A Nintendo uniu forças com a Omega Force — estúdio que é subsidiária da Koei Tecmo – para recrear a guerra ocorrida entre toda Hyrule contra o “ódio em malice” na forma do Calamity Ganon que havia ocorrido 100 anos antes dos eventos de The Legend of Zelda: Breath of the Wild. A ideia de trazer isso no esquema de musou (um contra mil inimigos) é muito bacana, mas realmente funcionou? É isso que você vai descobrir lendo essa análise!
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Recomendação de Compra
Nintendo Switch – Modelo OLED (Branco)
Lançamento: 08/Out/2021
Logo de cara aviso que me esforcei ao máximo para não dar qualquer tipo de spoiler referente aos eventos que se passam em Age of Calamity, pois há MUITA coisa ali que vai pegar os jogadores novatos de surpresa mesmo que já tenha havido a experiência com Breath of the Wild e suas memórias resgatadas ao longo da aventura. Investi cerca de 180 horas no jogo para completar 100% do mapa assimilando as missões da história principal, bem como missões secundárias que incluem batalhas, treinos, investimento nos personagens, lojas, aperfeiçoamento dos comerciantes, etc.
Obviamente não posso discutir todos esses aspectos aqui sem deixar de avaliar o desempenho técnico do jogo, a história em si e todas as mecânicas — mas não se preocupe! Vou abordar os assuntos de maneira que essa minha análise não seja cansativa para você meu nobre leitor(a).
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Já citei acima que a ideia de recriar a guerra contra o Calamity Ganon que só sabíamos por cima graças aos eventos de Breath of the Wild foi realmente genial, exceto por um ponto: Ela foi recriada até o lado B do saco de pipoca (sim, aquele lado que você deixa virado para baixo).
A ideia de voltar no tempo me deixou um pouco preocupado quando acompanhei os trailers e acessei a versão demo — confesso —, porém até onde poderia isso distorcer a realidade que nos foi contada no jogo de 2017 e como seria a minha avaliação perante tal… Posso resumir? Magnífica!
Explico: Logo de cara eu tenho de rasgar elogios às equipes de Aonuma e Koei Tecmo pela própria Zelda, que se à princípio você à encara como um “Oh céus! Oh vida!”, a evolução e construção dela ao longo do tempo é algo que eu realmente não esperava ter presenciado de nenhuma forma — ou minha expectativa nela era baixa demais por conta de tudo o que o Link fez em Breath of the Wild enquanto ela tentava manter o Ganon preso em seu selo provisório até que ele acordasse.
Outro destaque? A relação entre os campeões, Link e até mesmo as forças armadas de cada um dos territórios envolvidos nessa crise diabólica criado pelo vilão que odeia todo o mundo e acha que destruir tudo vai fazer de Hyrule um lugar melhor. É muito bacana você presenciar o planejamento antes de cada uma das batalhas cruciais da história, observar o que eles pensavam e discutiam entre si para contornar as estratégias do inimigo e claro, uma cena mais bem feita que a outra (inclusive quero mais disso na sequência de Breath of the Wild dona Nintendo, obrigado!).
Além deles, não podemos deixar de mencionar os antagonistas do jogo, que é o Clã Yiga e toda a corja de ninjas fãs de banana que estão fazendo de tudo e um pouco mais para trazer Ganon de volta sem medir as consequências. A personalidade deles é bem legal (mesmo sendo inimigos) e a interação entre seus líderes também é interessante.
Ah, quase me esqueci! Age of Calamity não é uma “necessidade extrema” para aqueles que jogaram ou pretendem jogar Breath of the Wild, mas há diversos pontos que explicam o passado de alguns personagens de uma forma deveras mais plausível que as memórias encontradas no jogo principal, com destaque para a própria Zelda e sua família.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Se você é novo na franquia Warriors por algum motivo, vai ficar um pouquinho confuso no começo. Claro que há presença de tutoriais simples (que inclusive não saem da tela por um tempo à menos que a ação seja executada), porém como houve um capricho na individualidade das habilidades para cada um dos personagens, creio que algumas batalhas sejam necessárias antes de você dominar o modo de lidar com as situações durante as lutas.
Basicamente, você utiliza o Y como golpe normal e pode intercalar com golpes mais pesados utilizando X. Por exemplo, eis uma build simples que funciona para boa parte dos personagens que você desbloqueia até o final do segundo capítulo:
- _Y_ > _X_
- _Y_ > _Y_ > _X_
- _Y_ > _Y_ > _Y_ > _X_
Isso é apenas o básico, mas já garante sua sobrevivência em boa parte das batalhas. Elogiável aqui que a Sheikah Slate pode ser utilizada por todos os personagens para ataques especiais com Magnesis, Stasis, Bombas e Cryonis — e o cuidado para que a utilização de cada uma dessas funções fossem únicas para cada um dos personagens também é louvável da parte da Koei Tecmo.
Mas um outro ponto que os jogadores podem não entender logo de cara é o sistema de fusões das armas que você vai adquirindo ao longo das batalhas, funcionam de maneira um pouco complicada até mesmo pra quem é veterano com jogos da franquia principal de Dynasty Warriors (vulgo eu mesmo). Uma crítica minha aqui nesse ponto, é que as “armas assinatura” dos personagens deveriam ser muito mais poderosas e uma recompensa end-game — é isso que acontece em Dynasty Warriors, por exemplo.
O controle das Bestas Divinas também é uma belíssima adição inclusive, faz com que você acabe com milhares de inimigos em instantes, porém alguns controles delas pode acabar sendo confuso uma vez que você está acostumado com seus personagens em batalha. Mas é só uma primeira impressão, pois quando você domina os controles de cada uma delas… a destruição é prazerosa até demais.
De resto, os jogadores devem ficar tranquilos com a compra de itens, entendimento do mapa e cada um dos boosts que os personagens podem receber, além da coleta e uso dos itens ao longo do jogo.
Uma dica: Esse jogo no modo “Very Hard” de dificuldade faz com que você realmente sinta o fardo carregado pela equipe de heróis ao longo das batalhas contra Ganon, e como era fácil ser derrotado por eles. Para ser sincero, mesmo em outras dificuldades os inimigos vão se mostrando formidáveis ao longo do tempo.
[bs-heading title=”Desempenho & Gráficos” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
É, tenho certeza que você esperava minha opinião sobre esse tópico.
Bom, não podemos deixar de notar que um jogo que conta com tantos elementos na tela com certeza faria o sistema sofrer — e não é pouco. Dependendo da batalha em que estiver envolvido, o número de inimigos ao mesmo tempo na tela e o ataque que estiver executando, a taxa de quadros cai de maneira bem brusca e extremamente perceptível. Aqui eu entendo as limitações de hardware e sou velho de casa quanto à performance vs. jogos musou, mas acho que a Koei Tecmo poderia ter caprichado melhor nesse sentido para mantermos uma jogabilidade mais fluída em certos pontos.
Mas se o desempenho falha rude em vários momentos, gráfico é uma coisa que eu mal poderia citar como ponto negativo aqui. A ideia de usar os recursos de Breath of the Wild como base para o jogo Age of Calamity foi até acima das minhas expectativas para um musou envolvendo Zelda, e não só funcionou bem que até detalhes como chamas na vegetação, queda de árvores e a condução do gelo e eletricidade na água me deixou de olhos brilhando pela preocupação dos desenvolvedores com pontos que jogadores de franquia Warriors mal notariam.
[bs-heading title=”Outros Destaques” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
- A variedade de personagens me surpreendeu positivamente no jogo, mas não só pela presença deles em si, como a forma com que você desbloqueia cada um deles. Tenho certeza que os jogadores também ficarão surpresos ao se atentarem para tal.
- O pós-história principal é algo que me surpreendeu não só como fã de Warriors, mas da própria franquia Zelda em si levando em conta que esse é um spin-off (canônico até a primeira esquina) — você vai perder boas horas querendo completar as missões pós-game e vai por mim: FAÇA! Vale a pena!
- Trilha sonora. Sim, você não entendeu errado! Eu não sei como eles conseguiram extrair tanta música de Breath of the Wild para que os remixes fossem possíveis, mas todas elas são cativantes e se remetem de um jeito à versão original que com certeza você vai sentir aquele gostinho de nostalgia quando escutá-las.
- Galeria. Mais do que apenas desbloquear as cenas e os personagens, aqui você tem acesso também à trilha sonora completa do jogo conforme avança, além do background de cada um dos personagens, ilustrações belíssimas e uma série de mimos e stats que vai te deixar com vontade de fazer 100% em tudo! E tudo isso com um capricho que você espera ver em firsts, mas não em um título colaborativo. Nota 10 pra Koei Tecmo de novo,
Veredito
Hyrule Warriors: Age of Calamity é uma verdadeira obra de arte e muito bem feita no sentido de que podemos compreender as relações entre a família de Zelda, os campeões e Link no enfrentamento dessa guerra contra o Calamity Ganon. Mesmo aqueles que não são familiares com o gênero, acredito que esse jogo é um convite e eleva a franquia Warriors à outro patamar com tranquilidade.
- Ótimo
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