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Análise – Kirby Return to Dreamland

Um clássico do Nintendo Wii retorna em edição Deluxe

Kirby Return to Dreamland é um jogo de plataforma desenvolvido pela HAL Laboratory e publicado pela Nintendo para o console Wii. O jogo foi lançado originalmente em 2011 e é o décimo sexto jogo da bolinha rosa. Ele retorna 2023 em seu terceiro lançamento (ele também saiu para Wii U) remasterizado, aprimorado e com novidades.

Em Kirby Return to Dreamland controlamos Kirby e podemos usar suas habilidades de copiar para derrotar inimigos e resolver quebra-cabeças. O jogo permite até quatro jogadores em cooperação local, o que adiciona um elemento de diversão para jogar com amigos e familiares. Essa é uma clássica premissa dos firsts da Nintendo, já que o Wii sempre tentou incluir mais pessoas em muitos jogos que antes eram quase sempre um jogador, por isso, é claro que ele não poderia ficar de fora do Nintendo Switch e ainda trazer algo novo.

Uma aventura no espaço com seus amigo (e inimigos)

Em Kirby Return to Dreamland existem mais de 20 habilidades diferentes para escolher, e cada uma delas oferece uma jogabilidade única, tornando o jogo interessante e variado. Mas além das habilidades, temos novidades (em seu lançamento original): o cooperativo local de até 4 jogadores, o que faz o jogo se balancear de acordo com número de jogadores ( e que podem entrar e sair quando quiserem). Podemos escolher entre a bolinha rosa, King Dedede, Waddle De de bandana e Meta Knight, e cada um tem uma jogabilidade diferente.
É claro que se todos quiserem ser o Kirby; isso é possível; todos poderão ter suas próprias habilidades, o que com certeza deve gerar bastante caos na tela.

 

Algo interessante sobre as habilidades é como Return to Dreamland gosta de te guiar e te fazer experimentar todas as habilidades. Podemos terminar tudo usando uma só? Sim! Mas se você quer achar todos os segredos, fazer caminhos mais desafiadores e gostar de resolver quebra-cabeças, vai precisar trocar de habilidade de vez em quando (isso fora do cooperativo). Também vale lembrar do quanto a sua criatividade pode ajudar nessas horas; o martelo, por exemplo, pode martelar pilares e pedras, e o fogo pode acender pavios. Mesmo com habilidades antigas, cada jogo do Kirby tem novidades que refrescam sempre a jogabilidade, algumas são bem simples e diretas ao ponto, já outras tentam se diferenciar usando comandos mais complexos. Como exemplo temos o Lutador, que tem diversos movimentos de jogos de luta (como hadouken), e a Faísca, que se fortalece produzindo eletricidade estática apertando os direcionais várias vezes.

A história de Kirby Return to Dreamland é relativamente simples, mas bem comum para a franquia. A história começa com Kirby e seus amigos, Meta Knight, King Dedede e Waddle Dee de bandana, encontrando um estranho navio espacial caído em Dreamland (e estragando o bolo deles no processo). Eles descobrem que o navio pertence a um alienígena chamado Magolor, que pede a ajuda de Kirby e seus amigos para recuperar as peças do navio que foram espalhadas por Dreamland.

As partes se dividem em esferas de energia e partes do navio; as partes do navio são guardadas por chefes, enquanto as esferas ficam escondidas entres as outras fases. Por isso, é importante achar caminhos diferentes e até passar por alguns desafios maiores, como cenários com auto-scroll. A batalha final só se revela para aqueles que buscam o desafio e um tempo de jogo maior. Levei em torno de 30 horas para terminar o jogo normal e o modo extra (difícil), mas ainda tem coisas a completar, como os desafios do jogo principal e do parque dos minijogos.

Falando em minijogos, para quem gosta de competições, o Parque Magolândia é ótimo para isso, pois traz mais de 10 minijogos e até um modo maratona com vários deles em sequência numa espécie de torneio. E como está tudo traduzido em português brasileiro, é bem fácil de entender os objetivos de cada um.

Parte técnica

Kirby Return to Dreamland brilha em seu remaster com cores novas e gráficos dentro do seu estilo cartunesco. Os movimentos são bem naturais, os controles fluem bem e o tempo de carregamento é quase imperceptível, fazendo com que as sessões de jogatina passem muito rápido. As cinemáticas passam com um “filtro” de pergaminho, dando a impressão de que o jogo conta uma lenda ao jogador, tornando a história mais interessante de assistir.

A trilha sonora não fica para trás, e além das músicas remasterizadas, temos novas trilhas no epílogo do Magolor e no Parque Magolândia. Toda a trilha tem excelentes instrumentais, e os cortes de música são perfeitos quando são necessários. Uma pena que as músicas de chefes são bem padrão e não têm tanta variedade.

Para finalizar, Kirby Return to Dreamland é um port muito bom e competente, além de estar traduzido em português brasileiro. É o segundo jogo do Kirby com suporte ao idioma. Espero que os próximos títulos continuem com esse padrão e qualidade.

Veredito
Kirby Return to Dreamland é um port muito competente de um grande título do Nintendo Wii que marca a transição do estilo de 2D para o 2.5D da bolinha rosa. Um ótimo jogo, cheio de conteúdo para os fãs da franquia e excelente porta de entrada para quem está conhecendo a bolinha rosa agora.
Prós
Gráficos remasterizados e coloridos;
Jogabilidade fluida e precisa;
Muitos segredos e quebra-cabeças;
Modo cooperativo equilibrado
3 modos de campanha diferente;
2 modos de Boss Rush;
Tradução em português brasileiro;
Muito conteúdo para multiplayer local.
Contras
Multiplayer sem online.
10
Diversão Definitiva Deluxe
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