A Square Enix traz um Visual Novel de investigação com elementos únicos em seu gameplay e reviravoltas sobrenaturais de tirar o fôlego.
[bs-heading title=”Personagens cativantes em um Visual Novel bem feito” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Na pele de 5 protagonistas, o jogador visitará a região de Honjo, no Japão, em busca de 9 maldições que garantem ao portador ressuscitar uma pessoa, mas há um porém: para o ritual de ressuscitação funcionar, a maldição deverá ser preenchida com SoulDrags, e a única forma de coletá-las é matando pessoas com essa maldição.
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Lançamento: 7/Nov/2024
No entanto, essa é só a ponta do Iceberg. O jogo é uma constante de reviravoltas inteligentes e sinistras, com diversos personagens entrelaçados no passado, além de contar com um assassino a solta.
Esse é um dos poucos Visual Novels que conseguiram me prender a todo momento, especialmente porque não existe diálogo jogado fora. Enquanto que muitos jogos do gênero inserem romances ou outras características para tentar fazer o jogador se apegar aos personagens, Paranormasight sabe que tem um enredo principal muito forte, focando totalmente nessa questão enquanto que os dramas pessoais fazem parte intrínseca desta trama. Em outras palavras, o jogo não perde tempo e nunca parece maçante.
Além disso, Paranormasight traz alguns elementos diferentes no Visual Novel, como a habilidade de usar maldições em determinados momentos do jogo, assim abrindo diálogos diferentes.
[bs-heading title=”Um gameplay que parece diferente, mas nem tanto” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
Uma das grandes questões de Paranormasight é que ele apresenta esses elementos novos de gameplay como um diferencial realmente interessante, porém, assim como aqueles Metroidvanias que parecem dar a sensação de livre exploração, mas no final são completamente lineares, o mesmo ocorre com esse game da Square Enix.
Em alguns momentos do jogo, por exemplo, a maldição se ativa sozinha, ou então, ativar ou não ativá-la resultará no mesmo caminho, realmente decepcionado quanto a este aspecto.
Se você já jogou Trace Memory/Another Code R no Nintendo DS/Wii ou Hotel Dusk/The Last Windows no Nintendo DS, vai achar as mecânicas de Paranormasight incríveis que, apesar de estar louco para contar nesse artigo a criatividade da produtora usando algumas opções do próprio jogo para resolver alguns quebra-cabeças, irei parar por aqui para não estragar a diversão da descoberta para novos jogadores.
Paranormasight é dividido por capítulos, através de um flowchart, com cada sessão sendo curta o suficiente para não deixar nenhuma parte cansativa. O jogador pode voltar nesses capítulos a qualquer momento, podendo coletar colecionáveis (estilo uma missão secundária) e reviver os acontecimentos daquele capítulo.
Como você controla diversos personagens, geralmente entre um e três capítulos novos ficam disponíveis para o jogador selecionar no flowchart conforme avança, mas isso é outra falha do jogo, já que em muitas sessões o jogador terá que suspender a investigação porque é necessário terminar primeiramente outro capítulo para concluir a sessão escolhida, dando uma falsa sensação de escolha. Ao menos isso abre portas para um puzzle inteligente, da qual evitarei de falar aqui para não passar mais um spoiler.
[bs-heading title=”Arte de tirar o fôlego” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
A arte e as direção de cenas são a verdadeira cereja desse jogo. Visual Novels podem ser cansativos por mais que tenham um visual bonito (em partes porque geralmente há poucos estáticos com movimentos diferentes) porém isso não ocorre em Paranormasight.
Aqui, o jogo muda a todo momento a forma como os personagens são apresentados. As câmeras são jogadas na diagonal, dão closeups em momentos intensos, com animações parcialmente animadas dos personagens e efeitos que lançam ainda mais o jogador para dentro da cena. É impossível explicar isso sem o jogador de Visual Novel experimentar como acontecem as cenas em Paranormasight. Realmente muda a experiência do jogo e ajuda muito a deixar o game menos cansativo devido a leitura constante.
E tudo isso vem acompanhado de, provavelmente, uma das melhores artes já vistas em um Visual Novel. A arte e as expressões são tão incríveis que conseguem descrever ainda mais rápido os personagens. O mesmo vale para o cenário que até agora não sei dizer se são fotos com efeitos ou arte original (ou, mais provavelmente, fotos com arte em cima delas), e que, por mais incrível que pareça, conseguem se misturar de forma muito orgânica com o desenho dos personagens.
A falta de voz (mesmo tendo opção para volume de voz—por outras razões) é o único ponto negativo que tenho com esse Visual Novel, mas me pergunto se daria o mesmo efeito atmosférico se houvesse. Ao menos a música é acima da média, especialmente nos momentos sentimentais (a melodia do violão é a nível das músicas do primeiro Tenchu, de Playstation 1) e a trilha de mistério é realmente sinistra.
[bs-heading title=”Veredito” show_title=”1″ icon=”” title_link=”” heading_color=”#00a7eb” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h2″ bs-text-color-scheme=”” custom-css-class=”” custom-id=””][/bs-heading]
O jogo possui pontos positivos que se sobressaem em relação aos negativos, mas ainda estamos falando de um gênero nichado e de um título que não consegue aproveitar todas as mecânicas inovadoras que criou de forma eficiente. Mesmo assim, a história é muito cativante e com personagens muito carismáticos, com um passo rápido que diminui a sensação maçante da leitura na tela e ainda acompanha uma ótima trilha sonora e direção de cenas que só experimentando o jogo para entender a maestria.
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