Análise – Pac-Man World: Re-PAC
O Come-Come voltou para alegrar a garotada

Ainda me lembro como ontem da primeira vez que me deparei com o Pac-Man World. Para mim, Pac-Man costumava remeter àquele smile amarelo comendo fantasmas em um labirinto, e Pac-Man World me surpreendeu muito ao apresentar o personagem em um mundo 3D cheio de cores, elementos de plataforma e muita diversão. Muitos anos depois, finalmente recebemos o anúncio de uma versão refeita do primeiro jogo chamado Pac-Man World: Re-PAC, o que me trouxe muita alegria por ter mais uma vez a possibilidade de jogar este título incrível em consoles modernos.
Um mundo 3D
Pac-Man World se passa em uma ilha, para onde um vilão levou parentes e amigos de Pac-Man. Por mais simples que seja a premissa, nosso objetivo é simplesmente ir atrás dessa galera, resgatá-los e trazê-los para casa. Para fazer isso, Pac-Man deve derrotar inimigos ao longo do caminho, resolver quebra-cabeças simples baseados em plataforma e coletar toneladas de bolas amarelas e frutas.
Cada fase é composta por seções de desafios baseados em elementos de aventura e plataforma, como plataformas móveis ou flutuantes, portões que se abrem através de um mecanismo sobre o qual temos que correr sobre para fazê-lo subir, além de inimigos aqui e ali que precisamos pular suas cabeças e pressione o botão de salto novamente para pisoteá-los – se arremessando contra eles. Às vezes, alguns inimigos são feitos de aço, então temos que encontrar um power-up próximo que nos dará também a capacidade de transformar nosso corpo neste material. Essa habilidade também nos permite mergulhar nas águas sem flutuar, para que possamos pegar itens no fundo do mar. Por fim, Pac-Man também consegue pairar alguns segundos no ar, além de se arremessar após pegar impulso.
Depois de terminar um cenário, podemos usar todas as frutas coletadas para jogar um jogo de caça-níqueis, que nos fornecerá coisas como vidas extras e afins. A coisa mais notável em todo o jogo são definitivamente os mundos diferentemente tematizados e seus respectivos planos de fundo.
Como na maioria dos jogos do Mario, cada mundo tem um tema diferente, ao lado de diferentes obstáculos, inimigos e quebra-cabeças que são contextuais àquele local. Isso traz muita variedade e também atiça o jogador para descobrir o que está por vir. Também temos a missão de coletar as letras que compõem o nome do Pac-Man, o que também nos proporcionará um bônus.
Um dos destaques do jogo são, sem dúvida, as lutas contra chefes. Cada luta é única e você deve memorizar seus padrões de ataque para evitá-los. Levei algumas tentativas para vencer cada um deles, e a sensação recompensadora é 100% garantida. Em um deles tive que usar uma nave espacial e derrotar uma espécie de nave-mãe gigante. A essa altura, o jogo já havia se transformado em um shoot ’em up do nada, o que me agradou muito ao ver essa variação em relação à jogabilidade. Coisas assim são, realmente, uma grata surpresa.
Extras
No que diz respeito à configuração, o Pac-Man World Re-PAC traz uma opção que gosto muito de elogiar quando um jogo oferece: resolução ou modo desempenho. Como estamos jogando em um tipo de hardware modesto como o do Switch, ter um modo de desempenho é crucial, assim podemos aproveitar o jogo ao máximo e evitar qualquer tipo de atraso de comandos. E isso é o caso aqui, a propósito, já que no modo resolução as coisas ficam muito mais bonitas, ao custo da capacidade de resposta nos comandos.
Em segundo lugar, temos muitos slots de salvamento à nossa disposição, para que você possa vencer o jogo várias vezes sem precisar excluir totalmente o último salvamento. Além disso, você pode jogar o game clássico de labirinto que você encontrou ao longo do modo história, o que é opcional ao coletar um item em específico que fica dentro de algumas portas. Por fim, há uma forma de liberar a máquina de arcade na área inicial, o que libera o mais clássico dos Pac-Man.
Um grande retorno
Não há palavras suficientes para eu usar para expressar o quanto senti falta deste jogo. Pac-Man World é um dos maiores jogos que tive a chance de jogar na minha infância, e fico feliz que a franquia tenha uma segunda chance de se mostrar nas gerações mais recentes. Dito isso, eu realmente espero que o resto da série World também possa ver a luz do dia mais uma vez, nos agradando com o nível de qualidade que essa franquia oferece.