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Análise: Penny Punching Princess

Dinheiro é poder. Dinheiro é força. Dinheiro é tudo.

Este é o tema central de Penny Punching Princess, cuja história se foca em uma princesa que utiliza de dinheiro e de uma calculadora mágica para conseguir vingança sobre a família Dragoloan, que enganou seu pai, o rei demônio, a apostar toda sua riqueza no mercado cambial e o levou a morrer em um inferno de dívidas. Como é perceptível, a história não se leva muito a sério, mas providencia bons momentos de humor durante a jornada.

Penny Punching Princess se foca e se destaca por sua jogabilidade, sendo este um beat-them-up 2D com uma camada de estratégia sobre como se deve utilizar o dinheiro. Existem seus combos básicos com ataques fracos, fortes e algumas habilidades especiais, mas o que se destaca são as formas de como o uso do dinheiro influencia a jogabilidade, tanto no combate como fora dele.

Por exemplo, após causar certo dano nos inimigos, eles ficam atordoados, permitindo que a princesa roube dinheiro dos mesmos. Utilizando deste dinheiro e da calculadora mágica, ela também é capaz de subornar seus inimigos para que saiam de combate e ainda pode utilizar de ataques especiais dos inimigos subornados. Estes inimigos também se tornam cidadãos do novo reino criado pela princesa e servem como “materiais” para construir equipamentos e estátuas que melhoram os parâmetros da princesa.

Apesar dos sistemas parecerem complexos, eles são bem simples e são aprendidos em questão de poucos minutos. Com plena ciência deste fato, a NIS criou fases absolutamente cretinas para testar a capacidade do jogador em explorar e abusar destes sistemas o máximo possível. Penny Punching Princess não é um jogo para os fracos de coração. Os inimigos têm pouca variedade e seus padrões de ataque são extremamente básicos, porém causam um bom dano caso o jogador seja pego desprevenido. Individualmente, esses inimigos não causam preocupações e são facilmente derrotados. Em grupos consideravelmente grandes, em salas pequenas e lotadas de armadilhas, causam muita preocupação.

Esse lado desafiador força o jogador em situações extremamente desvantajosas, mas sempre fornece as ferramentas necessárias para tornar essa situação em oportunidades excelentes. É comum entrar em uma sala com pouco espaço, cerca de 15 inimigos, sendo que eles vêm em grupos de 4-6 por vez, e lotada de armadilhas no chão ou ao redor que dificultam ainda mais a locomoção, esquiva e o ataque.

A solução para esses cenários é subornar tudo ao redor. Subornar as armadilhas para que causem dano aos inimigos ao invés da princesa. Bater o suficiente nos inimigos mais fracos para roubar dinheiro deles. Utilizar esse dinheiro, ganho de maneira árdua e parcialmente honesta, para subornar um inimigo maior e mais forte e utilizar as habilidades dele contra os demais. Subornar inimigos que garantem recuperação de vida quando necessário e por aí vai. Os melhores momentos são aqueles em que você é capaz de planejar uma estratégia de suborno, executá-la e sair da sala com lucro, sem danos e novos seguidores.

Infelizmente, o jogo tem seus problemas. A taxa de frames não se mantém constante, apesar de suas quedas serem bem leves. As fases podem tornar-se cansativas devido a uma repetição de visuais. Melhorar os parâmetros da princesa é algo que precisa de um esforço excessivo. Apesar da variedade de cenários de combate com criaturas e armadilhas, as estratégias não mudam tanto e isso causa um certo cansaço. Num geral, é um jogo ideal para ser jogado aos poucos em vez de longas sessões.

Jogo analisado com código fornecido pela NIS America.

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