A The Pokémon Company enfim trouxe à tona na última semana seus planos para a franquia no Nintendo Switch. Não só um, mas três anúncios – sendo um deles apenas uma confirmação para 2019 – foram feitos durante conferência reservada a mídia especializada de diversos países.
Neste artigo, darei minha opinião e meu ponto de vista especificamente sobre um desses anúncios: Pokemon Let’s Go, Pikachu e Pokemon Let’s Go, Eevee. Mas antes disso, é bom lembrar:
Dito isso, sigamos.
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Lançamento: 7/Nov/2024
“No início houve Pokémon GO, e a Game Freak viu que aquilo era bom…”
800 milhões de downloads ao redor do mundo – Foi assim que Masuda destacou o sucesso absurdo de Pokémon GO, um aplicativo para dispositivos móveis lançado em 2016 com o propósito de levar imersão aos fãs da franquia com a simples fórmula de capturar os monstrinhos (e batalhar, caso queiram). Ora, como um jogo fora dos trilhos comuns, conseguiu um sucesso tão enorme? Para efeitos de comparação, Os jogos mais recentes da franquia, Pokémon Ultra Sun e Pokémon Ultra Moon (classificado como RPG ‘mainline’ ou ‘franquia principal’) atingiram pouco mais de 14 milhões de unidades vendidas ao redor do mundo¹. Preciso repetir que isso não faz nem cócegas ao público ativo de Pokémon GO? Mesmo que seu argumento seja algo como “mas nem todos jogam mais”, te garanto que a base ativa é muito, muito maior que 14 mi.
Foi aí que as quatro empresas – Nintendo, Niantic, the Pokémon Company e Game Freak – observaram um potencial absurdo para trazer todo esse “novo público” para a base atual dos “hardcore” em Pokémon. Imaginem em um cenário paradisíaco, se todos migram? O quão benéfico seria isso para todas as partes envolvidas, até mesmo a própria base de fãs?
“Afinal de contas, o que é Let’s Go, Pikachu / Eevee?”
Vamos começar pelo básico: São jogos da franquia principal, que foram incluídos em uma nova e recém inaugurada categoria de jogadores, que podemos classificar carinhosamente como “calouros” ou “migrantes”. O CEO da Pokémon Co. Ishihara deixou claro que são dois títulos “mainline”, inspirados² em Pokémon Yellow (Gameboy, 1998) – veja bem, inspirados…NÃO SÃO REMAKES – e com mecânicas de Pokémon GO incluídas junto com a primeira geração de Pokémon, ginásios e região.
Qual o motivo de tantos fãs não terem gostado do anúncio?
Acompanho a franquia há quase 20 anos, e comigo com certeza uma legião de fãs dos RPGs de Pokémon aguardavam pelo “core RPG” que Ishihara comentou de forma bem sutil durante a última apresentação em vídeo da Nintendo na E3 de 2017. O jogo está em desenvolvimento faz um tempo, e só sabemos “por boca” da existência dele, nada mais que isso. Pokémon Let’s GO, Pikachu / Eevee no entanto, não foram criados com o objetivo de entreter essa nossa galera veterana, e isso foi repetido tantas vezes na conferência² que eu quase mandei um email com “já entendi Masuda-san”, deixando claro que ambas empresas querem introduzir o nosso conhecimento do que realmente são os jogos para toda essa galera de Pokémon GO – e isso simplesmente têm de ser feito da maneira mais amigável possível.
Não dá para fazer as pessoas acostumadas com a mecânica de Pokémon GO entender tudo o que já sabemos dos jogos de uma hora para outra, isso não é ne um pouco convidativo. Imagine você caro leitor, aprender sobre EV, IV, status pré captura, HP baixo para facilitar captura, treinos, super treinos, sistema de ovos, método Masuda, Ditto perfeito… do nada? (e eu nem citei que temos +800 criaturas disponíveis).
Minha opinião / interesse nesses jogos
Pokemon Let’s Go, Pikachu e Pokemon Let’s Go, Eevee são excelentes jogadas de mestre das empresas. Utilizar apenas o continente familiar de Kanto, com pouco mais de 152 Pokémon , uma história reformulada, a mecânica sensacional de co-op para ajuda em batalhas, capturas e tudo mais… imagine quantas famílias sequer precisarão ter mais de um console para jogar juntos um jogo de Pokémon? O povo que ficou com medo do online não existir, viu de uma hora para outra que ele vai existir sim (exigindo a assinatura do Switch Online), para garantir que a essência das trocas e batalhas online permaneçam – mas só isso também. Em outro ponto, a volta do recurso tão aclamado que é um Pokémon de sua equipe te seguindo… com modelos em escala “real” ainda por cima e a possibilidade de montar em alguns deles dependendo de seu tamanho (como Onix e Lapras), são novidades muito bem vindas.
Óbvio que as limitações quando comparadas ao RPG “raiz” podem incomodar quem já é acostumado com os jogos, mas ainda assim, qual o motivo de eu não comprar Let’s Go? É Kanto em 3D, refeita e modificada, com tudo isso que enfatizei acima e uma ótima pedida até mesmo para novatos!
Eu trabalho de madrugada, e no dia após o anúncio, logo que cheguei em casa fui parado pela minha esposa com um “nossa, você viu que legal o novo Pokémon? A gente vai poder jogar junto…” – na hora, eu parei e pensei: A Game Freak conseguiu! Ela nunca jogou qualquer jogo da franquia, até tentava mas perdia rápido o interesse. Porém jogou Pokémon GO por um tempo, e reconheceu de longe o recurso de captura… ou seja, bateram no ponto certo para esse público.
Menções Honrosas:
Pokémon espalhados no Overworld é algo que eu prefiro muito mais que apenas uma mexida na graminha ou transição de tela ~do nada~ para uma batalha. Sinceramente, o fator “surpresa” não me fará falta.
Ausência das batalhas contra Pokémon selvagens vai deixar um gostinho de saudade, mas vai me facilitar muito correr atrás de toda a dex, uma vez que somado ao item acima, ficará muito melhor ir atrás de poké X ou Y, sem desperdício de lutas que vez ou outra não dão em nada.
Volta dos ginásios vêm em hora perfeita. Com todo respeito aos desafios de Alola (Sun, Moon, Ultra Sun e Ultra Moon – 3DS), ginásios são parte da essência da franquia e devem ser respeitados. A pergunta que fica é: e no co-op, será que poderemos vencer ginásios junto ao nosso parceiro(a)?
O novo design de Kanto é outro item que merece minha “honra ao mérito”, uma vez que só no primeiro trailer foi possível ver que locais familiares estão dezenas de vez bem mais trabalhados que até mesmo Omega Ruby e Alpha Sapphire (3DS). Masuda ainda comentou² que algumas partes do continente foram modificadas, o que é bom, mas tenho uma nova pergunta aqui: Sevii Islands… (Fire Red e Leaf Green – GBA) será que teremos?
As formas de Alola é algo que julgo justo estarem presentes no jogo, minha curiosidade aqui é saber como elas serão introduzidas à região, visto que eram restritas das distantes ilhas de Alola. Imagine um Alolan Exeggcutor seguindo você… isso é maravilhoso!
Pokeball Plus é aquele acessório “pega fã” da franquia que venderá horrores principalmente no Japão. Praticamente um Joy-Con exclusivo para jogar Let’s Go, Pikachu e Let’s Go, Eevee (e Pokémon GO também) que possui ainda um sistema semelhante ao Poke Walker (Heart Gold e Soul Silver – DS) que mal foi detalhado, só sabemos que o Pokémon estará lá, com você, e terá inclusive reações. Isso fora a imersão clara na hora de simular a captura de um Pokemon, nada melhor que a própria pokebola, não é?!
E os veteranos?
Se você simplesmente não gostou, ou acha que eles não “passam de mero spin-off”, minha única dica é que aguardem por 2019, o teu jogo está sendo preparado.
Ainda assim, prevejo que até novembro, muitos desses que estão “sentidos” com esse anúncio acabarão dando uma chance à esses jogos, que possuem a receita perfeita para bater milhões de vendas e até mesmo desbancar qualquer um dos jogos anteriores. Acho que antes de qualquer coisa, precisamos dr aquela “experimentada” na nova experiência para só depois afirmar o quão bom ou não esses dois títulos foram feitos.
E você que leu até agora, pretende adquirir os jogos?
¹ Informação divulgada no último relatório fiscal da Nintendo
² Informação divulgada durante a conferência da Pokémon Co. no Japão
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