Berserk Boy é um jogo de ação e plataforma em 2D inspirado em clássicos retrô de plataforma, mas que conta com um toque de modernidade. Sendo o primeiro trabalho do estúdio e distribuído por ele mesmo, BersekBoy Games, promete ser tão frenético como seu nome diz. Mas será verdade?
[bs-heading title=”Uma nova esperança em New Hope City” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Num futuro distante, enlouquecido por sua obsessão pelas orbs Berserk, o maligno Dr. Genos e seu exército de capangas de energia sombria trouxeram guerra às pessoas da Terra. A Resistência é a única esperança da humanidade. Quando a batalha começa, um novo herói entra na luta: Kei, o novato, que é transformado no BERSERK BOY pela energia misteriosa da orb Berserk.
À medida que a sombra do mal se expande, Kei deve usar seus novos poderes para derrotar o Dr. Genos e salvar o planeta. Quando tudo dá errado, só há uma coisa a se fazer: GO BERSERK!
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Lançamento: 7/Nov/2024
A história é interessante ao se ler, mas a execução nem tanto. Apesar de parecer interessante, falta profundidade na ambientação e nos personagens. A primeira fase dá a impressão de que o Dr. Genos mal começou seus planos de dominação e a Resistência desconhecia sua existência. Os chefes têm quase nenhum destaque ou pretextos para suas motivações, e o núcleo da Resistência não fala mais que o óbvio.
Eu entendo que, na vida, nem sempre tudo que enfrentamos tem explicação, mas o roteiro raso de Berserk Boy tira muito a imersão da batalha e deixa somente a impressão de um platformer qualquer. Fiquei curioso em saber mais sobre cenários, chefes e de certos personagens, mas não há muito mais sobre eles, além de que são territórios das fases ou parte da Resistência.
Sua jogabilidade, que promete ser frenética como seu nome, também é um pouco abaixo do esperado. Com o título Berserk Boy, se espera muito combate, recursos de combate e até uma boa variedade de inimigos, mas isso não aconteceu. A variedade de inimigos não é muito grande, principalmente se pensar em comportamento. Apesar de as transformações terem duas formas de ataque, parece mais útil continuar usando a primeira forma, já que ela marca inimigos com sua investida e causa mais dano. Talvez eu não soube usar todos os recursos? Talvez, mas me manter no básico funcionou bem.
Os mundos são divididos em 3 fases, e no final de cada uma temos os chefe. Para passar por essas fases, devemos usar poderes e explorá-las, inclusive mais de uma vez, usando poderes que só adquirimos depois. Isso é algo bem comum para criar um fator replay, mas com o tempo fica meio chato. Existem áreas que só podem ser acessadas com 60% de resgate da fase; o problema é que para isso, precisamos de recursos e poderes novos, o que dá a impressão de que deixamos coisas para trás em alguns casos. Outra coisa bem comum é dar de cara com uma barreira que só abre com o poder do último chefe, e depois do segundo mundo você a vê com muita frequência.
No fim, Berserk Boy parece bem menos frenético do que parece ser, mas ainda sim tem bons momentos de ação e reflexos rápidos, embora nem sempre com combate. O fator replay dele chega até ser alto demais, pois além de voltar para pegar coletáveis com novos poderes, ainda temos versões contra o tempo das fases.
[bs-heading title=”Parte técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Berserk Boy roda muito bem no Nintendo Switch e tem um tempo de carregamento moderado. Mas o que peca um pouco é sua interface de usuário, com menus minimalistas até demais, que não dão acesso às configurações de controles (precisei remapear os controles várias vezes, pois não salvava) ou a um botão para reiniciar a fase (algo que faz diferença pra quem quer correr nelas). As indicações de comando são um pouco confusas; uma lista deles faria a diferença em alguns momentos. Contudo, os controles respondem muito bem, sem nenhum atraso e com boa precisão.
A arte de Berserk Boy chama a atenção; um traço bem forte e inspirado em um cenário futurista, não muito distante do nosso, mas o suficiente para ter sua própria personalidade.
As animações de transformação são incríveis e um show à parte.
A trilha sonora é muito boa, com foco em guitarras, novamente para dar aquele ar futurista. A música que mais chama a atenção é o tema de abertura do jogo.
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