Desenvolvido pela Unfold Games, Darq chegou ao Nintendo Switch no dia 18 de março em uma edição que contém as duas DLCs lançadas até então. Trata-se de um side-scroller 2.5D focado quase exclusivamente em puzzles, onde acompanhamos a jornada de Lloyd, um menino que se vê preso em um sonho lúcido que acaba se tornando um pesadelo. Aprisionado em seu subconsciente, Lloyd deve enfrentar todos os seus medos para encontrar uma saída.
Em Darq, Lloyd pode andar ou correr em duas direções, se abaixar e interagir com alguns objetos no cenário. Estes comandos simples são suficientes para avançar e desvendar puzzles complexos que trabalham com perspectiva e quebram as leis da física o tempo todo, trazendo um misto de expectativa e incerteza constantes ao jogador. Apesar de serem o ponto alto do jogo, os quebra-cabeças não são os únicos desafios impostos durante a gameplay, em determinados trechos será exigido do jogador certa habilidade e às vezes ainda furtividade para avançar na história.
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Lançamento: Ago/2024
Um fato que me surpreendeu foi a criatividade dos desenvolvedores em não adicionarem uma trilha sonora a Darq, o que deixa uma sensação de melancolia e solidão pairando no ar. No game, a arte é a responsável por trazer um clima obscuro e sombrio se utilizando de tons acinzentados, que aliados aos efeitos sonoros extremamente bem feitos constroem uma atmosfera perfeita para a imersão.
Quanto à história, o game se desenrola sem dar muita importância para ela, o que é decepcionante. Darq possui ótimos cenários, uma ambientação densa e uma gameplay agradável, o que seria o palco perfeito para o desenvolvimento de uma boa história, porém a esta não foi dada a atenção adequada e isto deixa o jogador perdido quanto às circunstâncias do que está acontecendo.
Outra característica que pode ser vista negativamente é a duração do jogo, que gira em torno de 2 à 3 horas de história principal somadas às 2 horas de conteúdos adicionais presentes nas DLCs. E falando nelas, temos incluído na edição do Nintendo Switch as DLCs The Tower e The Crypt que fazem jus à campanha principal de Darq e entregam puzzles, ambientações e gameplay de altíssima qualidade não ficando para trás em momento nenhum quando comparadas à main quest.
Darq é categórico em criar uma ambientação sombria e densa, traz puzzles inteligentes e instigantes, além de uma direção de arte impecável. Fica claro o carinho colocado pela Unfold Games na obra e isso já basta para incluí-la entre os destaques do gênero. A falta de uma história mais trabalhada e a pouca duração do game deixam um pouco a desejar, mas passam longe de estragar a experiência, que é muito satisfatória.
A chave para análise do jogo foi gentilmente cedida pela Unfold Games.
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