Lembrar do início dos anos 2000 traz aquela sensação gostosa e estranha de nostalgia: MSN, ICQ, Animes clássicos entre muitas outras “novidades” da época. Nesse mesmo período estava testando novos jogos de luta para contrabalancear meu vício em The King of Fighters e Street Fighter.
Me recordo como se fosse ontem quando joguei Guilty Gear X e XX pela primeira vez (só joguei o primeiro anos depois). Aquele aspecto de anime, as músicas pesadas de rock, o trailer insano do Guilty Gear X mas, principalmente, sua lista de personagens diferentes e as frenéticas lutas que literalmente conseguiam trazer a sensação épica dos animes.
Muito tempo se passou desde suas primeiras iterações, e hoje Guilty Gear se tornou um jogo mais técnico, especialmente quando se trata de zoning. Se aproximar e se afastar do oponente requer precisão habilidosa que pode mudar todo o resultados, tirando aquela velocidade insana que os clássicos possuíam.
E isso é bom. Estamos falando de um jogo muito mais técnico e que consegue manter com que cada personagem tenha movimentos bem únicos, ao invés de diversos lutadores com Shoryukens, Hadoukens, e por aí vai.

Há um tempo no mercado, GG Strive continuar divertido e viciante
Guilty Gear Strive já está um bom tempo no mercado e agora, portado para o Switch (denominado de Nintendo Switch Edition), o jogo vem completo com todos os personagens lançados até o momento mais uma personagem gratuita que está para sair, a Queen Dizzy. Além disso, três personagens DLCs já foram confirmados para serem lançados para essa versão também: Venom, Unika e Lucy (da animação Cyberpunk 2077).
Mas indo direto ao ponto: as lutas fluem perfeitamente no Switch, retêm o gráfico bonito, sendo notável a redução gráfica dos cenários somente quando jogado através do Dock na TV. No Dock, as lutas também rodam liso, sem nenhum travamento e com controle totalmente responsivo.
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Lançamento: 17/Out/2024

Onde é notável a queda gráfica, ironicamente, é no modo em que o jogador não controla nenhum personagem: o modo história. Em Guilty Gear Strive, o modo história é um longo filme 3D dividido por capítulos, e aqui os gráficos foram bem reduzidos. Na televisão, é quase impossível não notar.

Conteúdo, conteúdo e mais conteúdo!
todos os modos extras estão aqui, como as missões que guiam o jogador, de forma gradativa, nos diversos mecanismos que o jogo oferece. Desde o uso do Burst até os inúmeros Roman cancels e chegando aos combos destrutivos, o modo missão é muito necessário para quem pretende ficar bom em Guilty Gear.
E ficar bom é realmente necessário, até mesmo para um jogador casual. Isso porque, até mesmo no modo arcade, alguns personagens podem ser bem desbalanceados contra outros.
O exemplo perfeito disso é a Giovanna, uma personagem que tem golpes e combos que requerem estar colados com o oponente, já que seus golpes são todos de proximidade, porém seu rival é ninguém menos que Axl Low, que tem diversos ataques fortes e combos destrutivos à distância.
Se você vence a primeira luta (assim ativando o modo mais difícil do modo arcade), você deverá enfrentar Axl Low como seu Daredevil e, acredite, com Giovanna essa luta é extremamente difícil.

Para os veteranos, o modo online está presente com toda a qualidade que só a Arc System Works poderia providenciar. A torre, com todos os seus avatares de personalização e seu sistema de ranqueamento para balancear as partidas estão presentes, e conta até mesmo com um servidor dedicado à América do Sul.
No entanto, um problema presente em muitos jogos de luta Third Party do Switch permanece aqui: encontrar outros jogadores no lobby. São raros, não só pelo jogo já ter estado presente em outras plataformas, mas também pelo valor salgado do título. Isso também ocasiona em partidas desbalanceadas, já que há poucos jogadores no Lobby. Veremos como será a evolução de jogadores no modo online ao longo do tempo, já que a série possui uma grande base de jogadores, porém é importante lembrar que essa edição não possui Crossplay com outras plataformas.
Onde reside os negativos?
Um dos maiores problemas do jogo é iniciá-lo. Antes de começar, GG Strive se conecta ao servidor, e por alguma razão o tempo para ocorrer essa leitura é bem longo. Após apertar qualquer botão na tela de início, vai um longo tempo até entrar na tela principal do jogo.
Além disso, o modo história, apesar de ser bem interessante, tirar o controle do jogador durante os eventos é um tanto estranho. Maioria dos jogos faz com que o jogador lute os momentos mais importantes da história, e em GG Strive, é somente um longo anime 3D, bom, porém sem interatividade.

Veredicto
Guilty Gear – Strive – Nintendo Switch Edition é um grande porte e, assim como DNF, mostra o quanto o sistema é capaz de aguentar jogos sem reduzir demasiadamente a qualidade gráfica e manter as lutas sem travamentos ou lags.
Além de vir com tudo o que já foi lançado até o momento, o jogo conta com uma trilha sonora maravilhosa, personagens diferenciados, diversos modos e recompensas desbloqueáveis, fazendo com que seus poucos defeitos fiquem ofuscados dentro do grande pacote de diversão que o Guilty Gear oferece.