Souldiers foi desenvolvido pela Retro Forge e distribuído pela Dear Villagers, finalmente lançado após um breve adiamento de 15 dias para melhorias de performance. Porém, já adianto: essas melhorias não foram suficientes. Embora tenha bastante potencial (eu mesmo acompanhei o progresso do jogo via rede social há quase 1 ano), o game desapontou muita gente com seu lançamento. Acho que estou me adiantando um pouco, sendo que nem tudo está perdido. Ao final da análise, você entenderá.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Souldiers se passa no pós-vida. Após um exército de guerreiros e seu capitão serem soterrados, uma valquíria surge para guiá-los para Valhalla Terragya. Seu capitão, sem hesitar, vai em direção ao caminho. É nesse momento que escolhemos nosso personagem para segui-lo. Chegando à terra prometida dos guerreiros, a mesma valquíria nos conta sobre uma grande batalha acontecendo e fala que muitas glórias, poderes e tesouros aguardam quem conseguir terminar a batalha (provavelmente matando algum deus). É claro que nosso capitão já foi na frente e está decidido a ganhar essa guerra (será que agora vai?). Deste modo, somos jogados na primeira dungeon do jogo.
Recomendação de Compra
Nintendo Switch – Modelo OLED (Branco)
Lançamento: 08/Out/2021
A história é bem direta em alguns pontos, mas deixa seus mistérios. Apesar de jogarmos com um personagem sem identidade, muitos outros são apresentados e contam sobre suas vidas. Infelizmente, por motivo de força maior, não tenho como dizer se elas são bem profundas ou exploram bem o mundo. Abaixo eu explico o motivo.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Podemos escolher entre três personagens: o patrulheiro, o mago e o arqueiro (vai por mim, escolha o patrulheiro). Vamos falar um pouco deles e do começo dos problemas:
Patrulheiro
Usa espada e escudo, tem boa quantidade de vida, ataque alto, energia alta (necessário para defesa) e mana baixa. Utiliza ataques corpo a corpo e tem uma consistência de dano.
Conjurador
Usa um cajado que bate e lança magia, vida baixa, boa quantidade de mana, energia média e dano bem baixo nas magias e na porrada. Bem mais técnico e requer muita paciência.
Arqueiro
Usa arco e flecha, lança flechas e o arco vira um bumerangue, mana baixa, vida baixa e ataques dependem da quantidade de flechas que vão retornando com o tempo.
A curva de dificuldade entre eles é enorme. Enquanto que o patrulheiro é bem fácil de usar apenas esquivando e atacando, os outros dois parecem ter um grande problema em fazer isso, pois além de serem fracos, necessitam de mais esquivas. A energia usada para o bloqueio deles é bem menor e seus ataques ou os deixam expostos ou têm alguma limitação. Por exemplo, o arqueiro usa um arco e flecha, isso quer dizer que ele teria um certo alcance; porém, o alcance é tão baixo que em uma luta com um chefe você não consegue atingi-lo se não estiver bem perto.
Esses dois personagens ficaram bem defasados, não só por isso, mas pela própria mecânica de evolução do jogo, já que subir de level leva tempo e as habilidades custam caro (em média 3 a 4 níveis). Isso deixa esses dois personagens bem estagnados, bem diferente do patrulheiro, que consegue se virar só com a espada e consegue avançar a passos largos.
Souldiers, na minha opinião, parece muito mais um souls-like, pois há muitas limitações que dificultam e também porque sempre ao salvar, muitos inimigos retornam, tem muita vida e é cheio de armadilhas. O combate é muito bom, apesar do que já mencionei (menos pelo pulo, que é um pouco pesado). Mas fica o elogio à precisão na hora de fazer pulos em beiradas – nunca vi um jogo que fizesse isso de forma tão bem feita.
Infelizmente não pude ir muito longe em Souldiers e não posso dar aquela estimativa de tempo para finalizar. Isso se deve ao fato de eu ter sofrido um softlock que me fez perder o acesso aos meus saves do jogo (isso aconteceu DUAS vezes). Perdi um total de 10 horas de jogo com os 3 personagens. E esse não é o único problema: a transição entre cenários (isso inclui quando você morre) e até salvar demora muito (quando não fecha durante o processo) e quebra muito o fluxo e imersão. É realmente uma pena, porque Souldiers tem bastante potencial, apesar disso.
Felizmente, a dev já anunciou um pacote de melhorias, tanto para os problemas técnicos, quanto para a qualidade de vida no geral. Também prometeram que até o dia 23 de junho tudo estará implementado (assim espero, pois quero muito terminar o game)
[bs-heading title=”Gráficos e trilha sonora” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Souldiers tem lindos cenários e ótimas animações que ajudam a te manter no clima de cada cenário. Apesar de ser em pixel art, é cheio de detalhes. Na primeira dungeon, por exemplo, os movimentos das aranhas são tão bem feitos que assustam, e os cenários têm muitas animações no fundo. É inevitável não parar para admirá-los.
E claro, não tem como deixar de falar da incrível animação ao iniciar o jogo, muito bonita e digna de uma série animada. Com certeza, empolga muito os novos jogadores.
O único ponto negativo é que os inimigos não têm muitos indicativos de como vão atacar, considerando que alguns têm mais de um ataque, e não há muitas diferenças ou dicas para saber qual que vão utilizar. O mesmo serve para as armadilhas, que na primeira dungeon são perceptíveis por terem botões, mas na dungeon seguinte não tem nem sinal de como evitá-las.
A trilha sonora também é ótima e mostra bastante empenho em criar músicas. Bases de marcha dão o tom de exército, flautas dão o tom de eco nas cavernas, sintetizadores dão o tom em pontos de tensão, enfim, dá pra sentir todo o empenho colocado em Souldiers só pela trilha sonora.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Souldiers tem muito potencial, porém a experiência que tive com ele em seu lançamento deixou uma marca muito ruim. Espero mesmo poder retornar e visitar as terras de Terragaya sem ter que lidar com os mesmo problemas. Uma análise nada mais é do que as experiências pessoais de um jogador com um jogo, e como a minha não foi muito boa, acredito que vocês entendam o que vem a seguir.
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