda mais sua limitação. Muitas vezes fiquei com vontade de entrar nas casas e estabelecimentos ao longo do caminho devido a essa atmosfera, mas o jogo é praticamente só um caminho reto e linear. Até mesmo os espaços maiores, que dão um pouco mais de espaço às batalhas, são extremamente estreitas.
Uma outra escolha duvidosa com o gameplay é em relação a munição. Por alguma razão, é necessário pressionar o botão Y ou segurar o mesmo botão nas caixas para recarregar que, convenhamos, do nível normal para baixo, só irá faltar as munições especiais e somente durante as batalhas contra os chefes. Em um jogo frenético como Bright Memory, seria muito mais conveniente passar por cima da munição e já colhê-la sem ter que pressionar um botão.
[bs-heading title=”Falta conteúdo, mas não falta diversão” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
“Extremamente” é a palavra que define bem esse jogo: extremamente curto, extremamente raso de conteúdo mas, principalmente, extremamente divertido!
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