Imp of the Sun é o primeiro trabalho do estúdio Sunwolft Entreteriment, publicado no Nintendo Switch pela Sold Out. É um jogo 2D todo desenhado à mão, inspirado na cultura peruana. Apesar de ser o primeiro trabalho do estúdio, Imp of the Sun mostra bem as raízes e inspirações de seus criadores.
[bs-heading title=”História e jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Recomendação de Compra
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Lançamento: 17/Out/2024
Imp of the Sun conta a história de Nin, um diabrete do sol feito da última faísca de luz que escapou na direção da terra. Controlando ele, temos que derrotar os 4 guardiões que vivem na terra e foram corrompidos pelo poder do eclipse lunar. Nin deve usar os poderes dos 4 guardiões para fortalecer a lança do sol e enfrentar a lua, que decidiu que fazer do eclipse eterno e deixar o mundo na escuridão sem fim. Começamos numa vila onde conhecemos mais sobre o mundo e todos os NPCs de que precisamos: uma menina e sua avó. Elas moram na ilha e te ajudam a saber para onde ir, sobre os coletáveis que faltam e sobre um espírito de um aventureiro te ajudará a viajar entre os mapas e subir de level. À medida que você explora outros locais, esse espírito também conta mais sobre cada cenário quando você fala com ele. A história é bem sucinta e se o jogador não falar com o espírito, muita coisa passa batida. Por um lado, isso é bom, pois você pode seguir indo em cada área sem se preocupar com diálogos demorados; por outro lado, é ruim, uma vez que temos que falar diversas vezes com o espírito caso queira saber mais, já que os assuntos são divididos em vários tópicos e sempre que ele acaba, ele não pergunta se queremos saber mais.
O mundo se divide em quatro áreas: floresta, templo, submundo e montanhas. Cada área tem mecânicas e inimigos únicos. Em todas elas, o desafio de plataforma predomina e o combate é mais pontual. Em batalhas de espaço limitado, não tem uma ordem certa para onde ir, todas as áreas são acessíveis desde o começo; é possível ir e voltar à vontade entre elas. Isso é muito bom, porque caso você sinta alguma dificuldade ou se sinta perdido, pode tentar outra área e se preparar melhor para voltar ali (algo que fiz bastante e realmente ajudou).
Nin pode se fortalecer gastando orbes que caem de inimigos, esferas solares e itens da coleção (ótimo incentivo para pegar os extras e fazer 100%), que podem ser gastos em vida, ataque e fogo interior (uma barra de energia que serve recuperar vida e usar algumas técnicas). Então, é interessante explorar ao máximo para seu encontro contra os guardiões.
Imp of the Sun tem um sistema de combate bem tranquilo. Além do aumento de ataque, temos um item que aparece em certos lugares para melhorar a sequência dos golpes. O sistema em si não deixa nada a desejar, mas a parte de plataforma, sim. O pulo é pesado e os comandos um pouco escorregadios em alguns momentos que exigem bastante habilidade. Tudo bem que algumas melhorias ajudam a compensar esse problema no futuro, mas algumas vezes nem isso é suficiente e algumas vezes fica difícil mensurar se um pulo somente serve para certos obstáculos.
Se você quer ser eficiente em Imp of the Sun, o bate e volta (backtrack) é sua melhor opção, já que a liberdade de transitar entre as áreas te permite pegar muitos poderes e orbes para se preparar para os desafios à frente. Consegui terminar o modo normal em 6 horas e em mais 6 fiz o modo eclipse, que é o “newgame+”, em que você mantém os poderes e coletáveis (e fica a dica aqui pra pegar tudo antes de ir nele), mas perde todo o progresso gasto com orbes. Neste modo, a história também muda um pouco, assim como os desafios, renovando bem o game.
[bs-heading title=”Gráficos e trilha sonora” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Os gráficos de Imp of the Sun são ótimos. Os cenários de fundo são cheios de parallax e efeitos de luz. Tudo foi desenhado à mão, o que torna as animações dos personagens bem mais fluidas e a interação com os cenários mais natural. O único problema é que parece que alguns elementos do cenário estão com resolução ruim, e isso é bem visível no templo dourado, onde várias estátuas estão com seu modelo esticado e o cenário do boss tem menos detalhes do que na página da Eshop. Ele não é um jogo pesado, então penso que isso é algo que pode ser corrigido com patch. Não estraga a experiência, mas é impossível não notar mesmo não tendo visto na página (eu notei e fui olhar).
A trilha sonora faz jus ao tema da cultura peruana e é bem caprichada na flauta e na percussão. As músicas são leves e bem ritmadas e tem uma boa variedade de trilhas, porém, mais uma vez, Imp of the Sun peca no polimento. Por diversas vezes, é notável que a trilha falha, ficando robotizada ou travando, mesmo quando não há tanta informação na tela (talvez seja algum erro no loop). Novamente, não estraga a experiência, mas dá pra notar facilmente.
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