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Análise: The Bunker

The Bunker chegou ao Nintendo Switch no dia 09 de abril e traz para o console da Nintendo uma experiência totalmente em Full Motion Vídeo (FMV), tendo sido inteiramente filmado nas instalações da Kelvedon Hatch Secret Nuclear Bunker, localizadas na Inglaterra. O jogo foi desenvolvido pela Splendy Games e publicado pela Wales Interactive, sendo originalmente lançado em setembro de 2016 para Xbox One, Playstation 4, Windows e OS X.

É difícil falar sobre o jogo sem entregar pontos importantes de sua narrativa, por isso vou me restringir a dizer que o principal personagem, John, nasceu e cresceu em um bunker em um período assolado por uma guerra nuclear. Sem ter certeza se é seguro sair daquele lugar, John é o único sobrevivente no interior do bunker, mantendo o corpo de sua mãe como sua única companhia. O jogo é um filme interativo em que devemos conduzir o personagem ao longo de sua jornada dentro do bunker, acessando diferentes áreas e recuperando antigas memórias que vão nos ajudando a entender todo aquele horror.

A ambientação e a atuação dos atores que dão vida aos personagens são os pontos altos dessa produção, o game conta com a participação de atores conhecidos: o personagem principal é interpretado por Adam Brown, ator inglês que interpretou no cinema o anão Ori da trilogia O Hobbit dirigida por Peter Jackson, a atriz Irlandesa Sarah Greene interpreta a mãe de John, ela já havia participado anteriormente de produções como Assassin’s Creed IV: Black Flag e The Witcher 3: Wild Hunt. Grahame Fox, de Game of Trones, e Jerome Blake, que tem no currículo participações em Star Wars Episódio I e O Quinto Elemento, também fazem parte do elenco do jogo.

O jogo não está disponível em português e há muito o que ler nos relatórios e anotações que serão encontrados ao longo do caminho, além claro, dos muitos diálogos presentes. Portanto, é necessário dominar o inglês – ou algum dos outros idiomas oferecidos, Francês, Espanhol, Italiano, dentre outros – para poder aproveitar toda a experiência.

O gameplay segue o estilo aponte e clique, no entanto quando jogado em modo portátil o uso da tela tátil do Switch torna a jogabilidade mais fluida, e nesse caso especialmente os pequenos eventos Quick Time presentes ao longo do jogo tornam-se mais fáceis.

The Bunker consegue transmitir com muita competência a sensação de isolamento, solidão e a agonia vivida por seu protagonista. Logo no seu início o jogo consegue marcar muito bem a rotina diária de John, que deve tomar suas vitaminas, se alimentar, checar o índice de radiação no interior das instalações do bunker e verificar se há algum contato feito por rádio. Entretanto, o game falha ao trazer uma história extremamente linear, que pode ser concluída em aproximadamente três horas, não restando quase nada a ser feito após a sua conclusão. Há de se ponderar que os problemas presentes em The Bunker são muito em função das limitações impostas pela escolha da produtora em ter um título totalmente em FMV.

A história contada realmente prende a atenção e estimula nossa curiosidade a cerca do que aconteceu naquele lugar, ela consegue oferecer ainda uma interessante reviravolta na sua parte final. Há apenas dois finais distintos e eles podem ser facilmente assistidos, bastando para isso retornar para o último save e fazer uma escolha diferente daquela feita anteriormente.

Jogo analisado com código gentilmente fornecido pela Wales Interactive.

The Bunker está disponível na Nintendo eShop por $12,49 dólares

 

70%

Gosta desse estilo de jogo em FMV? Curte uma história forte, com uma interessante reviravolta no final e com ótima ambientação? Então The Bunker é pra você! Mas saiba que a experiência será curta, bastante linear e irá oferecer pouco desafio. Para aproveitar o jogo é necessário dominar o inglês ou algum dos outros idiomas oferecidos, infelizmente português não está dentre as opções.

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