O que de fato irá decidir o destino desse ramo da economia são as tendências do mercado. Cada dia mais, o setor de entretenimento como um todo tem indicado uma tendência para a transformação da arte (considero vídeo game uma arte) em serviço. Quer dizer, a Game Pass do Xbox One (em especial o serviço da Microsoft), ou a Playstation Plus dão pistas de que esse será o caminho percorrido nesse ramo, assim como o Netflix foi para os filmes e o Spotify ou Itunes foi para a música.
A nível do consumidor tais mudanças são aparentemente positivas, afinal, tornar os jogos serviços, tem garantido um preço mais em conta para a apropriação de cultura, é verdade. Mas há de se pensar um pouco além. Os filmes e seus envolvidos, ou a música (e há controvérsias nisso que eu vou dizer) e seus envolvidos possuem outros mecanismos além das vendas de filmes e álbuns. Contudo, além dessa análise, há de se destacar mais profundamente como o mercado consumidor de games enfrentaria essa novidade cada vez mais forte das mídias digitais.
No cálculo do custo benefício, será que o consumidor gostaria de pagar um pouco mais caro para possuir algo físico – e de fato, de caráter emocional mesmo – do que simplesmente fazer o download? No lado empresarial, onde a análise de mercado interna pode parecer simples, entre rendimentos e despesas, entre tamanho de mercado e o nível de consumo, é fácil encontrar uma decisão se comparado ao lado da demanda.
Recomendação de Compra
Sonic x Shadow Generations
Lançamento: 25/Out/2024
Como destacado, os filmes arrecadam valores de bilheteria pela exposição em cinemas, e os músicos, pela exposição das músicas em shows ao vivo. E os jogos? Será que seria viável para os profissionais, designers, diretores, animadores e etc, que os jogos fossem financiados exclusivamente por assinaturas? Essa é uma questão onde seria necessário um cálculo racional para ser respondida, e que seria ponto nodal para o avanço dessa discussão.
Então, depois de falar de destruição criativa, mudança na forma de produção, podemos perceber que uma empresa pode simplesmente destruir um status quo antes mesmo que ele se transforme em status quo. Ficou confuso? Pois então, recentemente a Nintendo parece estar tentando revigorar a venda de mídias físicas, mesmo jogos independentes, têm tido chance de estar nas prateleiras das lojas. Toda semana temos a notícia de novos jogos anunciados em mídia física.
E o melhor, parece que a estratégia tem dado muito certo para a Nintendo. Os indies estão extremamente satisfeitos com sua performance na plataforma, onde de forma geral, tem vendido mais games dessas produtoras que os demais consoles. Visto o panorama exposto até aqui, é como se a Nintendo, deliberadamente buscasse ela mesma criar uma nova forma econômica e ser ela a percussora deste cenário. Ela não seria assim “vitima” da criação de outras empresas, mas ela passaria a destacar a tendência mercado afora. Coisas da Nintendo, ir contra a maré.
Vou deixar dois links para vocês analisarem aqui e aqui. Essas notícias me serviram de base para a minha análise. Devo agradecer ao Vitor Hugo Guariento (Vitão), que é formado em Ciências Econômicas, que se doou a me ensinar alguns conceitos de economia que deu um power-up nesse texto.
E vocês? Pensam que as mídias físicas tendem a desaparecer? Ou não? Você tem uma coleção de jogos? Não deixe de comentar logo abaixo!
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