Especificamente JRPG de turnos favorito, ok? De maneira geral, Final Fantasy XII Zodiac Age é meu Action RPG preferido, mas isso é conversa pra outro dia.
Como minha análise de Chrono Cross foi publicada, achei que seria bacana escrever aqui os vários motivos pelos quais esse ainda é um JRPG tão especial para mim, algo que não caberia em uma review. Abaixo, separei tudo em tópicos para que todos leiam de forma mais facilitada:
Foi meu primeiro RPG ”real oficial”
Chrono Cross foi o primeiro RPG com o qual tive contato na vida – ou pelo menos tive o conhecimento de ser algo pertencente ao gênero. Lembro como se fosse ontem do CD em cima da estante de casa, e eu perguntando para minha mãe que jogo era aquele. Ela ligou nosso PlayStation, jogou alguns minutos e me explicou como funcionava tudo.
Recomendação de Compra
Sonic x Shadow Generations
Lançamento: 25/Out/2024
Também lembro nitidamente dela me dizendo “mas esse jogo é muito chato, porque você seleciona um ataque e precisa ficar esperando até o bonequinho ir em direção ao inimigo e, aí sim, bater nele. Chato demais e muito parado. Não gostei dele.”. Mal sabia ela que aquilo seria o início da minha paixão por jogos assim. Por minha causa, ela não devolveu/trocou o CD. Infelizmente, não tenho foto daquela época e nem mesmo imagens do meu PlayStation ou do CD de Chrono Cross.
Personagens a rodo
Apesar de isso parecer um exagero, Chrono Cross conta com mais de 40 personagens jogáveis, os quais recrutamos ao longo de nossa jornada por Another e Home World. Confesso que muitas vezes o motivo é completamente bobo, como a mãe de Korcha que diz para Serge “Estou preocupada com você. Posso lhe acompanhar em sua jornada?”, mostrando o quanto os roteiristas estavam praticamente sem ideias de como encaixar contextualmente certos pedidos na história de modo que fosse significativo. Mesmo assim, quem não gosta de gente nova entrando em sua equipe o tempo todo? Nunca critiquei. Pra mim, passa a impressão de algo sempre se renovando, e é divertido simplesmente ver as animações das habilidades de cada um dos selecionáveis, além de que todos eles possuem armas únicas.
Apego a personagens de maneira pessoal
Numa tentativa de não dar spoilers, vou explicar de maneira superficial para quem sabe do que estou falando: existe uma cena bastante icônica em Chrono Cross que sempre mexeu comigo desde criança, na qual surge através de uma visão, até que finalmente se concretiza em Fort Draconia. Esse momento fala de maneira profunda comigo desde então, pelo simples fato de que os personagens de Chrono Cross são cativantes e estão com Serge durante boa parte da aventura (principalmente Kid), o que causa reviravoltas bastante emocionantes.
É como se fosse algo sendo construído aos poucos para, finalmente, derrubar o jogador. Dá vontade de tentar evitar a todo custo, e nessa versão remasterizada é possível ver de maneira facilitada (ativando a feature que faz com que ataques inimigos sejam errados em 100% do tempo) o que aconece caso você suceda em parar a situação.
Elementos e porcentagem
Ao contrário de muitos JRPGs da época, Chrono Cross implementou um sistema de três níveis de ataque, classificados em mais fraco, médio e forte. À medida que selecionamos algum deles, todos sobem em sua porcentagem, o que dá mais chances de acertar o inimigo. Isso cria uma estratégia que joga as decisões nas mãos do jogador de maneira bem divertida, deixando com ele a missão de “o que vale mais a pena: atacar de maneira fraca com mais segurança ou arriscar tudo e causar muito mais dano?”. Pra mim, isso era o começo de batalhas interativas, algo que prefiro até hoje quando estamos falando de turnos.
Não posso me esquecer também dos Elements que, além das incríveis animações 3D que eram absurdamente lindas pra época, têm papel fundamental nas batalhas. É muito bacana saber o ponto fraco do inimigo e utilizar os elementos opostos contra ele, ou então tentar manter a cor do campo de batalha em uma vantagem específica, o que acaba me lembrando vagamente de Yu-Gi-Oh!.
Viagem entre dimensões paralelas
Se tem algo que sempre me cativou, foi viagens no tempo ou entre dimensões paralelas. É muito assustador imaginar você, no papel de Serge, voltar para casa e perceber que simplesmente não existe, ou que partiu dessa para melhor há muitos anos. Conversar com os NPCs em Arni Village e notar que, através de seus diálogos, o protagonista simplesmente não significa nada para ninguém é algo bastante dramático, principalmente quando vamos atrás de Leena (melhor amiga e interesse romântico de Serge) e ela não acredita no que o rapaz está falando.
Tudo fica mais divertido ainda quando passamos a conseguir viajar entre as duas dimensões, o que causa uma vontade imensa de sair testando todas as possibilidades, ver quem podemos recrutar e quais as diferenças de uma realidade para outra. Nesse caso, felizmente temos a internet para ler sobre isso, em vez de ter que fazer isso manualmente como eu quando criança.
Trilha sonora incrível
Quem nunca colocou pra ouvir em looping a Scars of Time? Já perdi a conta de quantas vezes ouvi a trilha sonora de Chrono Cross repetidamente. Fui até mesmo atrás de versões acústicas, covers e apresentações ao vivo. Colocarei abaixo minhas trilhas favoritas compostas pelo sensacional Yasunori Mitsuda:
E você aí? Jogou Chrono Cross originalmente no PlayStation nos anos 90 ou acabou conhecendo o game apenas esse ano? Deixe nos comentários abaixo suas impressões sobre o jogo, ou compartilha com a gente caso tenha alguma lembrança bacana com esse grande título da Squaresoft (agora, Square Enix).
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