E ai meus queridos amigos Nintendistas, hoje vamos falar sobre um assunto que já esta mais do que na hora de ser tratado. Splatoon 3.
Temos uma dura verdade pela frente que devemos discutir e quem sabe até mesmo ter que admitir: Splatoon 3 precisa convencer ao menos como sequencia.
Muita gente já se situou nessa questão, mas se você ainda é uma das pessoas que esta por fora, vamos te explicar. Senta ai e vem conosco.
Primeiro ponto: Contexto e “Splatoon 1 e 2”.
Rapidamente falando sobre o primeiro Splatoon: Splatoon foi uma franquia criada no Nintendo WiiU, com o desenvolvimento iniciado numa fase que não era boa, mas, queira ou não deu bons frutos. O WiiU estava vendendo mal, e a Nintendo ainda estava buscando soluções pra tentar contornar esse problema. Quando o WiiU saiu, a Nintendo pensou nele como um “Wii 2”, principalmente na questão do perfil dos jogos e do público alvo. Só que isso foi um grande fracasso, e nós vimos jogos como Wii Sports que vendido junto ao Wii, alcançou 90 MILHÕES de cópias. Já na sequência pra WiiU não alcançou nem a marca de 1 milhão de cópias. Foi um problema nunca antes visto, considerando o numero de seu antecessor.
Como os jogos de Wii não estavam atingindo o seleto publico do WiiU, o foco começou a mudar e a Nintendo decidiu investir em uma nova IP que representasse esse novo publico ainda em formação. Dai surgiu Splatoon.
Foi um ótimo acerto e o publico amou a nova franquia. O jogo a principio se tornou um enorme sucesso no Japão e criando um vinculo enorme com os fãs. Em 2015, aproveitando que o Switch estava sendo desenvolvido, a Nintendo começou a desenvolver o Splatoon 2 que precisava ser lançado aproveitando o primeiro ano de lançamento do Switch. E 2017 foi simplesmente insano com tantos lançamentos de peso. O que acarretou um dos lançamentos de maior sucesso da história dos vídeo games para um console. Splatoon 2 definitivamente ajudou nesse sucesso.
Pensando de forma mais calculista agora, Splatoon foi lançado em 2015 e logo em seguida seu sucessor Splatoon 2 em 2017. Foram dois anos de desenvolvimento e produção de uma das sequencias mais rápidas já feitas pela Nintendo. O único caso parecido foi do Smash Bros 64 para o Smash Bros Melee. Enfim, Splatoon 2 não foi uma sequencia tão inovadora assim devido seu tempo de desenvolvimento, mas não quer dizer que o jogo esta ruim, longe disso. Mas a Nintendo precisava de um Multiplayer Online para tankar o primeiro ano do Switch.
“Mas porque não foi Smash Bros Tueio du Japaum?’
Simples meu jovem Nintendista. Foi revelado em 2018 junto do lançamento do Smash Bros Ultimate que o projeto era ambicioso demais e precisava de todo tempo possível para ser lançado. E convenhamos, Sakurai é brabo demais e entregou um tesouro em forma de jogo.
Devido a pouca inovação e pouco salto gráfico, Splatoon 2 ganhou o apelido de ‘1,5’, já que não tinha nada além de um modo campanha que não era o foco principal do game.
Segundo ponto: Anúncio de Splatoon 3.
Mesmo não sendo a sequência que muitos queriam, Splatoon 2 era um daqueles jogos que se entendia como “só tem 1 por console”, tal como Smash e Mario Kart. Sem contar que era uma época onde atualizações e DLCs já podiam tranquilamente serem implementadas.
Dai, rumores sobre um possível Spin-of de Splatoon surgiram, o que fazia sentido já que os personagens já eram consolidados e tinham um grande publico. (De fato os Inklings são incríveis, gosto muito e quero um Spin-off já.)
Eis que a Nintendo Direct em 2021, la no seu trailer final anuncia Splatoon 3. Com um trailer meio misterioso com uma Rapariga Inkling (essa é só para quem curte Mario Kart), e que não mostrava nada além do que todos já conhecem sobre a franquia. Agora com 5 anos de diferença entre o anuncio de uma sequencia, enfim a Inovação! Pelo menos é o que esperamos, certo?
Com as informações disponíveis o jogo parecia que seria ambientado em um futuro meio Mad Max, parecido com o tema da ultima Splatfest ‘Caos x Ordem’. O time Caos venceu nesse evento e que a temática do próximo jogo seria uma resposta a esse resultado. A Splatfest foi em 2019 e o jogo sai em 2022. Três anos de desenvolvimento, ou seja, novamente um curto tempo?
Um novo trailer nos mostrou um gráfico com poucas melhorias e uma atualização do já existente modo Salmon Run. Poucas novidades e um grande mistério no ar de novo. Logo em seguida em um curto período de tempo um novo trailer foi mostrado com uma partida e finalmente uma data, 9 de Setembro de 2022.
É, não convenceu de novo.
Terceiro ponto: O que é uma sequência?
No ponto de vista da indústria onde temos DLCs, expansões, e principalmente as expansões chamadas de standalone como “The Golden Torna” de “Xenoblade 2”, e “Miles Morales” do “Spider-Man” de PS4, onde você não precisa do jogo base para jogar é difícil dizer qual a função de uma sequência? Esse tópico tem sido bastante discutido acerca de Overwatch 2, e até mesmo com a sequência do Breath of the Wild e do God of War por exemplo.
E essa discussão importa? Faz diferença chamar de sequência, expansion pass ou standalone? Sim, porquê um jogo novo custa o mesmo preço e uma DLC, mesmo Standalone não. Além disso, espera-se mais ambição de uma sequência do que de uma DLC Standalone. Algo que não caberia no jogo anterior como um novo conceito.
E será que Splatoon 3 terá um novo conceito?
Duas certeza que teremos é que com certeza Splatoon 3 será super divertido e também haverão muitas fases novas, armas, especiais e estilos de play para se jogar. Além de uma área central nova por onde passear, mas a pergunta que fica é: Esses conteúdos não poderiam ter vindo por DLC?
Até o momento, Splatoon 3 parece um “Splatoon 2, mas com novidades demais”. Parece que esse é o motivo da Nintendo chamar de “3”. E novamente, num ponto com tanta discussão sobre a função de uma sequência, a Nintendo está errada?
Eu não creio que haja uma resposta certa e errada, não existe um “conselho mundial dos gamers” que definiu os conceitos oficiais do que uma sequência deve ter, sabemos que muitos jogadores não estão engolindo essa definição. E olhando pelo lado financeiro de desembolsar 60 dólares e se decepcionar com um jogo sem ambição é completamente aceitável.
Último ponto : Possibilidades e preocupações.
Uma coisa que precisa estar clara aqui: Não estamos dizendo que esse sentimento vai se manter. Sabemos que ainda existe a possibilidade da Nintendo em uma ultima Direct exibir um compilado gigante sobre novidades de Splatoon 3 e fazer com que toda a preocupação de seus fãs, que investem seu precioso dinheirinho suado de cada dia, sumir e fazer valer a pena. E “ficamos na torcida para que recebamos algo completo e inovador, e não apenas um ‘Splatoon 2,5”.
Vamos a algumas possibilidades:
1- O modo singleplayer desse jogo vai ter um escopo absurdamente maior, e é ele quem vai segurar esse 3 no título. Somado também ás atualizações para o multiplayer, claro.
2- O sucessor do Switch ainda está MUITO longe de ser lançado e já fazem 5 anos desde o 2, então a franquia ficaria muito tempo na geladeira para uma série tão rentável e com um competitivo ativo.
3- A franquia Splatoon vai ser isso mesmo: lança, recebe atualização por 2 anos com novos conteúdo gratuitamente, e após mais um tempo lança uma sequência que nada mais é um do que um super update.
Essas são algumas possibilidades e algumas são mais otimistas que outra. Mas temos medo de ser somente uma sequencia não justificada e completamente descartável. Definitivamente não queremos que essa franquia perca seu brilho. E fica aqui uma recomendação que caso você não tenha jogado Splatoon e mesmo assim esteja lendo essa matéria, saiba que tudo o que tivemos até agora é incrível e você vai se apaixonar. Se Splatoon 3 for sua porta de entrada na franquia vá sem arrependimentos pois a diversão já é garantida. Mas para os fãs já antigos, vamos esperar e ver se vai valer a pena fazer essa migração para o novo game. Esperamos de verdade que a Nintendo surpreenda com o game e nos convença. O Hype está ai, Nintendo só precisa saber usar de forma correta agora.
Se quiser conferir também todo o artigo em formato de vídeo, confere lá no canal
Um tapa nas patas dos Coelhos da Equipe Coelho no Japão, valeu!
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