Imagine um mundo onde o Mestre Splinter desapareceu da vista das Tartarugas. Não só isso, mas também pense em um jogo que mistura Hades e TMNT, só que com o universo das Tartarugas. Esse é TMNT: Splintered Fate, um game que foi lançado originalmente para o serviço Apple Arcade, e permaneceu como um produto exclusivo lá por mais de meio ano.
Interrupção constante é o jeito ninja
Embarcando no gênero Roguelike (aqui, Roguelite por ter certas “facilidades e não deletar seu progresso), a franquia TMNT agora tenta a sorte nesse reinado, depois da última e terrível “experiência” tida pelas mãos da duvidosa Game Mill com seu título medíocre de beat ‘em up 3D que saiu há algumas semanas. Desta vez, podemos formar equipe com até três jogadores para compor um time com as quatro tartarugas que estão atrás de respostas para o desaparecimento de Splinter – sendo levemente sugerido que o Destruidor é o responsável por tudo isso.
A jogabilidade é muito simplista e consiste basicamente em apertar botões. Há o botão de ataque leve, o de ataque especial e outro para usar ferramentas equipadas – que são tratadas aqui como poderes das tartarugas (upgrades in-game). Você visita cenários com hordas de inimigos para derrotar, e há um modo cooperativo onde até 4 jogadores entram em ação juntos. Cada tartaruga tem seus próprios atributos e vantagens nativas que variam, como Leonardo, que pode usar poderes especiais duas vezes mais do que seus irmãos.
Recomendação de Compra
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom
Lançamento: 26/Set/2024
A maior irritação, no geral, é que o jogo interrompe você de em todas as salas ao abrir a janela de upgrade para escolher uma melhoria. Jogando com minha esposa foi ainda mais irritante, já que ambos tínhamos que escolher a melhoria em todas as salas. Se já era uma dor de cabeça jogar em dois, imagine como as interrupções e agressivas podem ser terríveis com 4 jogadores. No momento em que a janela abre, ninguém pode fazer mais nada além de esperar.
Repetição, repetição, repetição
Em termos de repetição, o ciclo de jogabilidade torna-se muitíssimo tedioso depois que você percebe que os cenários serão sempre os mesmos, independentemente de quantas vezes você volte a eles. Na verdade, este é um dos títulos Roguelite mais repetitivos que já experimentei. Existem apenas quatro mundos para atravessar, tendo uma pausa de cerca de cinco minutos para parar no mercador entre um mundo e outro, para finalmente derrotar o chefe.
Se você morrer, pode retornar ainda mais forte na próxima vez por causa das melhorias permanentes que compra no esconderijo das tartarugas – com dois tipos de moeda diferentes de XP, aliás. Há também itens equipáveis chamados artefatos que podem fornecer vantagens, melhorando seus atributos. Esses artefatos podem ser coletados ao retornar mais uma vez aos mundos já visitados, especialmente quando você conversa com NPCs icônicos. Falando em NPCs, há algumas figuras queridas aqui que todos adorariam jogar (alô, Cassey Jones). No entanto, não há personagens desbloqueáveis.
Online e acessibilidade
Quanto ao lado online das coisas, é difícil encontrar alguém para jogar, especialmente porque você deve conhecer outra pessoa que comprou o game, já que não se pode jogar com estranhos – é necessário compartilhar um código de sala com as pessoas. Além disso, aqui não existe funcionalidade de crossplay para se juntar aos usuários de iOS, o que limita a base de usuários. Quanto às opções, o jogo roda a 60 fps (com muitas quedas de performance), mas oferece um modo Cinematic que ajusta os visuais, afetando o desempenho, o reduzindo para 30 fps.
Em termos de acessibilidade, Splintered Fate oferece apenas um modo fácil, mas com quase nenhuma diferença além de números menores de dano que os inimigos causam a você. Deveria haver uma maneira de continuar de onde você parou quando morre. A maioria dos Roguelites realmente bons hoje em dia (indico Curse of the Dead Gods e Going Under) tem sido consciente dessa necessidade em seu sistema cerne, e não ter isso disponível em TMNT é uma grande desvantagem, tornando-o menos acessível ao público em geral. É maçante também ter que voltar tudo toda vez. Por que não posso escolher?
Uma decepção bastante bonita
TMNT: Splintered Fate é decente, no máximo, não fazendo nada que o destaque da multidão de jogos Roguelike já excelentes no gênero. Dada a natureza mobile do título que foi portado para o Switch, eu não podia esperar nada além de um escopo típico de produto pensado para celulares, mas estava esperançoso em ser surpreendido. Afinal, já joguei coisas muito bacanas que tiveram origem no iOS/Android como Horizon Chase 2 e Oceanhorn 2. No final, Splintered Fate é uma das experiências Roguelike/Roguelite mais repetitivas que já tive a chance de experimentar, mas pelo menos o tema TMNT ajuda a suavizar esse sentimento um pouco. No entanto, não faz milagres.
Discussion about this post