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Análise: Pato Box

O que dizer de Pato Box? Poderia começar pelo óbvio e dissertar sobre suas semelhanças óbvias com Punch-Out!!, de como essa referência é utilizada à exaustão na fórmula do game, com lutas onde é necessário a memorização dos padrões de combate do inimigo para se dar bem e progredir, poderia dizer da curva de aprendizagem sutil que é exigida nesse estilo de game em detalhes, mas como eu disse, esse é o óbvio sobre Pato Box. O que torna Pato Box um ótimo game está além dessas obviedades, está no que torna o game único, uma peça original no gênero.

As diferenças começam pelo plot, a história de Pato Box não é sobre um boxeador amador que almeja chegar ao topo, mas de um boxeador que traído por uma grande corporação vai do estrelato para a lama e cabe ao nosso protagonista entender os porquês dessa traição. Esse plot possibilita ao game uma ponta de exploração, inexistente na sua referência máxima. Você explorará os andares de Deathflock em busca da história do pato boxeador.

Após a exploração do andar o jogo te agracia com um chefe, agora sim, aos moldes de Punch-Out!!, e ainda assim, as diferenças aqui são absolutamente importantes, não há barra de vida, seja para o nosso patão, seja para o inimigo. Não há queda e contagem com possibilidade de recuperação, como na franquia de Little Mac, caiu é game over e tenta novamente. Você percebe as suas condições visualmente. Conforme você recebe dano seu personagem demonstrará isso, com arranhões e outras marcas pelo corpo, ao passo que você está próximo da morte, assim como nos shooters modernos que ficam com as bordas da tela avermelhada, aqui a borda da tela fica preta, e aí é hora de ser cauteloso.

O game tem uma jogabilidade muito precisa, com socos baixos e altos, movimentação para a direita e esquerda para desviar, bloqueio, tudo está lá e funciona muito bem, ainda que seja interessante, recomendo o uso de controles regulares ao invés dos de movimento que por vezes são imprecisos. Os gráficos também são outro ponto alto, independente de onde se joga, seja no dock ou não, tudo roda liso e é muito bonito. O estilo artístico lembra bastante MadWorld (Wii). As músicas também são bastante interessantes e combinam bem com o visual e clima propostos pelo jogo. Os personagens também são muito interessantes.

Está certo que Pato Box não é para todos e sua dificuldade, por vezes, pode ser frustrante. O fato de se ter de recomeçar as lutas desde o seu início ao perde-las (e será muito fácil pois você não é tão resistente assim) será comum e com o tempo pode irritar.

O jogo foi gentilmente concedido pela Bromio para esta análise.
(The game was kindly granted by Bromio for this review.)
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