Análise – Front Mission 2nd Remake
Após alguns atrasos, aqui está ele!

Chegamos ao segundo remake de três prometidos pela Square Enix da série Front Mission no Nintendo Switch, um RPG tático com uma história rica e complexa aos moldes de Metal Gear Solid.
Será que, assim como o primeiro game, esse clássico atualizado faz jus ao nome que a série carrega?
Finalmente localizado para o ocidente
Front Mission 2nd Remake já começa tendo um grande desafio, porque as artes em alta definição, os modelos 3Ds mais detalhados, as músicas remasterizadas e os controles atualizados foram recursos já utilizados no remake anterior.

Mas isso não quer dizer que ele não comece com alguma vantagem: sua localização oficial para o ocidente. Para os fãs da série, é uma grande novidade, já que antes só era possível jogar Front Mission 2 em inglês graças a uma tradução feita por fãs da versão de Playstation 1. A tradução oficial em inglês nesse remake, no entanto, acompanha alguns erros notáveis, mas nada que estrague a diversão ou a pesada e interessante atmosfera do game.
É importante lembrar que o game não vem só em inglês, como também em diversas outras línguas, incluindo o português de Portugal.
Melhor em alguns aspectos, mas com poucas novidades
De resto, esteticamente e sonoramente falando, não há nada novo do que já não havíamos visto no 1st Remake. Já em termos de jogabilidade, ele traz uma novidade: o sistema de triângulo que, antigamente, veríamos somente a partir do terceiro game.
No maior estilo Fire Emblem, as armas e as armaduras realizam danos e possuem atributos de defesa específicos, cada um forte ou fraco contra um dos atributos desse triângulo.
As armas e armaduras possuem ataques e resistências a três tipos de danos: choque, perfuração e fogo. Se a parte do seu mecha (braços, pernas e peito) for forte contra um ou dois desses atributos, o terceiro causará mais danos.

Ainda assim, como no primeiro Front Mission, o jogo se arrasta por algumas missões até o jogador conseguir caminhar com as próprias pernas e as fases ficarem mais justas devido a aquisião de a equipamentos e munições que equilibram melhor as batalhas contra os inimigos (especialmente na dificuldade média e acima).
História de tirar o fôlego
A história se passa dez anos após o primeiro game da série, trazendo no controle do jogador novos personagens pertencentes à unidade Muddy Otters, apesar de mencionar e até trazer pessoas do jogo anterior.

Aqui também é onde Front Mission 2nd se sobressai. Enquanto que o primeiro a história passar por momentos mais dramáticos em relação às emoções dos ocorridos na guerra, no 2nd temos o mesmo, porém misturado com um clima de urgência e, como se não fosse o suficiente, com uma atmosfera tensa e misteriosa, que lembra muito o cenário de jogos como Metal Gear Solid.
O mais impressionante é que essa atmosfera não é sentida somente nos momentos de diálogos, da qual o excelente artwork dos personagens se misturam à exuberante arte dos locais, mas também nos diálogos durante os cenários 3D, durante o início de cada batalha. Poder jogar em inglês em uma plataforma mais moderna esse grande enredo é realmente um refresco aos fãs de RPG tático.

Contratempos (que o primeiro havia resolvido) estão presentes aqui
A grande questão, porém, é que, apesar de ser um jogo mais completo e justo nas batalhas e ter uma história mais densa em relação ao primeiro, por alguma razão o mapa tático não foi carregado do jogo anterior. O primeiro remake tinha um mapa completo, quanto que o mapa deste deixa muito a desejar quando é necessário adquirir informações, especialmente do inimigo.
Outra questão é que, em termos de performance, o jogo decaiu também. Ao entrar em uma luta para ver a animação, o jogo parece demorar mais para carregar. A vantagem continua sendo que as mesmas opções do remake anterior, de poder deixar rápido a velocidade das animações, também estão presentes aqui. Também é possível desligar a visualização das batalhas.